Genocídio armênio
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O chamado genocídio armênio é considerado o primeiro grande genocídio do século XX e se constituiu na deportação e massacre de 1,5 milhão de armênios pelo Império Otomano, entre 1915 e 1923.
Seus antecedentes remontam o século XI quando uma série de invasões, migrações, deportações e massacres reduziu os armênios, povo cristão, a uma população minoritária em seu território original. Isto forçou inúmeros mercadores, personalidades religiosas e intelectuais a migrarem para a Índia, Rússia, Polônia e outros países do Leste Europeu.
No século XV, os armênios restantes sobreviviam como camponeses sob o domínio do Império Otomano, enquanto muitos outros eram artesãos e mercadores em Constantinopla, Esmirna ou outras cidades menores. No século XIX, a idéia de independência voltou a ganhar força mas no ano de 1909 o Império Otomano inicia um massacre que faz vinte mil vítimas.
Na Primeira Guerra Mundial, o Império Otomano estava em guerra com a Tríplice Entente, composta por Grã-Bretanha, Rússia e França. Como em todos os países beligerantes, cidadãos do sexo masculino foram convocados em massa. No caso otomano, por se tratar de um império com várias minorias nacionais hostis a Istambul, o recrutamento não foi bem recebido por muitas das minorias. Os armênios rebelaram-se contra a guerra e contra a interminável opressão otomana. Foram reprimidos com um genocídio em massa; de acordo com fontes armênias, cerca de 1,5 milhão de pessoas foram humilhadas, deportadas, torturadas, estupradas e/ou mortas; para os turcos, esse contingente não passa de 300 mil. Em 24 de abril de 1915, inicia-se uma operação programada de extermínio do povo armênio conduzida pelo governo dos Jovens Turcos, com prisões de líderes intelectuais e políticos, seguidas pela deportação da população e da marcha pelo deserto da Mesopotâmia, onde brutalmente foram assassinados cerca de 1,5 milhão de uma população total de aproximadamente dois milhões de armênios. Os que sobreviveram, a grande maioria sem seus familiares, espalharam-se por todo o mundo, sendo que a imensa maioria emigrou para Estados Unidos, França e América do Sul. A questão do genocídio armênio continua sendo fonte de revolta destes contra a pusilanimidade do governo turco. Como a Turquia está incondicionalmente aliada aos Estados Unidos e à OTAN, considera-se a questão como irrelevante do ponto de vista diplomático, a não ser, é claro, pelos próprios armênios.