Transinsular
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Transinsular - Transportes Marítimos Insulares, SA
A [Transinsular][1] foi constituída por iniciativa do Governo Português pelo Decreto-Lei 336/84 de 18 de Outubro, na sequência do processo de extinção das empresas públicas CTM (Companhia de Transportes Marítimos) e CNN (Companhia Nacional de Navegação). O objecto da empresa, de acordo com os seus estatutos, centrava-se no transporte marítimo para as Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, não tendo, no entanto excluído outros mercados ou actividades associadas ao transporte marítimo. A empresa iniciou a sua actividade comercial em Março de 1985, tomando como missão a reorganização dos serviços de transporte marítimo regulares para a Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores que se encontravam bastante degradados face às dificuldades económicas e financeiras porque passava a empresa CTM. Em 1986, a Transinsular detinha já importante posição no mercado das Regiões Autónomas e, para além de serviços de linha, estabeleceu contratos de transporte a médio prazo de cimento para a Região Autónoma da Madeira. Nesse mesmo ano foram adquiridos seis navios para substituir a frota própria e afretada com que a empresa tinha iniciado as operações comerciais.
Em 1987 dá-se a abertura da empresa a accionistas privados, concretizada através da venda, pelos accionistas Estado e IPE-Investimentos e Participações do Estado, de 30% do seu Capital Social, em Oferta Pública de Venda realizada em 6 de Julho. Em 1988 dá-se início a duas linhas para a África Ocidental com origens no Mediterrâneo, Norte da Europa e Portugal Continental e tendo como principais destinos Cabo Verde, Guiné-Bissau e S. Tomé. Esta entrada no mercado internacional representa uma diversificação geográfica de negócios em relação aos mercados tradicionais da empresa.
Em 6 de Agosto de 1990 o Estado aliena, através de OPV-Oferta Pública de Venda, a totalidade da participação que ainda detinha na empresa. O controlo maioritário da empresa passa a ser detido pela TIGEST, SGPS empresa gestora de participações.
Em 1993 os accionistas aprovaram um Plano de Investimentos a Médio Prazo que se traduziu, nomeadamente, na aquisição de duas novas construções (navios porta contentores), em 1994 e 1995, e de uma unidade em segunda-mão para conversão em cimenteiro, em 1996. Para além do investimento em novas unidades a Transinsular efectuou vários investimentos que lhe permitem dispôr de uma frota de navios com condições em termos de manutenção, conservação e segurança muito acima dos "standard" mínimos obrigatórios. A Transinsular é detentora da concessão do terminal de contentores do TML em Xabregas, o que lhe permite oferecer um maior e melhor acompanhamento das cargas dos seus clientes. A Transinsular detém participações num pequeno grupo de 10 empresas associadas com um total de mais de 300 trabalhadores. Entre elas figuram empresas em Cabo Verde e Guiné-Bissau.
Em Abril de 1999 a ETE-Empresa de Tráfego e Estiva adquiriu a larga maioria (99,6%) do capital social da Transinsular-Transportes Marítimos Insulares, S.A. Esta operação foi o culminar de negociações que decorreram com o anterior accionista, a CMB-Compagnie Maritime Belge N.V., que desde 1993 detinha o controlo da empresa. Assim, a Transinsular que é hoje o maior armador português de serviços de linha com uma frota de 8 navios voltou a estar integrada num Grupo Português.