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As eleições legislativas portuguesas de 20 de Fevereiro de 2005 resultaram na maioria absoluta do Partido Socialista, liderado pelo Engenheiro José Sócrates.
[editar] Contexto económico
As eleições realizaram-se no contexto de uma conjuntura económica difícil. Foram frequentemente apontadas as necessidades de várias reformas, incluindo as seguintes:
- A redução do peso do aparelho do Estado no PIB, uma situação que dificulta o cumprimento dos limites impostos por Bruxelas quanto ao défice.
- A elevada evasão fiscal
- A crescente fuga de capitais externos do país, motivada pela procura de países com mão-de-obra mais barata e mais qualificada.
[editar] Resultados
[editar] Análise dos resultados
Comparando os resultados com os de 2002, o PS cresceu (e de forma significativa) graças aos votos do eleitorado do centro (que vagueia entre o PS e o PSD) e uma parte significativa dos portugueses que normalmente se abstêm de votar e que, desta vez, optaram por ir à urnas para penalizar o PSD.
Deste modo, o crescimento do PS não surgiu às custas do eleitorado à sua esquerda, que apresentou uma subida, nomeadamente a CDU, que inverteu a tendência de perda de votos e mandatos que já existia há cerca de 20 anos, e o Bloco de Esquerda, uma formação política que surgiu em 1999 pela "fusão" da UDP, PSR e outros partidos de extrema esquerda, e que nestas eleições quase triplicou o número de mandatos (tinha 3). O Bloco tem uma presença forte nos grandes centros urbanos e na população mais jovem.
Deste modo, os grandes derrotados são os partidos que estavam no governo. O PSD, sem dúvida o maior derrotado, e o PP, principalmente por ter elevado demasiadamente a fasquia. Os seus objectivos (obter mais votos e lugares que a soma do PCP e do BE, 10%, ser o 3º partido, , impedir uma maioria absoluta do PS, ...) não foram alcançados, o que levou Paulo Portas a apresentar a demissão. Pedro Santana Lopes anunciou a realização de um congresso extraordinário, e anunciou que não voltaria a ser candidato à liderança do partido.
[editar] Partidos não representados na assembleia
Relativamente aos partidos que não têm representação na Assembleia da República, o Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses - Movimento Reorganizativo do Partido do Proletariado (PCTP/MRPP), marxista-leninista-maoista e do conhecido advogado perito em legislação laboral, Garcia Pereira, mantém-se como o maior dos mais pequenos.
O Partido da Nova Democracia (PND) é um partido liberal que está no espaço do CDS e surgiu com base na imagem do seu líder, Manuel Monteiro, ex-presidente do CDS-PP. Recebeu 40221 votos.
O Partido Humanista (PH) é um partido de esquerda que baseia o seu discurso no princípio da política dever servir os homens e não os interesses económicos. Recebeu 16870 votos.
O Partido Nacional Renovador (PNR) representa a extrema direita portuguesa. Obteve 9401 votos.
O Partido Operário de Unidade Socialista (POUS), de Carmelinda Pereira é trotskista e praticamente só tem expressão quando se realizam eleições.
O Partido Democrático do Atlântico (PDA) é um partido que se baseia nos Açores. Teve 1640 votos.
[editar] Ver também