Tavinho Paes
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Tavinho Paes é um poeta brasileiro. Veio ao mundo pelas mãos de uma parteira, numa casa instalada onde hoje é a Praça da Apoteose, no Rio de Janeiro. Morou em vários bairros da Zona Norte da cidade, com destaque para Bonsucesso, à época em que o bairro, com suas avenidas com nomes de capitais (Roma, Londres, New York) era dominado pela gang de Lúcio Flávio.
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[editar] Poesia
Com 102 booklets e panfletos, realizados desde 1973, sempre em produção e distribuição independente, com títulos como: O Blecaute dos Vagalumes (1976); O Travesti Bossal (1978); pessimaGang (1980); A Cinderela Descalça ou Quando as Limousines Viram Abobrinhas (1989), entre outros.
Recentemente, experimenta novos chassis e suportes para publicação de poesia, como CDs (áudio-poesia), CD-ROM (e.books, flash-poems, poesia turbinada) e DVD (video-poesia, registros performáticos, etc...)
:: audioBooks: 'bemDita Poesia (2000); psycho pop (2002) e mefisto fake (2003)
:: CD-ROMs: Baixo Leblon on the Rocks (2004); Totalmente D+ (2004)
:: DVD: mnemoStoria - volume 1 (2006) - cineZine em parceria com o video-designer Marcelo Gibson, com 14 vídeos raros, com performances realizadas e gravadas entre 1974 e 2006.
O poeta é um dos mais atuantes na cena Poética do Rio de Janeiro.
Fundador do grupo Poema-Terror (1976), com Demétrio Gomes e Torquato de Mendonça, cujos eventos desestabilizadores eram realizados em plena ditadura e pretendiam interferir em cenários como saraus, colóquios, discursos políticos; bem como intervenções no espaço urbano: panfletos, grafites, etc....
Co-Fundador do Cep 20.000, com Chacal, Carlos Emílio Lima e Guilherme Zarvos (1991).
Diretor e Produtor do evento poemaShow, com Ricardo Ruiz de Muniz, em atividade desde 2003; com site de apoio no endereço www.poemashow.com.br [[1]] e jornal tablóide físico lançado em abril de 2006.
Diretor do evento poeMatrix, realizado com Izabella Figueiredo na noite da boate Dama de Ferro (Ipanema-Rio), onde apenas com uma lanterna e corte cinematográfico: mais de 300 poetas se apresentaram todas as quartas-feiras, durante 8 meses, em 2004.
Curador das ações de Poesia no evento Semana Cultural de Santa, em 2005.
Organizador do evento Dia Mundial da Poesia, com eventos anuais no Corcovado, na base da estátua do Cristo Redentor.
Organizador do portal iPoesia (acesso via [2]) para download de poesia falada e videografada.
Co-Organizador com Bruno Cattoni, do POESIA VOA - Festival de Poesia do Circo Voador, que ocupou por 5 dias o Circo Voador (Lapa-Rio), em novembro de 2005. Pioneiro na fusão musica-poesia (turboPoetry), produziu CDs independentes de mínimas tiragens com Geraldo d'Arbilly e Arnaldo Brandão.
[editar] Música
>> Sua memória musical inclui mais de 250 registros gravados por artistas como: Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia, Gal Costa, Marina Lima, Marisa Monte, Rita Lee, Lulu Santos, Lobão, Skank, Ney Matogrosso, Ciclone, etc...
>> Sucessos como: Totalmente Demais; Linda Demais; Radio Blá; Sexy Yemanjah, O homem que sabia demais, Tipo One Way (Ciclone, da nova A Gata Comeu), etc...
>> Produziu trilhas musicais para filmes como Navalha na Carne e Luzia Homem, entre outros.
>> Dirigiu Video-Clips para MTV para artistas como: Hanói-Hanói, Lobão, Telefone Gol e Bantus, entre outros.
>> Criou e dirigiu musicais para a Mutante Night-Club como: O Corôa & A Gatinha (2000).
>> Foi fundador da Gravadora INDIE Records com Líber Gadelha (1986)
[editar] Jornalismo
>> Escreveu textos para todos os grandes jornais do eixo Rio-São Paulo e colaborou com vários jornais de outros estados por períodos regulares.
>> Editor de O PASQUIM, entre 1985/86 e da revista cultural RioCapital (1998/1999).
>> Pertenceu ao quadro de articulistas de independentes como OPINIÃO (1977), Bondinho(1975), Jornal de Ipanema (1979), O NACIONAL, entre outros.
>> Colabora com jornais eletrônicos, tendo sido editor dos extintos Cult Link Club e PasquiNet.
>> Edita o tablóide poemaShow (2006): não é exatamente um jornal de poemas, mas uma experimentação onde o foco seria como um poeta editaria um jornal em tempos em que os jornalistas se tornaram mais inportantes do que as notícias que escrevem. Praticamente autoral (o poeta o edita sózinho), o jornal é uma reflexão sobre a mídia contemporânea e serve como modelo para o projeto de uma revista de cultura, com seções e retrancas editoriais sinalizadas.
[editar] Cinema
>> Participou de filmes como: Rio-Babilônia; A Idade da Terra; Terror & Extase; O Segredo da Múmia e Luar sobre Parador.
>> Trabalhou em parceria com Chacal como Roterista para o programa Juba & Lula, TV Globo.
>> Dirigiu e Produziu com Marcos Bonisson o documentário HONY (Hélio Oiticica in New York), que remonta de maneira inusitada a época em que o artista viveu em Nova York: Marcos e Tavinho visitam seus endereços antigos e entrevistam seus moradores como se eles fossem ou soubessem algo sobre Hélio oiticica. Por esta estranheza, no que chamaram de "Documentário cubista-realista", o vídeo foi premiado em Osaka (1990).
[editar] Artes Plásticas
>> Realizou várias exposições como: Presentes Contínuos, Macro-Fanzines, Eletro-Zines, MiniLivros anos 70/80. Seus primeiros trabalhos como poeta, com livretos circulando mano-a-mano, cara-a-cara, nas madrugadas dos bares da cidade do Rio de Janeiro, São paulo, Salvador, Belo Horizonte, Brasília... e até New York (!), eram propostas ligadas às discussões da Arte Conceitual de Vanguarda dos anos 60-70, onde o livreto era imaginado como um passaporte de um país da Liberdade em plena Ditadura Militar que mandava no Brasil.
>> Destacam-se os trabalhos: HAIR, realizado em Londres (2000), em frente a Old Curiosity Shop: o poeta pintou quadros com os próprios cabelos, que seriam cortados na sequência, com o trabalho faces::tranformations, realizado em parceria com o fotógrafo Paulo Batelli. Ambos refletem sobre a perenidade da obra de arte e trabalham com pêlos humanos, que continuam crescendo mesmo após a morte do corpo.
[editar] Performances
>> Suas apresentações em público eram marcadas pela tendência performática, iniciada no começo dos anos 80, incluíndo as sessões multimídia a partir de 1995. Nelas o Vídeo e a música eram constantemente utilizados como suportes para ações diretas.
>> Entre os mais interessantes, estão os performances: Rimbauds Efêmeros (Barão com a Joana - Ipanema (RJ) - 1977), o VT-JAM-TV (com Jorge Salomão & Joe Athanázio, sessão à 1/2 noite no Mistura Fina - Ipanema (RJ) - 1986), TV DADA Show (Jazzmania - Ipanema (RJ) -1978), Kaleidoskopium (Instituto Goethe - Porto Alegre - 1979) e MUTT:ready-made in uso (Teatro Municipal de São Paulo - 1986), etc...
>> Realizou o performance multimídia O VENTRÍLOCO LOCO (2005), utilizando técnicas de mímica (playback), apoiadas por audio visual (som e vídeo)
>> Com o evento poemaShow, defende a tese de que a poesia falada (propriamente dita) tornou-se uma tendência internacional inquestionável e representa uma nova maneira de dar à poesia um canal de comunicação com a sociedade e um aplicativo para veicular idéias e propostas.
