Flávio Moreira da Costa

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Flávio Moreira da Costa, escritor, antologista e tradutor brasileiro, nasce em janeiro de 1942 em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Passa sua primeira infância em Santana do Livramento, fronteira com o Uruguai, e aos oito anos volta a Porto Alegre, onde estuda no Colégio de Aplicação. Convidado pelo International Christian Youth Exchange Program, conclui o curso secundário nos Estados Unidos, na Cincinnati Country Day School, em Ohio. De volta ao Brasil, sem jamais perder seus vínculos com o Sul, vai por razões familiares viver no Rio de Janeiro, onde começa a trabalhar como jornalista e dá continuidade a seus estudos. O golpe de estado e a ditadura militar de 1964 impedem-no de concluir seus Cursos de Filosofia e Direito na UFRJ. Aos 20 anos, escreve seus dois primeiros romances: O desastronauta e As armas e os barões. Nos anos 60, participa ativamente do movimento do Cinema Novo: é diretor (América do sexo), ator (Manhã cinzenta e Perdoa-me por me traíres), crítico (revista "Leitura") e roteirista (Banana split). Em 1966/67, como bolsista do governo francês (Coopération Technique), Moreira da Costa vai para Paris, onde estuda com Jean Rouch no Musée de l'homme (Cinema Etnográfico), Lucien Goldman e Roland Barthes (Literatura e Semiologia). Convidado pela Fundação Fullbright, volta aos Estados Unidos em 1973 como representante do Brasil no International Writing Program, da Universidade de Iowa. Ainda na década de 70, com A Perseguição e Modelo para Morrer, é um dos precursores da literatura policial brasileira. Em 1979, pela primeira vez no Brasil, uma editora financia a um autor uma viagem para que ele faça pesquisas para um romance: nasce, lançado pela Editora Record, um thriller sobre a presença da Odessa e do neonazismo na América Latina, Os Mortos Estão Vivos. Participa, como contista, de diversas antologias temáticas nacionais e do conto brasileiro no exterior, estas publicadas na Alemanha, Polônia e Estados Unidos. Como antologista, organiza e publica diversas coletâneas de contos. Em 2001, com Os 100 melhores contos de humor da literatura universal, mantém-se por vários meses nas listas de mais vendidos em todo o país, lançando depois, entre outros, Os 100 melhores contos de crime & mistério e As 100 melhores histórias eróticas da literatura universal. Indicado pela Unesco, passa na França os meses junho/julho de 2003, vivendo como escritor-residente no CAMAC, comunidade artística internacional em Marnay-sur-Seine, a 110 km de Paris, onde escreve um novo romance, O país dos ponteiros desencontrados, lançado pela Agir em novembro de 2004. O escritor brasileiro mais premiado dos anos 90, elogiado por Júlio Cortázar, Jorge Amado, Antonio Houaiss, Dyonélio Machado, Fernando Namora, Otto Lara Rezende, Carlos Drummond de Andrade, Wilson Martins, Fábio Lucas, Benedito Nunes, Otto Maria Carpeaux e Antonio Hohlfeldt, entre outros, Flávio Moreira da Costa vive de literatura há cerca de vinte anos: além dos direitos autorais de sua obra, manteve por duas décadas uma oficina de ficção, sem subsídios ou vínculos com qualquer instituição, por onde já passaram nomes de destaque da moderna prosa brasileira. Em março de 2004, convidado pela Associazione Italia-Portogallo, participa do Seminário sobre a Transformação do Espaço Político e Literário Português pré e pós 25 de Abril, na Universidade de Nápoles, Itália. Volta então à França, como bolsista do Centre National du Livre, e passa os meses de abril e maio novamente no CAMAC, onde trabalha os originais de outro romance e para onde retorna em 2005, em mais uma residência de dois meses. Flávio Moreira da Costa tem um filho, Francisco, 22 anos, economista. É casado com a tradutora Celina Portocarrero e mora em Copacabana, no Rio de Janeiro.

[editar] Prêmios

O país dos ponteiros desencontrados, 2005

Finalista do Prêmio Jabuti da Câmara Brasileira do Livro, categoria Romance;

O equilibrista do arame farpado, 1998:

Jabuti da Câmara Brasileira do Livro, categoria Romance; Prêmio Machado de Assis de Romance, da Biblioteca Nacional; Prêmio Melhor Romance da Uniấo Brasileira de Escritores; 2o lugar no Prêmio Nestlé de Literatura.

Nem todo canário é belga, 1999:

Jabuti da Câmara Brasileira do Livro, categoria Contos;

Malvadeza Durão, 1983:

Prêmio Nacional de Contos do Estado do Paraná (Fundepar).

Modelo para morrer, 2000:

Finalista do Prêmio Jabuti, categoria Romance.

O país dos ponteiros desencontrados, 2005

Finalista do Prêmio Jabuti, categoria Romance.

[editar] Livros Publicados

até abril de 2006

[editar] Romances

O país dos ponteiros desencontrados. Rio de Janeiro: Agir, 2004.
O equilibrista do arame farpado. Rio de Janeiro: Record, 1997.
Às margens plácidas. São Paulo: Ática, 1978.
As armas e os barões. Rio de Janeiro: Imago, 1975.
A perseguição. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1973.
O desastronauta. Rio de Janeiro: Expressão e Cultura, 1971.

[editar] Policiais

Três casos policiais de Mario Livramento. Rio de Janeiro: Ediouro, 2003.
Modelo para morrer. Rio de Janeiro: Record, 1999.
Avenida Atlântica. Rio de Janeiro: Rio Fundo, 1992.
Os mortos estão vivos. Rio de Janeiro: Record, 1984.

[editar] Contos

Malvadeza Durão e outros contos. Rio de Janeiro: Agir 2006
Nem todo canário é belga. Rio de Janeiro: Record, 1998.
Malvadeza Durão. Rio de Janeiro: Record, 1982.
Os espectadores. São Paulo: Símbolo, 1976.

[editar] Antologias

Melhores contos fantásticos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2006.
Aquarelas do Brasil – contos da nossa música popular. Rio de Janeiro: Agir, 2006.
Crime feito em casa, contos policiais brasileiros. Rio de Janeiro: Record, 2005.
Grandes contos populares do mundo. Rio de Janeiro: Ediouro, 2005.
Contos de medo, horror e morte. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2005.
13 dos melhores contos de mitologia da literatura universal. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004.
100 melhores histórias eróticas da literatura universal. Rio de Janeiro: Ediouro, 2003.
13 dos melhores contos de vampiros da literatura universal. Rio de Janeiro: Ediouro, 2003.
100 melhores contos de crime & mistério da lit. universal. Rio de Janeiro: Ediouro, 2002.
100 melhores contos de humor da literatura universal. Rio de Janeiro: Ediouro, 2001.
Onze em campo e um banco de primeira. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1998.
Viver de rir II: um livro cheio de graça. Rio de Janeiro: Record, 1997.
Crime à brasileira. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1995.
O mais belo país é teu sonho. Rio de Janeiro: Record, 1995.
Viver de rir: obras primas do conto de humor. Rio de Janeiro: Record, 1994.
A nova Califórnia e outros contos de Lima Barreto. Rio de Janeiro: Revan, 1993.
Plebiscito e outros contos de humor de Arthur Azevedo. Rio de Janeiro: Revan, 1993.
Onze em campo. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1986.
Antologia do conto gaúcho. Porto Alegre: Simões, 1970.