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Castelo de São Jorge da Mina - Wikipédia

Castelo de São Jorge da Mina

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Fortaleza da Mina, Gana.
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Fortaleza da Mina, Gana.

O Castelo de São Jorge da Mina, também designado por Castelo da Mina, Feitoria da Mina, e posteriormente por Fortaleza de São Jorge da Mina, Fortaleza da Mina, ou simplesmente "Mina", localiza-se na atual cidade de Elmina, no Gana, no litoral da África Ocidental. Após a sua ocupação pelos holandeses em 1637, parece ter sido castelhanizado o seu nome para Elmina.

A Feitoria da Mina sucedeu, em importância militar e económica, à Feitoria de Arguim, de que se tem notícia já a funcionar em 1461 quando a sua capitania-mor foi concedida. Se a ilha de Arguim marcava geograficamente a extrema da África arabizada, a Feitoria de São Jorge da Mina é considerada a mais antiga fortificações européia ao Sul do deserto do Saara (a mais antiga ainda existente). Como tal, foi declarada Património da Humanidade pela Unesco e tem sido objecto de sucessivos trabalhos de restauro pelo Governo do Gana. A Mina teve primitivamente a função de assegurar a soberania e o comércio de Portugal no Golfo da Guiné, constituindo-se no principal estabelecimento luso na costa africana, fonte da riqueza que alimentou a economia portuguesa até se iniciar o ciclo da Índia, após 1498.

Posteriormente, com o aumento do tráfico Atlântico de escravos, o forte readquiriu importância como um entreposto, onde os cativos eram mantidos à espera de transporte para o Novo Mundo.

Índice

[editar] História

[editar] Antecedentes

Ainda em vida do Infante D. Henrique (1394-1460), a exploração da costa africana principiou a render frutos. Nas décadas seguintes, a Coroa portuguesa empreendeu a construção de feitorias, entrepostos comerciais fortificados, de modo a intensificar o comércio de produtos europeus por gêneros como o ouro, especiarias e escravos, principalmente. Adicionalmente, estas estruturas proporcionavam segurança e apoio às atividades de navegação e descobrimentos na costa ocidental africana.

A mais antiga de todas foi a feitoria da ilha de Arguim (o Castelo de Arguim), na altura do cabo Branco, fundada em 1448, sob as instruções do próprio Infante. A fortificação de Arguim serviu como modelo para as que se lhe seguiram na região, como o Castelo da Mina, ainda no século XV, e o de Axim (ou de Axém), no alvorecer do século seguinte.

Após a morte do Infante, o seu sobrinho, D. Afonso V (1438-1481), arrendou a exploração da costa da Guiné, na forma de monopólio comercial, em 1469, por cinco anos (mais um ao fim do contrato). O primeiro arrematante foi um comerciante lisboeta, Fernão Gomes, que, além da renda, ficava obrigado à descoberta anual de 100 léguas da costa, a partir da serra Leoa. Foi durante a vigência desse contrato, que se alcançou a região da Mina. Por essa razão, aquele trecho do litoral passou a ser designado como Costa do Ouro nos mapas da época, despertando a cobiça internacional nomeadamente dos Reis Católicos, que só cessaram as pressões para se apossarem da região com o Tratado de Alcáçovas (1479), através do qual reconheciam a Portugal o domínio das descobertas a Sul das Canárias.

[editar] O Castelo de São Jorge da Mina

Com a subida ao trono de D. João II (1481-1495), este soberano determinou a construção de um novo entreposto, visando proteger o comércio do ouro naquele litoral. Para esse fim, nos primeiros meses de 1482 uma expedição de onze navios partiu de Lisboa, sob o comando de Diogo de Azambuja, transportando uma tropa de 600 homens e material pré-fabricado como lastro nos navios. Outras fontes apontam a data de partida como 12 de Dezembro de 1481 e o efetivo como 700 homens. A sua missão era a de erguer uma fortificação com funções de feitoria, o chamado Castelo de São Jorge da Mina, posteriormente denominado como Castelo Velho da Mina. Ali passaram a ser trocados trigo, tecidos, cavalos e conchas (“zimbo”), por ouro (até 400 kg/ano) e escravos, estes com intensidade crescente a partir do século XVI. Ao abrigo da fortificação-feitoria desenvolveu-se um núcleo urbano geminado, informalmente denominado como “Duas Partes”, um habitado por europeus, outro por nativos. A povoação de São Jorge da Mina recebeu Carta de Foral em 1486.

[editar] A administração do forte-feitoria

O primeiro comandante do forte-feitoria foi o próprio Diogo de Azambuja, entre 1482 e 1484. Entre os seus comandados, na ocasião, encontrava-se o marinheiro genovês Cristóvão Colombo. Posteriormente o comando foi ocupado por elementos ilustres no reino, nomeados por períodos de três anos. Estes oficiais tinham vastos poderes outorgados pela Coroa, ainda que sujeitos a um rígido regimento, de forma a coibir o contrabando do ouro ou a prática de outras atividades ilícitas. A sua autoridade estendia-se a outros entrepostos fundados posteriormente naquela costa, como os de Axim (Axém), Osu, Shama (Shamá), Waddan, Cantor e Benim.

[editar] Da Dinastia Filipina aos nossos dias

Ao longo do século XVI, ataques de corsários franceses às embarcações portuguesas no regresso da Índia, da Mina e do Brasil tornaram-se freqüentes. O mesmo se registrou com relação à Inglaterra, com quem foi assinado um tratado em 1570.

No contexto da Dinastia Filipina, devido ao conflito existente entre a Coroa de Espanha e os Países Baixos, que lutavam pela sua emancipação política, estes últimos passaram a atacar as possessões portuguesas por meio da ação da Companhia das Índias Ocidentais. Por esse instrumento, na primeira metade do século XVII foi conquistada a costa Nordeste do Brasil e, em 29 de Agosto de 1637, a Fortaleza de São Jorge da Mina, na costa africana, após cinco dias de resistência. Na ocasião, o efetivo português na Mina era de cerca de quarenta homens, doentes e mal-armados. As tropas holandesas encontravam-se sob o comando do Coronel Van Koin.

Os holandeses fizeram de São Jorge da Mina a capital da Guiné holandesa, e rebatizaram o Forte como Fort Conraadsburg, também denominado como Fort de Veer, Fort Java, Fort Scomarus e Fort Naglas, procedendo-lhe obras de reforço e de ampliação. A partir de então, a Mina tornou-se um centro fornecedor de mão-de-obra escrava para o continente americano. Outros fortes portugueses na região foram também conquistados pelos holandeses em 1642, com a mesma finalidade.

[editar] Do século XIX aos nossos dias

Em 1872 o forte foi conquistado pelos britânicos.

A estrutura da fortificação foi reconhecida pela UNESCO como Património Mundial em 1979.

O monumento sofreu uma ampla intervenção de restauração e conservação a cargo do governo de Gana na década de 1990 e, atualmente encontra-se aberto à visitação turística.

[editar] Características

Porto de escala das embarcações da Carreira da Índia na costa ocidental africana, as iconografias do castelo, em mapas do século XVI (como o Mapa de Cantino, 1502), mostram uma sólida estrutura acastelada dominada por uma torre de menagem de planta circular, tendo os muros reforçados por torreões, também no formato circular, semelhantes a outros erguidos em estilo manuelino em Portugal à época. Na segunda metade desse século, os panos de muralhas envolveram o núcleo urbano habitado por comerciantes, funcionários e colonos portugueses.

Uma planta levantada sob o reinado de D. João III (1521-1557) por João Leal ou Marcos Gomes em 1556, mostra uma cerca defensiva avançada com dois baluartes sobre o mar. Um outro desenho, bastante esquemático e irregular, sugerindo tratar-se de um levantamento ou mostra enviada à Corte a fim de servir de base a melhoramentos, talvez tenha sido preparado pelo “Mestre de obras da Fortaleza da Mina” Lopo Machado (1563-1578), que trabalhara anteriormente nas obras de fortificação da Capitania da Bahia, no Brasil.

Da época da conquista holandesa existe iconografia da Mina, com as fortificações acrescidas, de autoria de Gaspar Barleu e de Frans Post.

Atualmente, a fortificação apresenta uma mistura de estilos e elementos portugueses e holandeses em sua arquitectura.

[editar] Ver também

Outras línguas
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