Epicuro de Samos
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Epicuro de Samos, filósofo grego do período helenístico. Seu pensamento foi muito difundido e numerosos centros epicuristas se desenvolveram na Jônia, no Egito e, a partir do século I, em Roma, onde Lucrécio foi seu maior divulgador.
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[editar] Vida
Epicuro nasceu em Atenas, em 341 a.C., mas ainda muito jovem partiu com a família para Samos. Retornou para a terra natal em 323 a.C..
Já em Atenas, consta que Epicuro ouviu o filósofo acadêmico Pânfilo. Com Nausífanes de Teo, discípulo de Demócrito de Abdera, Epicuro teria entrado em contato com a teoria atomista — da qual reformulou alguns pontos. Epicuro ensinou filosofia em Lâmpsaco, Mitilene e Cólofon até que em 306 a.C. fundou sua própria escola filosófica, chamada O Jardim. Lecionou em sua escola até a morte, em 270 a.C., cercado de amigos e discípulos.
[editar] Filosofia e obra
Das numerosas obras escritas pelo filósofo, só restaram três cartas que versam sobre a natureza, sobre os meteoros e sobre a moral, e uma coleção de pensamentos. Estas cartas, com os fragmentos, foram coligidos por Hermann Usener sob o título de Epicurea, em 1887.
[editar] A certeza
Segundo Epicuro, para atingir a certeza é necessário confiar naquilo que foi recebido passivamente na sensação pura e, por conseqüência, nas idéias gerais que se formam no espírito (como resultado dos dados sensíveis recebidos pela faculdade sensitiva).
[editar] O atomismo
Epicuro defendia ardorosamente a liberdade humana e a tranqüilidade do espírito. O atomismo, acreditava o filósofo, poderia garantir ambas as coisas desde que modificado. A representação vulgar do mundo, com seus deuses, o medo dos quais fez com que se cometessem os piores atos, é obstáculo à serenidade. Todas as doutrinas filosóficas, salvo o atomismo, participam dessas superstições.
No sistema epicurista, os átomos se encontram fortuitamente e esta é a grande modificação em relação ao atomismo de Demócrito (onde o encontro dos átomos é necessário). É este encontro fortuito que garante a liberdade (se assim não fosse, tudo estaria sob o jugo da Natureza) e garante a explicação dos fenômenos, sua elucidação, fazendo com que possam ser explicados racionalmente. Assim, ao compreender como opera a Natureza, o homem pode livrar-se do medo e das superstições que afligem o espírito.
[editar] O prazer
A doutrina de Epicuro entende que o sumo bem reside no prazer e, por isso, foi uma doutrina muitas vezes confundida com o hedonismo. O prazer de que fala Epicuro é o prazer do sábio, entendido como quietude da mente e o domínio sobre as emoções e, portanto, sobre si mesmo. É a própria Natureza que nos informa que o prazer é um bem. Este prazer, no entanto, apenas satisfaz uma necessidade ou aquieta a dor. A Natureza nos conduz a uma vida simples. O único prazer é o prazer do corpo e o que se chama de prazer do espírito é apenas lembrança dos prazeres do corpo. O mais alto prazer reside no que chamamos de saúde. A função principal da filosofia é libertar o homem.
[editar] O desejo
Desejos naturais | Desejos frívolos | ||||
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Necessários | Simplesmente naturais | Artificiais | Irrealizáveis | ||
Para a felicidade (ataraxia) | Para a tranqüilidade do corpo (proteção) | Para a vida (nutrição, sono) | Variações de prazeres, busca do agradável | Exemplo: riqueza, glória | Exemplo: Desejo de imortalidade |
[editar] Ver também