Augusto Ruschi
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Augusto Ruschi (Santa Teresa, 12 de dezembro de 1915 — Vitória, 3 de junho de 1986) foi um cientista, agrônomo, advogado, ecologista e naturalista ítalo-brasileiro. É considerado o "Patrono da Ecologia no Brasil".
É reconhecido por seus estudos sobre os beija-flores (colibris) e sobre orquídeas. Foi árduo defensor da fauna e flora brasileiras. Catalogou 80% das espécies conhecidas de beija-flores, descobriu duas novas, e elaborou a descrição de cinco, além de onze subespécies. Catalogou também cerca de 50 novas espécies de orquídeas. As principais conclusões das suas pesquisas encontram-se nos livros Aves do Brasil e Os beija-flores do Espírito Santo.
Dois anos antes de morrer, moveu uma nova campanha contra o desmatamento de uma região do norte do Espírito Santo, último refúgio de três espécies de colibris sob ameaça de extinção. Em janeiro de 1986, encontrando-se enfermo pelo veneno de sapos dendrobatas, Ruschi submeteu-se a um ritual indígena de cura, a pajelança. O episódio teve grande repercussão.
Deixou uma vasta obra escrita com 450 trabalhos e 22 livros; duas instituições científicas: o Museu de Biologia Professor Mello Leitão em Santa Teresa e a Estação Biologia Marinha Ruschi, em Santa Cruz, no município de Aracruz, ambas no Espírito Santo; uma fundação, a Fundação Brasileira para a Conservação da Natureza; várias reservas, entre as quais o Parque Nacional do Caparaó, e um dos maiores acervos de informações existentes sobre a floresta Atlântica.
A cédula de 500 cruzados novos que circulou em 1990 homenageou Augusto Ruschi.