Filmes-B

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O termo Filme-B foi usado originalmente para se referir à filmes de Hollywood designado para serem distribuidos como a "outra metade" de uma exibição dupla, que geralmente apresentava dois filmes do mesmo genêro (faroeste, gangsters ou horror. Nos tempos dos maiores estúdios de cinema, essa terminologia era oficialmente usada para este fim, que também forneceu a nomenclatura de atores "A" ou "B". (por exemplo, Ronald Reagan, o 40º presidente dos Estados Unidos, fez carreira atuando em filmes B). Os principais estúdios tinham "Unidades B", que faziam seus filmes B, mas também haviam pequenos estúdios como Republic Pictures e Monogram Pictures que se especializaram em fazer filmes B. A "Era de Ouro de Hollywood" chegou ao fim, o que também terminou esse sistem de estúdios. A maior parte dos cinemas 'drive-in' fechou, e as exibições duplas rarearam. Hoje não existe mais distinção entre "Filmes-A" e "Filmes-B".

[editar] Uso atual

"Filme-B" passou a ser usado para se referir a qualquer filme comercial de baixo orçamento, com atores pouco conhecidos (Atores B). Esses filmes podem ser mal feitos em alguns casos, mas se distinguem dos Filmes-Z por serem feitos profissionalmente para fins comerciais. Fãs de Filmes-B afirmam que orçamentos mais limitados e menor prepotência pode ajudar a gerar uma energia não encontrada em filmes de Hollywood de orçamento estronodoso. Isso foi verdade especialmente nos anos do perído pós-Segunda Guerra Mundial. Na era dos filmes de Eisenhower, com grandes orçamentos e estrelas renomadas, muitos filmes eram tediosos e convencionais (Around the World in Eighty Days, The Greatest Show on Earth) enquanto os Filmes-B possuiam energia e originalidade (The Thing from Another World, It Came from Outer Space). Muitos Filmes-B, especialmente nas áreas de ficção científica e horror, ainda são muito populares.

Uma das produtoras clássicas de Filmes-B era a americana American Internation Pictures (AIP), fundada em 1956 por James H. Nicholson e Samuel Z. Arkoff. Entre os filmes da produtora estavam os trabalhos de Roger Corman, Vincent Price, Herman Cohen e os primeiros trabalhos dos então desconhecidos Francis Ford Coppola, Martin Scorcese, Robert De Niro e Jack Nicholson. Na década de 70, produtoras como a Independent-International Pictures, Film Ventures International, Charles Band Productions, Cannon Films, New Line Cinema, Golan-Globus, entre outras, partiram para a criação de uma nova geração de Filmes-B.

A maior parte destas companhias era incapaz de continuar com orçamentos baixos no começo da década de 80, já que até mesmo um orçamento relativamente baixo e qualidade ruim de imagem custaria milhões de doláres, graças as expectativas do público com cores, trilhas sonoras originais e efeitos especiais realistas.

[editar] Roger Corman

Roger Corman é conhecido como o "Rei dos Bs", apesar do título ser tecnicamente impreciso. No livro de Corman, "How I made 100 movies in Hollywood and never lost a dime" ("Como eu fiz 100 filmes em Hollywood sem perder um tostão"), na página 36, ele fala sobre sua reputação de fazer Filmes-B, e diz "no meu modo de pensar, eu nunca fiz um filme-'B' na minha vida". Ele prossegue dfizendo que Filmes-B foram um fenômeno só no iníco da década de 50. De acordo com Corman, "Os Bs morreram quando eu comecei a dirigir". Roger Corman descreve seus filmes como "Filmes exploradores de baixo orçamento".

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