João Durval Carneiro
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
João Durval Carneiro (Feira de Santana, 8 de março de 1929) é um político brasileiro, governou o estado de Bahia de 1983 a 1987.
[editar] Biografia
Durante muitas décadas o político João Durval teve projeção apenas local, na cidade de Feira de Santana, onde ocupara a prefeitura.
Um acidente, entretanto, trouxe-o para o cenário político estadual, em 1982: durante a campanha, o candidato carlista ao governo, Clériston Andrade, morre na queda do helicóptero que o transportava.
Escolhido por ACM pela fidelidade que sempre demonstrara, faltando poucos dias para o pleito, teve uma folgada eleição - tão grande era o poder daquele chefe político na Bahia.
Após seu governo, foi afastado do grupo carlista, que o responsabilizava pela derrota sofrida para Waldir Pires, nunca mais retornando a este staff. Seguiu na política local de Feira de Santana, tendo sem sucesso se candidatado ao Governo, pelo PDT. Apesar de não haver conseguido para si maior projeção, em 2004 viu o seu filho João Henrique Carneiro ser eleito prefeito da Capital do estado. Tem, ainda, outro filho engajado na política, Sérgio Carneiro, no PT. Nas eleições de 2006 João Durval foi eleito senador pelo PDT, com 2.655.552 votos (46,97%).
[editar] Governo da Bahia
Tomou posse a 15 de março de 1983, pronunciando o juramento de fidelidade às constituições federal e estadual. Em seu discurso, ressaltou a condição de "sertanejo":
-
- "Sertanejo que sou por minhas origens e minha vivência, não poderia omitir-me nesta oportunidade, quanto ao flagelo da seca, que há quatro anos vem assolando vastas regiões interioranas. No momento, em função das chuvas recentes, a situação apresenta uma melhoria sensível..."
Não deixou de colocar-se politicamente aberto ao diálogo:
-
- "Politicamente, já me defini como um liberal, com uma visão humanista (...) Num momento de tão graves dificuldades como o que ora enfrentamos, conclamo à união de todos os baianos para o trabalho em comum."
Durante sua administração o estado canalizou todos os esforços e recursos para a construção do complexo de abastecimento de água de Pedra do Cavalo - com barragem e adutora para suprir de água a capital baiana e a cidade de Feira de Santana (além de outras localidades) - a maior obra no Nordeste, naquele período. A obra, entretanto, não foi concluída em sua administração.
Esta concentração, aliado a outros fatores, fizeram com que seu governo ficasse marcado por uma aparente apatia, sem que outros setores vissem qualquer progresso. Visto como subserviente e sem brilho próprio, não conseguiu legar ao grupo carlista a mesma situação vantajosa que o elegera - possibilitando assim a única derrota de ACM nos mais de 30 anos em que domina a política da Bahia.
Precedido por: Antônio Carlos Magalhães |
Governador da Bahia 1983 - 1987 |
Sucedido por: Waldir Pires |
BIOGRAFIAS |
---|
A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z |