Carlos Lombardi

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Carlos Lombardi (São Paulo, 27 de agosto de 1958) é um autor de telenovelas, roteirista e produtor de televisão brasileiro.

[editar] Biografia

Formado em Comunicação pela USP, tendo Antônio Abujamra como professor e depois lecionando lá, é casado e pai de dois filhos. Começou sua carreira como escritor de televisão aos elaborar roteiros para o antigo Telecurso de segundo grau. Sua estréia na telenovela se deu em 1979, quando escreveu com Edy Lima e Ney Marcondes Como salvar meu casamento para a TV Tupi, junto com Drácula - Uma História de Amor a última produção da emissora, que devido à grave crise da mesma não teve um final.

Nos anos 80, foi colaborador de Silvio de Abreu em Jogo da Vida (1981) e na clássica Guerra dos Sexos (1983), de Cassiano Gabus Mendes em Elas por Elas (1982) e adaptou a peça Maria Stuart para a TV Cultura, em 1982. Sua primeira novela solo foi ao ar entre 23 de julho de 1984 e 1 de fevereiro de 1985 em 167 capítulos: Vereda Tropical, que lançou a linha de perfumes homônima, devido ao grande sucesso da mesma, com êxito entre o público feminino. Desta vez, Silvio de Abreu era o supervisor de texto. Tendo como base a linha de Sílvio, expressa em Guerra dos Sexos e Jogo da Vida, foi uma divertida e envolvente trama, com momentos puramente anárquicos e de comédia pastelão, pouco usuais na TV até então.

Uma característica fundamental em suas novelas é o enredo cheio de ação, humor e diálogos sarcásticos, se aproximando muito da linguagem cinematográfica e das histórias em quadrinhos, que seguiu, por exemplo, em Bebê a Bordo, exibida entre 13 de junho de 1988 e 10 de fevereiro de 1989, em 209 capítulos, outro sucesso.

Prosseguiu com Perigosas Peruas (1992), em que já não logrou o mesmo êxito. Mas após essa escreveu aquela que muitos acreditam ser sua melhor novela: Quatro por Quatro (1994). Conheceu o fracasso com Vira Lata (1996), mas enquanto em Uga Uga (2000) e Kubanacan (2003) fez as pazes com o público, por conseqüência dividiu profundamente os críticos, principalmente quanto às inúmeras reviravoltas de suas histórias (vistas por alguns como inadequadas para a linguagem televisiva) e à relativa nudez de seus elencos, sobretudo do casting masculino. Talvez sua obra mais controversa tenha sido a minissérie O Quinto dos Infernos (2002), que recontou em tom de sátira a passagem da Família Real pelo Brasil, não poupando para isso o uso do erotismo e do retrato caricato de personalidades reais. Muitos a viram como uma "pornochanchada histórica". Sua griffe é portanto essencialmente polêmica, há os que o consideram um verdadeiro mestre por desafiar e retrabalhar frontalmente os clichês e convenções da telenovela e há os que o consideram um autor apelativo e pouco talentoso.

Escreve a atual novela das sete, Pé na Jaca, que estreou em 20 de novembro de 2006 substituindo Cobras e Lagartos de João Emanuel Carneiro, trazendo no elenco nomes consagrados como Murilo Benício, Marcos Pasquim, Flávia Alessandra, Deborah Secco, Fúlvio Stefanini, Leonardo Villar, Elias Gleizer, Drica Moraes e outros.

Também foi autor de roteiros de para o cinema, escrevendo ou colaborando em As Aventuras de Mário Fofoca (1983), de Adriano Stuart, Um Trem para as Estrelas (1987), de Cacá Diegues, Zoando na TV (1999), de José Alvarenga Júnior e Mais uma Vez Amor (2005), de Rosane Svartman. Esteve envolvido no não realizado Tela Rasgada, de Ícaro Martins.