Tratados de Locarno
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Por meio dos sete Tratados de Locarno, negociados em Locarno, Suíça, e assinados em Londres em 1º de dezembro de 1925, as potências da Europa Ocidental aliadas na Primeira Guerra Mundial e os novos Estados da Europa Central e Oriental (Bélgica, França, Reino Unido, Itália, Polônia e Tchecoslováquia) buscaram assegurar o status quo territorial no pós-guerra, normalizando as relações com a Alemanha, derrotada naquele conflito. Nos termos do tratado principal (o "Pacto de Estabilidade" ou "Pacto Renano", entre Alemanha, Bélgica, França, Reino Unido e Itália), os signatários ofereciam garantias de que a Alemanha não seria reocupada pelos Aliados; em troca, a Alemanha aceitava a perda da Alsácia-Lorena. O governo alemão, porém, não reconheceu as suas fronteiras orientais.
Outros dois tratados, celebrados pela França com a Polônia e com a Tchecoslováquia, continham o compromisso de defesa mútua em caso de um ataque da Alemanha. Os demais acordos dispunham sobre arbitramento internacional.
O "espírito de Locarno" permitiu que a Alemanha fosse admitida na Liga das Nações (1926) e levou à retirada das tropas aliadas da Renânia Ocidental (1930). Não sobreviveu, porém, à ascensão do nacionalismo alemão de extrema-direita a partir de 1930. A Alemanha repudiou formalmente os seus compromissos de Locarno quando ocupou a Renânia desmilitarizada, em 7 de março de 1936.