Plano Collor
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O Plano Collor foi um plano econômico que tencionava acabar com a inflação que estava em níveis hiperinflacionários. Foi a primeira medida econômica do Presidente Fernando Collor de Mello, sendo decretada no dia de sua posse (15 de março de 1990).
O plano, tocado pela ministra da Economia e assessora econômica do então candidato Collor, Zélia Cardoso de Mello, consistia basicamente na retirada de moeda de circulação com um bloqueio dos numerários depositados em bancos (contradizendo o que o então candidato tinha defendido), que se mantinham em Cruzados Novos. O dinheiro que podia ser liberado, o era em Cruzeiros, a nova moeda brasileira. O papel moeda só mudava de nome. O interessante é que não houve corte de zeros em moeda neste plano. De uma hora para a outra, não havia dinheiro circulante. Além disso, houve um congelamento de preços.
O problema é que quando a data da posse chegava, as pessoas sabiam que algo muito pesado iria acontecer. Muitos migraram seu dinheiro para contas de poupança, achando que não seriam atacadas (e que foram), por outro lado, muitos apostaram em valores como ouro e dólar que não foram bloqueadas. Com isso, muitos aposentados ficaram sem nada e muitos especuladores tinham bens valiosos, fazendo com que ganhavam muito, com negócios desnivelados, pois tinham o que ninguém tinha. Há relatos de apartamentos de luxo vendidos a 10% do valor de mercado.
Em virtude desses problemas, principalmente a falta de dinheiro de necessitados, e sob opinião pública (ou opinião da imprensa, para alguns), o governo começou a dar preferências de liberação (concessões), aumentando a moeda circulante e fazendo com que a inflação voltasse. Além disso, o Brasil não tinha reservas cambiais relevantes, e não podia usar a importação como controle de preços de mercado.
Com o fracasso no combate a inflação do Plano Collor, a ministra Zélia caiu, entrando o Marcílio Marques Moreira, que não lutou contra a inflação em si, mas sim fez uma política de "engorda" econômica, aumentando as reservas brasileiras em dólar, com objetivos futuros.
No combate a inflação, o Plano Collor foi um fracasso, mas ele acabou importante em criar as condições, mudando a matriz monetária brasileira e aumentando reservas, essencial no sucesso de combate a inflação pelo Plano Real, no Governo do sucessor de Collor, Itamar Franco.
[editar] Ligações externas
- Artigo: As origens e a gênese do Plano Collor publicado na revista Nova Economia