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Emílio de Meneses - Wikipédia

Emílio de Meneses

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Caricatura do escritor Emílio de Meneses
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Caricatura do escritor Emílio de Meneses

Emílio Nunes Correia de Meneses (Curitiba, 4 de julho de 1866Rio de Janeiro, 6 de junho de 1914) foi um jornalista e poeta brasileiro. Imortal da Academia Brasileira de Letras, mestre dos sonetos satíricos.

Índice

[editar] Biografia

Era filho de Emílio Nunes Correia de Meneses e de Maria Emília Correia de Meneses, único homem dentre oito irmãs. Seu pai era também um poeta. Faz seus estudos iniciais com João Batista Brandão Proença, e depois no Instituto Paranaense. Sem ser de família abastada, trabalha na farmácia de um cunhado e, ainda com dezoito anos, muda-se para o Rio de Janeiro, deixando em Curitiba a marca de uma conduta já distoante ao formalismo vigente: nas roupas, no falar e nos costumes.

Boêmio, na capital do país encontra solo fértil para destilar sua fértil imaginação, satírica como poucos. A amizade com intelectuais, entretanto, fez com que tivesse seu nome afastado do grupo inicial que fundara a Academia. Torna-se jornalista e, por intercessão do escritor Nestor Vítor, trabalha com o Comendador Coruja, afamado educador. Em 1888 casa-se com uma filha deste, Maria Carlota Coruja, em 1888, com quem tem no ano seguinte seu filho, Plauto Sebastião.

Mas Emílio não estava fadado para a vida doméstica: neste mesmo ano separa-se da esposa, mantendo um romance com Rafaelina de Barros.

Autor de versos mordazes, eivados de críticas das quais não escapavam os políticos da época, mestre dos sonetos, Emílio de Meneses é portador de uma tradição - iniciada com o Brasil, em Gregório de Matos.

Tendo sido nomeado para o recenseamento, como Escriturário do Departamento da Inspetoria Geral de Terras e Colonização, em 1890, Emílio aposta na especulação da falácia econõmica do Encilhamento, criada pelo Ministro da Fazenda Ruy Barbosa: como muitos, fez rápida fortuna, esbanja e, terminada a farsa, como todos os outros investidores, vai à falência. Não muda, entretanto, seus hábitos. Continua o mesmo boêmio de sempre, a povoar os jornais da época com suas percucientes anedotas.

Sobre o Poeta
"Os que conheceram Emílio de Menezes ainda estão a vê-lo, com aquela bigodeira a Vercingectorix e aquele amplo chapéu, ora brandindo o bengalão retorcido, a expedir raios sobre a iniquidade dos pigmeus que o irritavam; ora sufocado num riso apopléctico de intenso gozo mental, rematando uma sátira com que, destro, arrasava a empáfia dos potentados e a impertinência dos presunçosos; ora bonacheirão, carinhoso, entalando uma fatia de pão-de-ló na boca de um de seus fiéis cães de raça; ora ainda transfigurado, olímpico, dizendo, com inspiração extraterrena, 'Os Três Olhares de Maria' ou o 'Ibiseus Mutabilis'. (...)" - Mendes Fradique, no Prefácio de "Mortalha - Os deuses em ceroulas".

[editar] Academia Brasileira de Letras

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Apesar de preterido pelo silogeu nacional, Emílio veio finalmente a ser eleito (15 de agosto de 1914) segundo ocupante da Cadeira 20, cujo Patrono é Joaquim Manuel de Macedo, e na qual jamais veio a tomar assento, falecendo em 1918. Seria saudado por Luís Murat.

Na versão oficial, disponível no sítio da ABL, Emílio deixara de tomar posse por conta da sua teimosia em manter críticas no discurso de posse:

Emílio compôs um discurso de posse, em que revelava nada compreender de Salvador de Medonça, nem na expressão da atuação política e diplomática, nem na superioridade de sua realização intelectual de poeta, ficcionista e crítico. Além disso, continha trechos argüidos, pela Mesa da Academia, de “aberrantes das praxes acadêmicas”. A Mesa não permitiu a leitura do discurso e o sujeitou a algumas emendas. Emílio protelou o quanto pôde aceitar essas emendas, e quando faleceu, quatro anos depois de ter sido eleito, ainda não havia tomado posse de sua cadeira. (do sítio da Academia).

Sobre o episódio do discurso de Emílio, o Imortal Afrânio Peixoto, que por muitos anos presidiu a Casa, consignou:

Emílio de Meneses quisera descompor a Oliveira Lima, ao que se opôs Medeiros e Albuquerque, que então presidia, ordenando a supressão dos tópicos alusivos e ofensivos: à insistência do neófito, em dizê-los, ameaçou-o com o comutador da luz elétrica, desde aí ao alcance da mão do presidente. Não foi preciso usar deste obscuro meio coercitivo, porque o acadêmico recalcitrante não chegou a ser recebido, e seu discurso apenas tardiamente publicado nos jornais, razão por que não figura na coleção da Academia.
Precedido por:
Salvador de Mendonça
ABL - cadeira 20
1914 - 1918
Sucedido por:
Humberto de Campos

[editar] Obras

Emílio escrevia não apenas com o próprio nome: diversos pseudônimos foram por ele utilizados, tais como Neófito, Gaston d’Argy, Gabriel de Anúncio, Cyrano & Cia., Emílio Pronto da Silva.

Trabalhos publicados
  • Marcha fúnebre - sonetos - 1892
  • Poemas da morte -1901
  • Dies irae - A tragédia de Aquidabã - 1906
  • Poesias - 1909
  • Últimas rimas - 1917
  • Mortalha - Os deuses em ceroulas - reunião de artigos, org. Mendes Fradique - 1924
  • Obras reunidas - 1980

[editar] Um poema de Emílio

Classificado como parnasiano (simbolista), o poeta Emílio de Meneses era dotado de domínio não apenas da palavra e dos versos, mas da capacidade de elevar-se ao mais alto sentimento, como vê-se no poema a seguir:

A romã
Mal se confrange na haste a corola sangrenta
E o punício vigor das pétalas descora.
Já no ovário fecundo e intumescido, aumenta
O escrínio em que retém os seus tesouros. Flora!
E ei-la exsurge a Romã. Fruta excelsa e opulenta
Que de acesos rubis os lóculos colora
E à casca orbicular, áurea e eritrina ostenta
O ouro do entardecer e o paunásio da aurora!
Fruta heráldica e real, em si, traz à coroa
Que o cálice da flor lhe pôs com o mesmo afago
Com que a Mãe Natureza os seres galardoa!
Porém a forma hostil, de arremesso e de estrago,
Lembra um dardo mortal que o espaço cruza e atroa
Nos prélios ancestrais de Roma e de Cartago!

[editar] Casos do "Rei dos Trocadilhos"

Emílio tornou-se bastante popular em todo o Brasil, atribuindo-se a ele grande número de anedotas. Seus trocadilhos venceram a distância e o tempo, embora quase nada tenha efetivamente sido registrado. Trazemos aqui, para a Wikipédia, alguns destes episódios, dentre tantos outros, ilustrando melhor essa figura que se definia como o "fruto efêmero e hostil de um efêmero gozo"...

1. Contam que, estando num teatro, sentara-se a frente de 3 senhoras que, estabanadas, falavam muito alto. E, àquele tempo, atriz era sinônimo corrente para prostituta... Saiu-se então Emílio com este:

Atriz atroz, atrás há três.

2. Andando pelas ruas do Rio de Janeiro da virada do século XX, eis que depara-se com um afamado conquistador, de nome "Penha", fugindo através da janela duma senhora casada. Emílio vaticinou:

Um homem que se diz Penha, por uma mulher que se disputa.

3. Perguntam-lhe: "Emílio, sabes qual a parte mais bonita do corpo da mulher?"

Sei-o!

4. Chegando numa daquelas antigamente tão comuns vendas de "secos e molhados", um parlatão provoca-lhe, imediatamente tentando evadir-se, para não ouvir a resposta: "Que vieste comprar? É milho? - mas o poeta intercepta-o, pegando-lhe pelo braço:

Não se-evada... sentei-o! Não intrigo... a ti um milho.

5. Contou certa feita o humorista Jô Soares, num dos seus programas, que Emílio, apertado para aliviar a bexiga, correu até um terreno baldio. Muito gordo, estava a desafogar-se quando um pirralho grita: "Ih, eu vi seu negócio". Satisfeito, Emílio tirou do bolso uma cédula de alguns réis, dando-lhe:

Tome, você merece... tem muitos anos que não o vejo...

6. Em tempos de estudante, Emílio estava dispersivo numa aula de certo professor de nome Saboya. Interpelando-o, o lente argüi:

- Senhor Emílio, defina a Sabedoria!
- A sabedoria, mestre, é algo que dá efetivamente muito peso... se colocada sobre a água, ela afunda.
- E a ignorância?
- A ignorância? Ora, essa bóia!

[editar] Ligações externas


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