Praça Batista Campos
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Coretos de ferro, plantas ornamentais, pontes, bancos, córregos, caramanchões, pavilhão acústico e árvores típicas da Região Norte. A graciosa mistura de gêneros arquitetônicos é o segredo de beleza da Praça Batista Campos.
Não passava de um matagal em 1874. Dez anos depois, pertencia à dona Maria Manoela de Figueira e Salvaterra. E por isso ficou conhecido como “Largo da Salvaterra”. Com a morte da proprietária, as terras passaram a pertencer à Câmara Municipal de Belém do Pará, que a chamá-las de “Praça Sergipe”, referindo-se à nova província brasileira.
Em 1897, Antônio Lemos, o intendente de Belém, teve a idéia de homenagear um dos principais personagens do Movimento Cabano: Cônego Batista Campos, que morreu em 1834. O objetivo inicial era construir um parque no terreno obtido após a morte de dona Maria Manoela, mas o projeto acabou se transformando em Praça. Quando Lemos resolveu urbanizá-la, ela era um largo singelo com algumas mangueiras e um canteiro central. Três anos depois, quando foi inaugurada em 14 de fevereiro de 1904, já era uma das praças mais belas de Belém.
Obedecendo ao plano “Jardins sem grades”, a praça possuía quatorze entradas. A principal ficava na rua São Mateus (Padre Eutíquio); outras três, cada uma com 20 metros, davam acesso pela rua dos Mundurucus, pela Serzedelo Corrêa e pela rua dos Tamoios. No governo de Coutinho Jorge, os calçadões da Praça receberam revestimento de pedras portuguesas com motivos marajoaras.
A Praça Batista Campos foi tombada pelo município em 1983, ainda na administração de Coutinho Jorge. Em 1986, ganhou novos equipamentos e passou por uma restauração buscando características perdidas no início do século XX, durante a primeira reforma.
Mas não é apenas o poder público que zela pela praça. Desde 1997, a Associação dos Amigos da Praça Batista Campos (AAPBC) ajuda a preservá-la “em uma perspectiva de defesa do meio ambiente e da natureza. Tudo isso com muito carinho, através de várias parcerias”, explica Egydio Salles, fundador da associação e recentemente falecido.
Passear pelos canteiros da Praça, observar as garças que voam livres, e aproveitar a mistura exótica de árvores da região e plantas ornamentais, traz um pedacinho da Amazônia para dentro da cidade de Belém.
