Sérgio Godinho
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Sérgio Godinho é um poeta, compositor e intérprete de canções português.
Índice |
[editar] Biografia
Nascido em 1945 no Porto, e com mais de 30 anos de carreira, Sérgio Godinho é um dos grandes nomes da música portuguesa.
Além de autor, compositor e cantor é, um pouco à imagem do personagem da sua música “O Homem dos 7 Instrumentos”, artisticamente multi-facetado, sendo actor com diversas participações em filmes, séries televisivas e peças teatrais, dramaturgo, com assinatura de algumas peças de teatro e ainda realizador, entre outras actividades.
Como tantos outros, aos 20 anos sai de Portugal, voltando as costas à guerra colonial. Permanece 9 anos afastado do país. A sua maior ligação é com a capital francesa, Paris, onde integra por dois anos o elenco do musical “Hair” e começa a esboçar as suas primeiras músicas, tomando contacto com outros músicos portugueses, como José Mário Branco, Zeca Afonso e Luís Cília. Passou ainda por Amsterdão, Brasil e Vancouver.
Em 1971 colabora no primeiro álbum a solo de José Mário Branco, Mudam-se os tempos mudam-se as vontades, e viria nesse mesmo ano a concretizar a sua estreia discográfica ao gravar, em solo francês, o LP Os sobreviventes. Gravou ainda no exílio o álbum Pré-histórias (1972). Ainda que constantemente censurados, estes álbuns conseguiram alcançar popularidade entre o público português no ano seguinte, tendo inclusivamente a imprensa premiado Sérgio como “Autor do ano” e Os Sobreviventes como “Disco do ano”.
Já no Canadá, casa-se com sua primeira mulher, Shila, colega na companhia de teatro Living Teather. Estabelece-se numa comunidade hippie em Vancouver, e é aqui que irá receber a notícia da revolução do 25 de Abril, que o leva a regressar a Portugal. Já em terras lusitanas, edita o álbum À queima-roupa (1974) com estrondoso sucesso, e corre o país, actuando em manifestações populares.
Desde então a sua carreira não mais parou; apesar de nem sempre ter obtido o correspondente êxito comercial, permaneceu como favorito da crítica e do público, sendo autor de algumas das canções mais aclamadas da história da música portuguesa, como "É terça-feira" e "Com um brilhozinho nos olhos".
[editar] Discografia
[editar] Álbuns de originais
- Os sobreviventes (1971)
- Pré-histórias (1972)
- À queima-roupa (1974)
- De pequenino se torce o destino (1976)
- Pano-cru (1978)
- Campolide (1979)
- Canto da boca (1981)
- Coincidências (1983)
- Salão de festas (1984)
- Na vida real (1986)
- Os amigos de Gaspar (1988)
- Aos amores (1989)
- Tinta permanente (1993)
- O elixir da eterna juventude (1996)
- Domingo no mundo (1997)
- Lupa (2000)
- O irmão do meio (2003)
- Ligação directa (2006)
[editar] Álbuns ao vivo
- Noites passadas (1995)
- Rivolitz (1998)
- Afinidades (com os Clã) (2001)
[editar] Colectâneas
- Era uma vez um rapaz (1985)
- Escritor de canções (1990)
- Biografias do amor (2001)
- Setenta e Um - Oitenta e Seis - O melhor de Sérgio Godinho (2004)
[editar] Bandas sonoras
- A Confederação (LP, Diapasão/Sassetti) (1978)
- Kilas, o mau da fita (1979)
[editar] EPs
- Romance de um dia na estrada (Guilda da Música/Sassetti) (1971)
[editar] Singles
- Na Boca do lobo (Guilda da Música/Sassetti) (1975)
- Liberdade (Guilda da Música/Sassetti) (1975)
- Nós por cá todos bem (1977)
[editar] DVD
[editar] Livros
- Retrovisor - Uma Biografia Musical de Sérgio Godinho (2006)