Renascimento (budismo)
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Segundo o ensinamento budista há um ciclo de mortes e renascimentos para os seres vivos. Esse ciclo pode e deve ser transcendido por meio da prática do Nobre Caminho Óctuplo.
Algumas fontes, principalmente advindas da Teosofia, atribuem a esses renascimentos características similares à da reencarnação, e a palavra reencarnação é inclusive usada com frequência para se referir aos renascimentos. No entanto é geralmente aceito pelos instrutores budistas atuais que, em vista das doutrinas budistas de Anatta (não-eu) e Anicca (impermanência) que reencarnação é um conceito considerado por muitos como incompatível com o ensinamento budista. O renascimento (ou emanação) descrito pelo budismo é em vez disso uma herança de agregados impermanentes, não de uma verdadeira identidade permanente.
Note-se que o conceito do não-eu (Anatta) não significa que o indivíduo seja inexistente, e sim que deve-se renunciar ao apego àquilo que psicologicamente se considera como "eu" e "meu". Segundo o texto Anatta-lakkhana Sutta [SN 44.10], devemos nos desapegar dos agregados com os quais nos identificamos porque, sendo esses impermanentes, o apego nos leva à insatisfação (Dukkha).