Videocassete
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[editar] Introdução
O vídeo cassete (ou videocassete), também conhecido por V-K7 ou pela sua sigla inglesa VCR, cujo significado é Video Cassette Recorder, é um aparelho eletrônico lançado comercialmente durante a década de 1970 capaz de gravar e reproduzir imagens utilizando fitas magnéticas alojadas em estojos conhecidos como cassete.
[editar] Os formatos Betamax e VHS
A primeira empresa a ter sucesso comercial em lançar um aparelho de videocassete foi a Sony. Esta empresa criou o formato conhecido como Betamax lançando-o no mercado dos EUA em 1975. O Betamax foi adotado também por outras empresas como a Sanyo e a NEC.
Em 1976 surgiu um formato concorrente lançado pela JVC, Japan Victor Company, conhecido como Video Home System, VHS.
Durante vários anos estes dois formatos concorreram pela preferência do consumidor. O formato VHS aos poucos prevaleceu a ponto de ao longo dos anos a Sony ficar isolada como única fabricante de aparelhos Betamax até que ela própria encerrou a fabricação deste tipo de aparelho e adotou o padrão VHS.
[editar] Concorrentes do Betamax e VHS
Quando se fala em videocassete é comum pensar que somente os formatos VHS e Betamax é que foram comercialmente lançados. Entretanto, diversos outros formatos foram propostos pelos fabricantes e acabaram esquecidos devido ao fracasso comercial:
- VCR: foi lançado pela Philips em 1970 e se restringiu ao mercado europeu;
- V2000: depois de desistir do formato VCR a Philips lançou em 1978 o V2000 que também ficou restrito ao mercado europeu. Uma das curiosidades deste formato é que ele podia gravar em duas trilhas, lados A e B, similarmente a uma fita cassete de áudio;
- V-CORD: formato proposto pela Sanyo e adotado também pela Toshiba. Foi lançado em 1974 nos EUA;
- VX: formato criado pela Matsushita, foi lançado no mercado dos EUA em 1974 sob a marca Quasar;
- AKAI: formato proposto pela empresa japonesa Akai;
- LVR: formato proposto pelas empresas alemãs Basf e Eumig para uso principalmente em câmeras de vídeo. Não foi lançado comercialmente;
[editar] Outros formatos
A JVC criou várias derivações do formato VHS:
- VHS C: lançado em 1976, o VHS compacto é totalmente compatível com o VHS, sendo basicamente uma fita VHS embalada num cassete de tamanho menor, mais conveniente para uso em câmeras de vídeo. Este tipo de fita pode ser usado num VCR VHS usando-se um adaptador;
- S-VHS: lançado em 1987. No Super VHS o tamanho e a disposição física da fita é o mesmo do VHS, sendo que a diferença fica na parte eletrônica que permite uma qualidade de imagem superior, de maior resolução. Os aparelhos de VCR compatíveis com o S-VHS são totalmente compatíveis com o formato VHS, porém o contrário não é verdadeiro, ou seja, uma fita gravada em S-VHS não pode ser reproduzida em um aparelho VHS;
- D-VHS: lançado em 2001, talvez seja mais apropriado classificar o Digital VHS como um novo formato. Apesar de manter as características físicas do cassete VHS a informação é gravada em formato digital como ocorre nos DVDs. O D-VHS é capaz de gravar imagens de HDTV, High Definition Television, porém como os aparelhos usam um mecanismo herdado do VHS eles são capazes de reproduzir fitas gravadas neste formato antigo.
A Sony, após o fracasso do Betamax, lançou em 1984 um novo formato conhecido como Video-8. Este formato usa um cassete de tamanho parecido com o VHS-C e teve relativo sucesso para uso em câmeras de vídeo. Em 1989 a empresa lançou um aperfeiçoamento do Vídeo-8 conhecido como Hi-8. Este formato tem uma resolução de imagem equivalente ao do S-VHS.
[editar] O sucesso do VCR
Podemos dizer que o grande sucesso comercial do videocassete deve-se fundamentalmente a três razões:
- disponibilidade de fitas pré-gravadas que podem ser compradas ou alugadas. Esta possibilidade só se tornou possível devido à adesão dos estúdios de cinema a esta tecnologia;
- possibilidade de gravar um programa de televisão para assisti-lo posteriormente;
- disponibilidade de câmeras de vídeo que permitem gravar qualquer cena desejada. A câmeras de vídeo surgiram depois dos aparelhos de VCR devido à necessidade de uma tecnologia que permitisse a miniaturização dos componentes eletrônicos e mecânicos do VCR.
[editar] Videocassete no Brasil
O mercado de VCRs no Brasil explodiu na década de 1980. Os primeiros aparelhos eram importados, legal ou ilegalmente, e por se tratarem de equipamentos projetados para o mercado americano, necessitavam de uma adaptação para funcionarem com padrão de televisão em cores adotado no Brasil, o PAL-M. A adaptação era feita em oficinas de manutenção de equipamentos eletrônicos e a qualidade da modificação variava muito.
Nestes tempos iniciais do videocassete no Brasil, o mercado de fitas pré-gravadas também se caracterizava pela informalidade. A maneira de se conseguir fitas pré-gravadas era se filiar a um “vídeo-clube” que, pelo menos em teoria, não cobrava nada, posto que os sócios ao fornecerem uma certa quantidade de fitas podiam emprestar as fitas dos outros sócios. Em meados da década de 1980 esta situação acabou, devido principalmente à pressão dos distribuidores ligados aos grandes estúdios, e as locadoras tomaram o lugar dos vídeo-clubes.
Em 1982 a Sharp lançou o primeiro aparelho de VCR fabricado no Brasil. Cerca de um ano após, a Philco lançou o seu aparelho e, logo, outros fabricantes lançaram também os seus aparelhos. Todos eles usavam o formato VHS, com exceção da Sony que lançou um equipamento Betamax. Este formato, apesar dos esforços da Sony, nunca teve participação significativa no mercado brasileiro devido principalmente à falta de material pré-gravado (filmes).
[editar] Panorama atual
Atualmente (2006), os VCRs parecem estar perdendo mercado para a tecnologia de DVD regravável, DVD-R. O preço destes aparelhos têm baixado cada vez mais e parece haver um interesse dos fabricantes em promover a troca dos aparelhos de VCR pelos aparelhos de DVD-R.
