Almir Gabriel
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Almir José de Oliveira Gabriel (Belém do Pará, 18 de agosto de 1932) é um médico e político brasileiro, membro-fundador do PSDB, com base política no estado do Pará. Foi secretário de Saúde do Pará, prefeito de Belém de 1983 a 1986, senador, sendo eleito para a legislatura constituinte, de 1987 a 1995. Também foi candidato a vice-presidente na chapa de Mário Covas nas eleições de 1989.
Foi governador do estado do Pará por dois mandatos consecutivos, de 1995 a 1998 e de 1999 a 2002, sendo o primeiro governador reeleito da história do estado. Ao deixar o governo, apoiou a eleição de seu sucessor Simão Jatene, também (do PSDB).
Seus dois mandatos à frente do governo do estado foram marcados pelo investimento em infra-estrutura, como o Tramoeste, o novo Estádio Olímpico, a Macrodrenagem, a Alça Viária, o porto de Vila do Conde, entre outros. Gabriel investiu também em obras turísticas. Reformulou a orla do Maçarico, em Salinópolis, e revitalizou diversos pontos turísticos da capital, Belém. Sob seu governo, foram reformados o Forte do Castelo, a Casa das Onze Janelas, a Catedral da Sé, a Igreja de Santo Alexandre e o Mangal das Garças. Ainda na área turística, o tucano investiu em revitalizações. Transformou o então presídio São José num pólo joalheiro, enviando os presos para penitenciárias do interior. Parte do antigo porto de Belém foi transformada no Estação das Docas, considerado por muitos o cartão postal da cidade.
Almir Gabril também foi alvo de denúncias de corrupção, principalmente em relação a privatização da estatal de energia elétrica do estado, a Celpa. Foi em seu governo que ocorreu o Massacre de Eldorado dos Carajás, ação policial que terminou com a morte de 19 trabalhadores ligados ao Movimento dos Sem Terra (MST). O caso teve repercussão nacional e internacional e ainda está sendo apurado sem que ninguém esteja preso. Contudo nunca se provou qualquer associação do governador Almir Gabriel com o resultado da ação policial, tendo o Ministério Público já se manifestado a respeito, isentando o governador de qualquer responsabilidade criminal. Teve em 2006 seu filho, Marcelo Gabriel, preso pela PF devido contratos ilícitos com empresas de higiene pública tanto na cidade de Belém, quanto ao redor do estado.
Depois de quatro anos afastado da vida pública, voltou à cena política como candidato ao governo do Pará nas eleições de 2006, definido na convenção do PSDB no dia 30 de junho de 2006, numa aliança denominada "União pelo Pará" formada por quinze partidos: PSDB, PFL, PTB, PSC, PL, PP, PAN, PRTB, PHS, PMN, PTC, PV, PRP, PRONA e PT do B.
Foi derrotado no segundo turno, com 54,93% dos votos validos obtidos pela senadora Ana Júlia Carepa do PT, que recebeu apoio político do então presidente da república, Luis Inácio Lula da Silva, e do PMDB no Pará.
| Precedido por: Carlos José Oliveira Santos |
Governador do Pará 1995 - 2002 |
Sucedido por: Simão Jatene |
