Pedro José Caupers
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Pedro José Caupers, ou Pedro José Kaupers, (1761 - 1834), moço guarda-roupa do rei D. João VI, que foi o último donatário das Flores e Corvo, Açores, tendo sustentado uma longa disputa com as populações daquelas ilhas sobre o pagamento de foros. Era o titular dos famigerados tributos a que estavam obrigados os habitantes da ilha do Corvo quando estes recorreram a Mouzinho da Silveira, então ministro, que lhos reduziu parcialmente.
[editar] Biografia
Pedro José Caupers era filho de João Valentim Caupers e de Ana Maria Bruna Freire de Sande.
Descendia de uma família austríaca que veio para Portugal na pessoa de João Valentim Kaupers, médico da rainha D. Mariana de Áustria, filho de Wilhelm Kaupers von Kleimenthal. João Valentim Kaupers recebeu o foro de Fidalgo da Casa Real e casou com Helena Ana Zevirner, açafata da mesma rainha.
[editar] As rendas das Flores e Corvo
Por alvará de 3 de Dezembro de 1814 foi concedida a Pedro José Caupers, moço de guarda-roupa do príncipe regente D. João, a mercê de gozar das rendas que haviam pertencido aos capitães do donatário nas ilhas das Flores e Corvo e que haviam regressado à coroa por confisco feito ao duque de Aveiro na sequência do processo dos Távoras.
A escritura de aforamento foi celebrada no Rio de Janeiro a 6 de Março de 1815, sendo válida por três vidas. Por ela, Caupers obrigava-se ao pagamento de uma pensão anual de 100$000 réis e, no caso de venda, do laudémio de lei. Assumia também as obrigações que antes tinham onerado o donatário, nomeadamente o pagamento anual de três moios de trigo e sessenta varas de pano de lã aos religiosos do convento de São Boaventura, de Santa Cruz das Flores, e quarenta alqueires de trigo para cada carcereiros das cadeias de Santa Cruz e Lajes das Flores, bem como as obras e os consertos que se mostrassem necessários nas ditas cadeias.
