Química analítica
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A química analítica é a parte da química tratando da análise dos produtos, quer dizer, do reconhecimento e da caracterização de produtos conhecidos ou desconhecidos. Vai do seguimento da produção (verificar que uma cadeia de produção esta fabricando um produto conforme as especificações) até o inquérito policial (determinar a natureza de uma mancha, a origina de uma terra, de uma tinta). A palavra "análise" tem o sufixo "-lise" que significa "decompor" (ver pirólise, hidrólise, eletrólise). Em efeito, uma das primeiras preocupações da química desde Antoine Lavoisier foi de isolar e determinar os elementos, quer dizer os produtos dos quais são compostos todos os corpos. Precisou achar métodos para dividir os corpos complexos e depois caracterizar os corpos elementares provindo desta decomposição. Até o início do século XX, a química analítica era fazer reagir o produto desconhecido com um produto conhecido para obter um outro produto conhecido para determinar sua natureza. Hoje, utilizam-se métodos de cunho físico que permitem determinar e quantificar muitos elementos de uma vez.
Os métodos da química analítica podem ser classificados da seguinte maneira :
Segundo o tipo: análise qualitativa ou análise quantitativa. A amostra é submetida à análise seja para conhecer a identidade de seus componentes seja para determinar a quantidade dos componentes presentes. Perante uma amostra desconhecida, é necessário determinar sua composição qualitativa e sua composição quantitativa. Os procedimentos experimentais a seguir dependem da informação previamente adquirida. Por este motivo a análise qualitativa deve preceder a quantitativa.
Segundo a maneira de executar a análise: análise clássica ou análise instrumental. As técnicas de análise clássicas (ou não-instrumental) utilizem, em geral, reações quantitativas em fase aquosa ou medição de volume em fase gasosa. Os instrumentos são simples como vidraria graduada, balanças analíticas, pHmetros... . Em geral são destrutivas.
As técnicas de análise instrumental utilizem uma aparelhagem que permitem as determinações baseadas nas propriedades físicas dos elementos a determinar. Estas análises são executadas seja sobre a amostra tal qual seja sobre sólidos preparados ou sobre soluções das amostras.
Segundo o produto procurado: análise mineral ou orgânica A análise mineral se aplica aos produtos não orgânicos mas também aos minerais contidos nos produtos orgânicos como, por exemplo, o chumbo na gasolina.
Segundo a quantidade de amostras utilizada: macro ou microanálise. Dependendo da técnica utilizada, esta quantidade pode ser da ordem da fração de miligrama até de algumas gramas. Técnicas de microanálise foram desenvolvidas em análise qualitativa (reações com gotas de solução).
Segundo a conservação posterior da amostra: análises destrutivas ou não. Em geral, a análise clássica é destrutiva e a análise instrumental não é.
Segundo a automaticidade: análise manual ou automática. A análise automática é aplicada na indústria para seguir e orientar os parâmetros de um processo, por exemplo, o teor de óxido de carbono num gás de combustão. Ela é também aplicada em laboratórios que recebem numerosas amostras do mesmo tipo: o seguimento dos parâmetros da qualidade das águas, por exemplo.
