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Adriano - Wikipédia

Adriano

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Nota: Para outros significados de Adriano, ver Adriano (desambiguação).
Estátua do imperador Adriano.
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Estátua do imperador Adriano.

Publius Aelius Traianus Hadrianus, em português Públio Élio Trajano Adriano (24 de Janeiro, 76 - 10 de Julho, 138), conhecido apenas como Adriano, foi Imperador romano de 117 a 138. Pertence à dinastia dos Cinco bons imperadores.

Nascido em Italica (atual Espanha), Adriano era descendente de colonos romanos domiciliados no Sul da Espanha e era primo de Trajano, tendo sido nomeado por este para uma série de dignidades públicas que o fizeram aparecer como herdeiro presuntivo deste imperador. À época das Guerras Párticas de Trajano, era governador da Síria.

Logo após a morte de Trajano, constou que teria sido adotado por este em seu leito de morte como filho e sucessor na dignidade imperial. Muitos dizem, no entanto, que tal adoção teria sido uma farsa engendrada pela viúva de Trajano, a imperatriz Plotina. Seja como for, a ascensão de Adriano ao trono imperial foi imediatamente seguida pela execução sumária de quatro importantes ex-cônsules - entre eles o príncipe mouro e comandante de um cotingente de cavalaria moura no exército romano Lusius Quietus- expoentes da política de conquistas militares de Trajano. Estas execuções, ordenadas pelo imperador sem o acordo prévio do Senado, fizeram muito para alienar a velha assembléia do imperador e deram o tom da política imperial subsequente, que foi dirigida no sentido de ampliar a base de apoio do principado para além de Roma, mediante o contato direto do imperador com as elites provinciais, em oposição à velha política de manutenção de Roma como cidade imperial hegemônica.

O Império Romano sob Adriano.
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O Império Romano sob Adriano.

Adriano era contra a política de conquistas empreeendida por Trajano; suas primeiras medidas como imperador foram no sentido de abandonar definitivamente qualquer tentativa de preservar as conquistas inseguras realizadas por Trajano na sua última expedição contra o Império Parto - conquistas estas que o próprio Trajano já tinha sido forçado a abandonar após uma série de reveses militares. Abandonou as campanhas de Trajano na Mesopotâmia. Favorecendo uma política de defesa passiva, Adriano também parece ter abandonado grande parte das conquistas de Trajano na Dácia (atual Roménia), cedendo aos sármatas a planície do Baixo Danúbio e concentrando a ocupação romana na região da Transilvânia, protegida pela barreira natural dos Cárpatos. Segundo Dio Cássio, ele teria também ordenado a demolição da ponte construída por Trajano sobre o Danúbio, de forma a evitar uma invasão das províncias danubianas tradicionais a partir da Dácia. Com o intuito de proteger as demais fronteiras Império Romano contra os bárbaros, construiu grande número de fortificações contínuas na Germânia e na Inglaterra (por exemplo, mandou construir, em 112, a chamada Muralha de Adriano , que marcou durante séculos a fronteira entre a Inglaterra e a Escócia).

Estátua de Adriano (Istambul)
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Estátua de Adriano (Istambul)

Adriano implementou uma profunda reforma na administração, transformando o Conselho do príncipe um órgão de governo, e procurou unificar a legislação (Édito Perpétuo, 131). Durante o seu reinado, foi um viajante incansável, visitando as várias províncias do império.

Letrado, Adriano era um grande admirador da cultura grega, sendo um dos responsáveis pela propagação do helenismo no mundo antigo. Realizou grandes viagens pelo império, realizando obras e melhorando a infra-estrutura e a economia das províncias.

Foi o arquiteto responsável pela construção do Pantheon reconstruindo um antigo prédio muito menor erguido por Agripa, porém mantendo a velha fachada com o nome do antigo construtor. Construiu perto de Roma a grande villa que leva seu nome (Villa Adriana).

Foi um imperador ambulante, viajava sempre e por onde passava ia levantando cidades,construindo estradas, erigindo monumentos. Estes monumentos tinham um significado político: sua construção geralmente significava uma aliança em pé de igualdade abstrata entre Roma e a cidade onde eram erguidos. Assim, Adriano mandou completar em Atenas a construção de um gigantesco templo a Zeus, o Olympeion, cuja construção já se arrastava desde a época do tirano ateniense Pisistrato, do século VI a.C.; nas vizinhanças desta construção, organizou um bairro dentro do estilo romano de urbanismo, de maneira a poder igualar-se ao fundador mítico de Atenas, Teseu. Esta Atenas romana era separada da antiga cidade por um pórtico na entrada do qual estava inscrito: "Esta é a cidade de Adriano, e não a de Teseu". Esta reelaboração da legitimidade política do império em torno, não mais da cidade de Roma e do seu Senado, mas de uma cultura helênica comum, que prenunciava já de certa forma o Império Bizantino, permitiu ao historiador francês Paul Veyne chamar Adriano de "um Nero bem sucedido". Precisamente por isto é que tal política encontraria sua maior contestação entre o povo que havia oposto, historicamente, maior resistência a esta matriz cultural grega: na Judéia, os judeus reuniam-se preparando uma nova (e última) revolta contra o elemento greco-romano.

Essa revolta estalou porquanto Adriano mandara recontruir Jerusalém, destruída por Tito em 70 d.C., como uma cidade grega, e os judeus de então sentiam que a sua cidade sagrada estava sendo profanada por estrangeiros. De fato, em toda parte surgiam estátuas, banhos públicos, centros ruidosos de vida profana. Durante o final do reinado de Adriano, um movimento armado anti-romano estourou no interior da Judéia, comandado pelo rebelde messiânico que viria a ser conhecido pelo nome de Bar Kochba (o Filho da Estrela).

Assim que Adriano soube do levante dos judeus, determinou que as legiões localizadas nas províncias vizinhas atacassem os judeus e os destruissem. Não se sabe com certeza se Adriano participou ativamente da guerra judaica, e em que medida; o que é certo é que esta guerra foi longa e terrível, durou mais de dois anos e as tropas romanas após muitos revezes, muitas vezes cruentos, foram encurralando os judeus em seus subterrâneos das montanhas onde foram sendo dizimados. O exército romano sofreu um tal desgaste que Adriano teria, segundo Dio Cássio, eliminado dos seus despachos militares ao Senado a fórmula usual de abertura: "o Exército e o Imperador vão bem".

Os sobreviventes foram vendidos como escravos. Roma decretou a exclusão dos judeus de Jerusalém, que foi reconstruída como cidade grega e passou a chamar-se Aelia Adriana. No lugar do antigo templo judaico ergueu-se a estátua de Zeus e junto ao Gólgota (onde foi crucificado Jesus) ergueu-se um templo a Afrodite. A antiga província da Judéia passou a chamar-se Palestina - forma de tentar apagar a memória da presença judaica na região pela recordação dos filisteus, também antigos habitantes da região nos tempos bíblicos.

Por isso no Talmud, essa revolta ficou sendo chamada "a guerra do extermínio". De fato, por mais que a diáspora judaica tivesse-se iniciado séculos antes de Adriano,e que as narrativas sobre a guerra judaica tenham-se cedo revestido de características legendárias, é certo que a guerra eliminou definitivamente qualquer possibilidade de renascimento de um judaísmo centrado no Templo de Jerusalém e na sua casta sacerdotal, dando origem, assim, ao judaísmo como uma expressão puramente religiosa e cultural, e não mais política, situação esta que se perpetuaria até o surgimento do sionismo no século XIX.

Adriano morreu em 138, em Roma. Seu corpo foi depositado num mausoléu, que veio a ser o castelo de Santo Ângelo, em Roma. A sucessão de Adriano foi complicada; à princípio ele havia pensado em adotar como filho e sucessor um dos seus muitos antigos favoritos (tal como o adolescente grego Antinoo) Lucius Ceionius Commodus, mas tendo este falecido prematuramente, Adriano acabou por adotar o senador que viria a ser conhecido como o imperador Antonino Pio, sob a condição, no entanto, de que este adotasse como seu sucessor o parente distante de Adriano, o jovem Marcus Aurelius Verus, o futuro imperador Marco Aurélio, assim como o filho do falecido Lucius Ceionius, Lúcio Vero, que viria a ser co-imperador junto com Marco Aurélio. Entrementes, Adriano acabou por ordenar o suicídio de outro dos seus parentes, o nonagenário senador Serviano, que ele desconfiava buscar a sucessão imperial para seu neto (que também foi obrigado a suicidar-se). Tal decisão fez muito para confirmar a alienação mútua entre Adriano e o Senado romano, que levaria, após sua morte, a uma tentativa fracassada do Senado de invalidar seus atos, o que foi impedido por Antonino Pio.

Como prova das políticas autoritárias de Adriano, deve ser assinalado que credita-se a ele a criação de um corpo de polícia política no Império Romano, os frumentarii, cujos agentes foram destacados do corpo de funcionários imperiais dedicados à supervisão do abastecimento de trigo da cidade de Roma, daí seu nome em latim.

Commons
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[editar] Ver também


Precedido por:
Trajano
Imperador Romano
117 - 138
Sucedido por:
Antonino Pio



BIOGRAFIAS

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