Miguel II de Bragança

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Miguel (II) de Bragança.

D. Miguel Maria Carlos Egídio Constantino Gabriel Rafael Gonzaga Francisco de Paula e de Assis Januário de Bragança nasceu no castelo de Kleinheubach, Baviera, a 19 de Setembro de 1853 e faleceu em Seebenstein, Áustria, a 11 de Outubro de 1927. Único filho varão de D. Miguel I, e de Adelaide de Löwenstein-Wertheim-Rosenberg, após a morte de seu pai (1866) passou a ser o herdeiro da coroa portuguesa para o Partido Legitimista defensor da monarquia tradicional e opositor ao regime, monárquico constitucional, então em vigor. Foi pretendente ao trono durante os reinados de D. Luís I, D. Carlos Ie D. Manuel II. Em 1920, renunciaria em favor de seu filho mais novo, Duarte Nuno (D. Duarte I de Bragança). Casou-se em 1877 com Isabel de Thurn Taxis (1860-1881) da qual teve uma filha, Maria Teresa de Bragança(1881-1945) e dois filhos: Miguel de Bragança, 6º duque de Viseu (1878-1923) e Francisco José de Bragança (1879-1919). Do matrimónio em segundas núpcias (1893) com Maria Teresa de Löwenstein-Wertheim-Rosenberg (1870-1935) nasceram sete filhas e Duarte Nuno de Bragança (1907-1976). Estudou no colégio de S. Clemente em Metz e frequentou a Universidade de Innsbruck, no Tirol. Nomeado alferes do 14.º regimento de dragões, tomou parte na campanha de ocupação da Bósnia. Na I Guerra Mundial, integrou o exército austríaco de que se terá retirado quando em 1917 Portugal entrou no conflito. Renunciou em favor do seu filho mais novo, em Bronnbach, a 30 de Julho de 1920, a pedido de uma comissão de monárquicos, representante do Partido Legitimista e da Junta Central do Integralismo Lusitano que evocava a sua participação nas fileiras do exército inimigo. Miguel de Bragança foi agraciado em 1890, pelo imperador Francisco José, com o privilégio da extra-territorialidade. Terá visitado apenas uma vez Portugal e incógnito. Desde a Convenção de Évora Monte (1834) e a vitória do exército liberal de Pedro IV, os descendentes de Miguel I encontravam-se excluídos da sucessão à coroa e interditos de pisarem o território nacional. A Carta de Lei de 19 de Dezembro de 1834, seria revogada pela Lei nº 2040 de 27 de Maio de 1950.