Nicolau Coelho
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Nicolau Coelho , navegador português dos séculos XV e XVI, participou na viagem da descoberta do caminho marítimo para a Índia onde comandou a nau Bérrio, tendo como piloto Pero Escobar e, por escrivão, Álvaro de Braga. A 20 de Março, após «assás trabalho» de regresso ao reino, foi apanhado por uma violenta tempestade perto de Cabo Verde. Perdido dos outros navios foi o primeiro a chegar ao Tejo com a boa notícia da chegada à Índia. Capitaneou também navios nas armadas de Pedro Álvares Cabral (1500) e Francisco de Albuquerque (1503).
A sua família descendia de D. Soeiro Viegas Coelho, casado com D. Mor Mendes, filha de D. Mem Moniz de Gandarei, o primeiro a entrar em Santarém após a vitória do rei D. Afonso Henriques (1112-1139) sobre os mouros. Outros descendentes famosos figuram na história do Brasil, como por exemplo Duarte Coelho, donatário da capitania de Pernambuco e fundador, em 1535, da vila de Olinda.
Nicolau Coelho e os seus descendentes, de acordo com concessão feita por D. Manuel, usavam armas próprias. Experiente em navegação, Nicolau acompanhou Vasco da Gama em 1497, na primeira viagem à Índia, como se disse acima. Regressou antes dos demais, com as boas novas sobre a descoberta e D. Manuel I o cumulou de honrarias: em carta régia de Fevereiro de 1500, concedeu-lhe elevada pensão anual, propriedades e distinções heráldicas.
Após seis meses reembarcou na esquadra de Cabral e teve novamente boa actuação . Desembarcou na terra de Vera Cruz no primeiro batel, estabeleceu contacto com os habitantes e participou na primeira visita realizada pelos indígenas à nau capitânia. Após a viagem à Índia e novo retorno a Lisboa, esteve ao comando de uma nau da armada de Afonso de Albuquerque e Francisco de Albuquerque a Faisal, em 1503. Desta vez não teve sorte: a sua nau afundou na viagem de regresso.