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Cólera - Wikipédia

Cólera

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Nota: Se procura Cólera associado ao pecado da Ira, consulte Ira (pecado).


Distribuição da Cólera
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Distribuição da Cólera

A Cólera (ou cólera asiática) é uma doença causada pelo vibrião colérico (Vibrio cholerae), uma bactéria em forma de vírgula ou bastonete que se multiplica rapidamente no intestino humano produzindo potente toxina que provoca diarréia intensa. Ela afeta apenas os seres humanos e a sua transmissão é diretamente dos dejetos fecais de doentes por ingestão oral, principalmente em água contaminada.

Índice

[editar] Vibrio cholerae

Vibrio cholerae ao microscópio electrônico
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Vibrio cholerae ao microscópio electrônico

O vibrião da cólera é Gram-negativo e tem a forma de uma vírgula com cerca de 1-2 micrómetros. Possui flagelo locomotor terminal. Estes víbrios, tal como todos os outros, vivem naturalmente na água dos oceanos, mas aí o seu número é tão pequeno que não causam infecções.

O víbrio é ingerido com água suja e multiplica-se localmente no intestino delgado proximal. Causa diarréia aquosa intensa devido aos efeitos da sua poderosa enterotoxina. Esta toxina tem duas porções A e B (toxina AB). A porção B é especifica para receptores presentes na membrana do enterócito, causando a sua endocitose (englobamento e internalização pela célula). A porção A, é a toxina propriamente dita, ligando-se à enzima adenilato ciclase e provocando súbida abrupta dos níveis de AMPc intracelulares. O AMPc é um mediador que se liga à proteína cinase A, que por sua vez activa outras proteínas que afetam os canais de cloro, provocando a secreção de cloro, sódio e água associada descontrolada pela célula no lúmen intestinal. O vibrião não é invasivo e permanece no lúmen do intestino durante toda a progressão da doença.

O fator que transforma uma estirpe de vibrião não virulenta numa altamente perigosa parece ser a infecção da bactéria por um fago (espécie de vírus que infecta bactérias). Esse fago, o CTX-fí, contém os genes da toxina (ctxA e ctxB) que os injeta quando da sua infecção à bactéria.

A cólera é uma infecção intestinal aguda causada pelo Vibrio cholerae, que é uma bactéria capaz de produzir uma enterotoxina que causa diarréia. Apenas dois sorogrupos (existem cerca de 190) dessa bactéria são produtores da enterotoxina, o V. cholerae O1 (biotipos "clássico" e "El Tor") e o V. cholerae O139.

O Vibrio cholerae é transmitido principalmente através da ingestão de água ou de alimentos contaminados. Na maioria das vezes, a infecção é assintomática (mais de 90% das pessoas) ou produz diarréia de pequena intensidade. Em algumas pessoas (menos de 10% dos infectados) pode ocorrer diarréia aquosa profusa de instalação súbita, potencialmente fatal, com evolução rápida (horas) para desidratação grave e diminuição acentuada da pressão sangüínea.

[editar] Transmissão

As abluções rituais com água do Rio Ganges são importantes na geração de epidemias da Cólera na India
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As abluções rituais com água do Rio Ganges são importantes na geração de epidemias da Cólera na India

A cólera é transmitida através da ingestão de água ou alimentos contaminados com fezes humanas. São necessários em média 100 milhões de víbrios (e no mínimo um milhão) ingeridos para se estabelecer a infecção, uma vez que não são resistentes à acidez gástrica e morrem em grandes números na passagem pelo estômago.

[editar] Progressão e sintomas

A incubação é de cerca de cinco dias. Após esse período começa abruptamente a diarréia aquosa e serosa, tipo água de arroz.

As perdas de água podem atingir os 20 litros por dia, com desidratação intensa e risco de morte, particularmente em crianças. Como são perdidos na diarréia sais assim como água, beber água doce ajuda mas não é tão eficaz como beber água com um pouco de sal. Todos os sintomas resultam da perda de água e eletrólitos:

  • Diarréia volumosa e aquosa, sempre sem sangue ou muco (se contiver estes elementos trata-se de disenteria).
  • Dores abdominais tipo cólica.
  • Náuseas e vômitos.
  • Hipotensão com risco de choque hipovolémico (perda de volume sanguineo) fatal, é a principal causa de morte na cólera.
  • Taquicardia: aceleração do coração para responder às necessidades dos tecidos, com menos volume sangüíneo.
  • Anúria: diminuição da micção, devido à perda de liquido.
  • Hipotermia: a água é um bom isolante térmico e a sua perda leva a maiores flutuações perigosas da temperatura corporal.

O risco de morte é de 50% se não tratada, sendo muito mais alto em crianças pequenas. A morte é particularmente impressionante: o doente fica por vezes completamente mirrado pela desidratação, enquanto a pele fica cheia de coágulos verde-azulados devido à ruptura dos capilares cutâneos.

[editar] Epidemiologia

A cólera é uma doença de notificação obrigatória às autoridades sanitárias.

A cólera é uma doença que existe em todos os países em que medidas de saúde pública não são eficazes para a eliminar. Ela já existiu na Europa mas com os altos níveis de saúde pública dos países europeus, foi já eliminada no início do século XX, com exceção de pequeno número de casos.

A região da América do Sul é hoje a mais freqüentemente afetada por epidemias de cólera, juntamente com a Índia. Neste último país, as grandes concentrações pouco higiênicas de multidões durante os rituais religiosos hindus no rio Ganges, são todos os anos ocasião para nova epidemia do vibrião. Também existe de forma endêmica na África e outras regiões tropicais da Ásia.

Os seres humanos e os seus dejetos são a única fonte de infecção. Só quando água ou comida suja com fezes humanas é ingerida podem suficientes quantidades de bactérias ser ingeridas para causar a doença. As crianças, que têm a tendência de pôr tudo na boca, são mais atingidas. As pessoas infectadas eliminam nas suas fezes quantidades extremamente altas de bactérias, sendo os portadores (individuos que possuem o víbrio no intestino mas que não desenvolvem a doença) muito raros. Há alguns casos raríssimos em que indivíduos contraíram a doença após comerem ostras contaminadas.

Existem vários serovars ou estirpes de vibrião da cólera. O eltor tem uma virulência menor e tem se tornado importante desde o seu surgimento em 1961, na Arábia.

[editar] Diagnóstico

O diagnóstico é por cultura em meio especializado alcalino de amostras fecais. A identificação é por microscopia e bioquimica.

[editar] Tratamento

O tratamento imediato é o soro fisiológico ou soro caseiro para repor a água e os sais minerais: uma pitada de sal, meia xícara de açúcar e meio litro de água tratada. No hospital, é administrado de emergência por via intravenosa solução salina. A causa é adicionalmente eliminada com doses de antibióticos, dos quais o primeiro a ser usado é a tetraciclina, e depois o cotrimexazole.

A higiene e o tratamento da água e do esgoto são as principais formas de prevenção. A fervura da água de consumo é eficaz na destruição da bactéria.

A vacina existente é de baixa eficácia (50% de imunização) e o seu efeito dura apenas de 3 a 6 meses após a administração, o que a torna inviável.

[editar] Efeitos genéticos nas populações

Os indivíduos com a doença genética ou status de portador do gene da fibrose cística, são parcialmente resistentes aos efeitos da cólera. Nas regiões mais afetadas desde tempos imemoriais (Índia), a freqüência deste gene é muito superior ao de outras regiões.

[editar] História

A cólera provavelmente originou-se no vale do rio Ganges, Índia. As epidemias surgiam invariavelmente durante os festivais hindus realizados no rio, em que grande número de pessoas banhavam-se em más condições de higiene. O vibrião vive naturalmente na água e infectava os banhistas que depois o transmitiam por toda a Índia nas suas comunidades de origem. Algumas epidemias também surgiram devido a peregrinos nos países vizinhos com aderentes da religião hindu, como Indonésia, Birmânia e China.

Foi descrita pela primeira vez no século XVI pelo português Garcia da Orta, trabalhando na sua propriedade, Bombaim, no Estado da Índia Português. Foi o inglês John Snow que descobriu a relação entre água suja e cólera em 1854. A bactéria Vibrio cholerae foi identificada pelo célebre microbiologista Robert Koch em 1883.

Foi só em 1817, com o estabelecimento do Raj britânico na Índia, e particularmente na região de Calcutá, espalhou-se a cólera pela pimeira vez para fora da região da Índia e paises vizinhos. Ela foi transportada por militares ingleses nos seus navios para uma série de portos e a sua disseminação tra-la-ia à Europa e Médio Oriente, onde até então era desconhecida. Em 1833 chegou aos EUA e México, tornando-se uma doença global.

Numa das primeiras epidemias no Cairo, matou 13% da população. Estabeleceu-se em Meca e Medina, onde as peregrinações religiosas muçulmanas do Hajj permitiam concentrações suficientes de seres humanos para se dar a cadeia de transmissão da epidemia, assim como nas cidades grandes da Europa. Na Arábia foi endêmica até ao século XX, matando inúmeros peregrinos, tendo sido aí que surgiu o agora disseminado serovar eltor. A disseminação pelos peregrinos, vindos de todo o mundo muçulmano de Marrocos até às Indonésia, foi importante na sua globalização assim como os navios comerciais europeus.

Durante o século XIX, surgiram abruptamente várias epidemias nas cidades europeias, matando milhares em epidemias em Londres, Paris, Lisboa e outras grandes cidades. Uma dessas epidemias em Londres, 1854, levou ao estabelecimento das primeiras medidas de saúde pública, após constatação que poços contaminados estavam na origem da doença, pelo médico John Snow.

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