Maçonaria no Brasil
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A Maçonaria no Brasil deixou marcas expressivas, especialmente na Independência do Brasil e, entre outras rebeliões, na Inconfidência Mineira e na Revolução Farroupilha, no extremo sul, tendo herdado os símbolos maçônicos o brasão do Rio Grande do Sul. Vários outros Estados da Federação possuem símbolos maçônicos nas suas bandeiras, como Minas Gerais[ ].
Apesar de historiadores terem omitido fatos em suas avaliações[História do Brasil[ ], principalmente no Império e no primeiro período republicano. Muitos acontecimentos tomaram corpo em algumas Lojas Maçônicas. Influenciou a Inconfidência Mineira, a Revolução Farroupilha (Guerra dos Farrapos), a Conjuração Baiana, a Guerra do Paraguai, a Abolição da Escravatura, a Proclamação da República e, sobretudo, a Independência do Brasil.
], fica claro que a Maçonaria teve participação na[editar] A influência na Independência
D. Pedro, quando Príncipe Regente, foi maçom, chegando a ocupar o cargo de Grão Mestre (maior cargo dentro da Maçonaria Simbólica) do Grande Oriente do Brasil.
A História registra com certa timidez a participação dos maçons no processo. Ora, a vinda de D. João VI ao Brasil teria sido organizada pelos maçons de Portugal. Houve quem propusesse a D. João VI a prisão dos maçons, que desafiavam o poder do clero. A resposta de D. João VI foi simples. “Eu só não estou numa prisão francesa graças aos maçons, recuso-me a prendê-los.”
A maçonaria era, na época, o centro mais ativo do trabalho e da propaganda emancipadora. Fundada no Brasil ainda colônia, no Rio de Janeiro, na Bahia e em Pernambuco, foram suas lojas fechadas em seguida à revolução republicana de 1817, em Pernambuco. Ressurgiu com o reaparecimento da loja Comércio e Artes, em 1821, no Rio de Janeiro. De tal modo cresceu a atividade maçônica que em 1822 essa loja se desdobrou em duas, União e Tranquilidade e Esperança de Niterói, instituindo-se o Grande Oriente do Brasil.
Da maçonaria faziam parte todos, ou quase todos, os homens que lutavam pela independência. Uns teriam menos fé em seus métodos, mas acreditariam menos em sua ação - entre esses estaria José Bonifácio de Andrada e Silva. Era porém filiado à Maçonaria, pertencia à loja Comércio e Artes, como os bons patriotas de seu tempo. Seria também um modo de saber o que se pensava, o que se passava, acompanhar de perto seus passos. Por sugestão do brigadeiro Domingos Alves Branco Muniz Barreto, a loja ofereceu ao príncipe D. Pedro o título de «protetor e defensor perpétuo e constitucional do Brasil». A 13 de maio de 1822, aniversário do rei D. João VI, dia de gala e de beija-mão no paço, José Clemente Pereira, presidente do Senado da Câmara, comunicou ao príncipe que povo e tropa o acabavam de aclamar protetor e defensor perpétuo do Brasil. D. Pedro respondeu que aceitava o título de ´defensor´ mas que o Brasil não precisava de ´protetor´, pois « a si mesmo se protegia». José Bonifácio assistiu à manobra, iniciativa tomada pelo grupo dos patriotas do Rio à sua revelia, pois queriam intervir nos acontecimentos.
A seguir, constou do programa da Maçonaria carioca a convocação de uma Assembléia Constituinte, que passou a reivindicar. Joaquim Gonçalves Ledo era um dos maçons mais ativos e influentes. A 28 de maio de 1822, mais ou menos como apaziguamento, José Bonifácio foi eleito grão-mestre do Grande Oriente do Brasil na nova organização da maçonaria. Mas a ação de determinados maçons não deixava de o preocupar, pois queriam iniciativas, queriam orientar, dirigir os acontecimentos. Ora, era ele o ministro do Reino. Por isso, José Bonifácio a 2 de junho de 1822 instalou uma outra sociedade, uma espécie de réplica da maçonaria e também secreta, no Rio de Janeiro, durante a crise política de maio de 1822: o Apostolado - Apostolado da Nobre Ordem dos Cavaleiros de Santa Cruz. Tida por seus inimigos como reacionária, imitativa de outra que existia em Nápoles, demonstrava a pouca confiança que tinha no Grande Oriente. D. Pedro assinou a ata da fundação como arconte-rei, José Bonifácio era o cônsul, com pseudônimo Tibiriçá, e muitos maçons ativos, como Gonçalves Ledo, faziam parte do Apostolado.
Quando D. Pedro I rompeu com a Maçonaria, há uma lenda, claramente inverossímil, de que os maçons desencadearam célebre vingança, obrigando-o a abdicar em favor de seu filho menor e retornar a Portugal. Lá, morreu ainda jovem, tuberculoso.
A maioria dos militares ligados à proclamação da República era formada por maçons. Aliás, todo o ministério do primeiro presidente, Deodoro da Fonseca, era composto por maçons.
Para alguns historiadores foi uma iniciativa oportunista da Maçonaria assumir a responsabilidade da renúncia do Presidente Jânio Quadros, que segundo ele mesmo apontava a presença de "forças ocultas" na sua decisão. A Maçonaria se fez presente no Golpe de 1964, com todos os membros da junta militar pertencentes aos seus quadros. Não se pode dizer contudo que houve um apoio maçônico irrestrito ao golpe de 1964, mas sim que alguns de seus membros o apoiaram. Vale ressaltar que o Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil, contrariando a grande maioria dos maçons brasileiros, apoiou o Golpe de 1964. Durante o período ditatorial muitos desses maçons, contrários ao golpe, chegaram a ser presos.
Atualmente, as mulheres também podem frequentar a Maçonaria, pois existem lojas mistas, onde homens e mulheres trabalham juntos, com respeito e reconhecimento. No Brasil, uma das maiores obediencias de Lojas Mistas é a Grande Loja Maçonica Mista do Brasil, onde há mais de 500 mulheres participando dos rituais. Contudo, as Lojas "Mistas" ou "femininas" ainda não são reconhecidas pelo Grande Oriente do Brasil.
Ocorre, todavia, que contrariamente ao que ocorre n´outras partes do globo, a maçonaria no Brasil visa interesses notoriamente privados de seus membros. A "nobre origem" da maçonaria é, no Brasil, comumente ignorada tem o condão de atender interesses de seus mebros e, no mais das vezes, ainda que em detrimento da função inicial a que se propunha.