Movimento Nacional-Sindicalista
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Francisco Rolão Preto anunciou a fundação do Movimento Nacional-Sindicalista (MNS), em Fevereiro de 1933, através de vários comícios que comemoravam o primeiro ano de publicação do jornal "Revolução", Diário Académico Nacionalista da Tarde, que aparecera em 15 de Fevereiro de 1932 e que em 27 de Agosto de 1932 tinha adoptado o subtítulo Diário Nacional-Sindicalista da Tarde.
O MNS era um movimento político conhecido também pela designação "camisas azuis", que usavam como uniforme. Era um movimento católico (usavam a Cruz de Cristo como símbolo máximo) da Direita fascista e nacionalista. Fizeram comícios uniformizados, durante os quais utilizavam a saudação romana em voga nas organizações nacionalistas da época, conseguindo forte apoio nas universidades e na oficialidade mais jovem do Exército português. É um movimento influenciado pelo Monarquismo, pelo Fascismo e pelo Integralismo (Integralismo Lusitano) e queria corporativizar totalmente Portugal, opondo-se ao comunismo e ao capitalismo. Queria também implantar totalmente o fascismo (segundo os modelos italianos) em Portugal (o Estado Novo não era verdadeiramente um regime fascista visto que apresentava significativas diferenças em relação aos regimes abertamente fascistas; é mais considerado um regime autoritário de inspiração integralista ("nacionalismo integral") e fascista).
Rolão Preto, o fundador e líder do MNS, realizou um discurso anti - salazarista, a 16 de Junho de 1933, numa sessão no São Carlos. Ele sempre criticava que o Estado Novo não fez o máximo para corporativizar Portugal (criticava a lenta corporativização e o apoio do regime aos ricos comerciantes capitalistas). Devido a esse acontecimento o jornal nacional - sindicalista "Revolução" acabou por ser suspenso em 24 de Julho.
Mas em Novembro, no mesmo ano em que o jornal Revolução fora suspenso, os nacionais - sindicalistas separaram-se, o mais numeroso, decidiu apoiar Salazar e integrar-se na União Nacional, abandonando assim as ideias de independência perante o novo regime defendidas por Rolão Preto e Alberto Monsaraz.
Em 10 de Julho de 1934, Preto é detido, ápós uma última representação ao Presidente da República (General Óscar Carmona) em defesa de um governo nacional com a participação de todas as tendências políticas nacionalistas, e é exilado residindo durante um tempo em Valência de Alcântara, em Espanha, frente a Castelo de Vide. Em 29 de Julho de 1934, o nacional-sindicalismo é proíbido por meio de uma nota oficiosa de Salazar, que afirma que o movimento se inspirava «em certos modelos estrangeiros» (o fascismo italiano)
Preto regressou a Portugal em Fevereiro de 1935, mas foi detido numa tentativa de revolta contra o regime (tentativa de revolta do navio Bartolomeu Dias e do destacamento militar do Quartel da Penha de França) e é obrigado a novo exílio.