Wikipedia for Schools in Portuguese is available here
CLASSICISTRANIERI HOME PAGE - YOUTUBE CHANNEL
SITEMAP
Make a donation: IBAN: IT36M0708677020000000008016 - BIC/SWIFT:  ICRAITRRU60 - VALERIO DI STEFANO or
Privacy Policy Cookie Policy Terms and Conditions
Castelo de Montemor-o-Velho - Wikipédia

Castelo de Montemor-o-Velho

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Castelo de Montemor-o-Velho, Portugal.
Construção Afonso VI de Leão e Castela (1088)
Estilo Românico e Gótico
Conservação Bom
Homologação
(IPPAR)
MN
Aberto ao público Sim
Site DGEMN 1
Site IPPAR 70442

O Castelo de Montemor-o-Velho localiza-se na Freguesia, Vila e Concelho de mesmo nome, Distrito de Coimbra, em Portugal.

Em posição dominante sobre a vila, na margem direita do rio Mondego, à época junto à sua foz, no contexto da Reconquista constituiu-se em um ponto estratégico na defesa da linha fronteiriça do baixo Mondego, em particular da região de Coimbra. Foi, por essa razão, a principal fortificação do Baixo Mondego, à época.

Índice

[editar] História

[editar] Antecedentes

Acredita-se que a primitiva ocupação humana deste sítio remonta a um castro pré-histórico, ocupado sucessivamente por fenícios, romanos, visigodos e muçulmanos, atraídos pelo estanho da Beira Alta, escoado pelo Mondego. Da época romana, são testemunhos alguns dos silhares de pedra integrados à base da torre de menagem do castelo medieval.

[editar] O castelo medieval

As primeiras referências documentais à povoação e seu castelo remontam à época da Reconquista cristã da península Ibérica, quando Ramiro I das Astúrias os conquistou (848), doando os seus domínios e rendimentos a um parente, o abade João, monge do Convento de Lorvão, com o encargo de defender o castelo, mantendo-lhe guarnição.

A posse da região entre os rios Douro e Mondego alternou-se entre cristãos e muçulmanos desde a segunda metade do século X até ao início do XI. De acordo com a Crónica dos Godos, a primitiva fortificação de Montemor foi conquistada pelas forças de Al-Mansur (991) – que a terão reedificado -, para ser recuperada pelos cristãos (Mendo Luz, 1006 ou 1017), novamente conquistada pelos muçulmanos (1026), reconquistada por Gonçalo Trastamariz (Crónica dos Godos, 1034). A posse definitiva, entretanto, só ocorreria sob Fernando Magno após a conquista definitiva de Coimbra (1064), assegurando a fronteira no Mondego.

O domínio militar da região de Coimbra foi entregue pelo soberano ao conde D. Sesnando Davides, que além de pacificá-la e defendê-la, procedeu-lhe uma vasta obra de reorganização, compreendendo a construção ou reconstrução de diversos castelos, como o de Coimbra, o da Lousã, o de Montemor-o-Velho, o de Penacova e o de Penela.

Vindo o soberano a falecer, os trabalhos de reparo e reforço de Montemor-o-Velho, arruinado pelas sucessivas campanhas e desguarnecido pelo despovoamento da região, foram conduzidos sob o reinado de seu sucessor, Afonso VI de Leão e Castela, que os teria determinado possivelmente em 1088, mas anteriormente a 1091, ano do falecimento do conde Sesnando. Por ordem deste, desde 1090 se iniciara a edificação da igreja pelo presbítero Vermudo, com a condição de que metade das rendas passassem a pertencer à Sé de Coimbra. Concluída em 1095, foi lavrada a escritura de doação dessa parte. Ainda nesse ano, a povoação recebeu Carta de Foral. Uma dessas fontes datada de 1095, referindo a primitiva fortificação arrasada pelos mouros, descreve-lhe o abandono e a vegetação que recobria as ruínas.

O Foral de Montermor-o-Velho foi confirmado alguns anos mais tarde pelo conde D. Henrique, em data anterior a 1111, possivelmente em 1109, quando há notícia de novas obras no seu castelo.

Quando da afirmação da independência de Portugal, em 1128, não há notícia de que o alcaide de Montemor, Paio Midis, fosse contrário a D. Afonso Henriques (1112-1185). O castelo é referido pelo geógrafo árabe Muhammad Al-Idrisi, em meados desse século.

O Castelo de Montemor-o-Velho foi, historicamente, terra de infantados, primeiro de D. Teresa (filha de D. Sancho I, a partir de 1211), depois de D. Afonso IV (1322) e também de D. Pedro, Duque de Coimbra (1416). Após a morte de D. Sancho I, o alcaide de Montemor recusou-se a prestar vassalagem a D. Afonso II, devido a desacordo testamentário entre este monarca e sua irmã, D. Teresa, relativa à doação a esta do castelo. Cercado pelas forças do soberano, tendo a infanta aqui se refugiado, o sítio acabou sendo levantado e a questão sanada graças à intervenção do Papa Inocêncio III, já em 1216. Ainda sob o reinado de D. Afonso II (1211-1223), um novo foral é mencionado (1212). O castelo voltou a ser ponto de discórdia nos conflitos que opuseram D. Sancho II (1223-1248) e D. Afonso III (1248-1279) quando, em 1245, diante da deposição do primeiro, o bispo D. Tibúrcio e alguns cônegos da Sé de Coimbra, sentindo-se inseguros naquela cidade, procuraram refúgio na alcáçova do Castelo de Montemor-o-Velho, cujo alcaide se proclamara em favor de D. Sancho II. Mais tarde, no contexto da rebelião do infante D. Afonso, futuro D. Afonso IV, contra seu pai, o rei D. Dinis (1279-1325), o castelo foi conquistado pelas forças do príncipe (1321). Neste período, no século XIV, o castelo foi objeto de uma ampla reforma, acreditando-se datar desta fase a construção da barbacã e do troço da cerca a Norte.

A importância militar e estratégica deste castelo manteve-se ao longo dos séculos seguintes, afirmando-se que as suas grandes dimensões permitiam aquartelar até 5.000 homens de armas em seu interior. É fato que o seu comando foi sempre exercido por figuras de destaque da nobreza de Portugal. Em 1472, D. Afonso V 1438-1481) faz marquês de Montemor-o-Velho, a D. João de Portugal, mais tarde duque de Bragança.

No contexto da crise de sucessão de 1580, acredita-se que o castelo tenha recebido a visita de D. António, Prior do Crato, quando visitou a vila em 1580, ocasião em que tentava articular a defesa, na linha do Mondego, da independência de Portugal.

[editar] Da Guerra Peninsular aos nossos dias

No início do século XIX, no contexto da Guerra Peninsular, as suas dependências foram ocupadas pelas tropas francesas de Napoleão, sob o comando de Jean-Andoche Junot, entre 1807 e 1808. Três anos mais tarde, no caminho da retirada das tropas derrotadas de André Masséna, foi saqueado e depredado, juntamente com a vila.

Com a extinção das Ordens Religiosas em Portugal (1834), o seu pátio de armas passou a ser utilizado como cemitério da vila. Nesta fase registrou-se o reaproveitamento de suas pedras pela população local. Em 1877 uma das suas torres foi adaptada como Torre do Relógio.

O Castelo de Montemor-o-Velho e a Igreja de Santa Maria da Alcáçova encontram-se classificados como Monumento Nacional por Decreto publicado em 23 de Junho de 1910. Em 1929, por iniciativa de um particular, António Rodrigues Campos, empreendeu-se uma campanha de defesa que chegou a promover alguns restauros no monumento.

Em bom estado de conservação, o monumento encontra-se atualmente aberto ao público.

[editar] Características

Na cota de 56 metros acima do nível do mar, o conjunto apresenta planta irregular, constituída pelo castelejo, uma cerca principal, a barbacã ameada envolvente, um cercado a Norte e um reduto inferior, a Leste.

O castelejo constitui-se por um reduto definido pelo aproveitamento do espaço angular entre a Torre de Menagem, a Sudeste, e a cortina Norte, reforçado por quatro cubelos. A torre de menagem, situada a Leste, apresenta planta quadrada dividida em pavimentos. Os cubelos apresentam planta quadrada e semicircular, dois dos quais com aberturas em arco quebrado.

Na barbacã foram rasgadas duas portas: a Porta da Peste, pelo lado Sudeste, vizinha à torre de menagem, substituindo a arruinada porta principal, e a Porta da Nossa Senhora do Rosário, rasgada a sul e remodelada posteriormente.

Na encosta virada a noroeste avançam os panos de muralha que descem da barbacã. Estas duas cortinas erguem-se perpendicularmente ao corpo do castelo e são terminadas por robustas torres quadradas. No setor sudoeste encontram-se as ruínas do antigo paço senhorial, que se prolongava na área da barbacã. Este paço foi iniciado no século XI por D. Urraca, irmã de D. Teresa de Leão, e posteriormente remodelado pelas infantas filhas de D. Sancho I para se transformar num típico paço senhorial. São destaques ainda, intramuros, a Igreja de Santa Maria da Alcáçova, que remonta ao século XI, sendo que a sua atual conformação data da época manuelina; a Capela de Santo António, paralela à barbacã, e a Igreja da Madalena cuja atual conformação data dos séculos XV e XVI. Na nova cerca subsistem ainda as ruínas da Capela de São João.

[editar] A lenda do Abade João

A tradição local refere que no século IX, ao tempo do abade João, o castelo foi cercado pelas forças do califa de Córdoba, comandadas por um cristão renegado, Garcia Ianhez-Zuleima. Em número inferior, os combatentes do castelo, com grande dificuldade em sustentar a defesa, deliberaram dar morte por degola aos demais, mesmo aos seus parentes, a fim de lhes pouparem o cativeiro e possíveis afrontas dos mouros. Assim tendo procedido, arremeteram contra o inimigo superior, dispostos a morrer em combate. Fizeram-no, entretanto, com tal ímpeto, que o levaram de vencido. No século XVIII, sob o reinado de D. João V (1706-1750), a tradição enriqueceu-se com um desfecho piedoso: os familiares dos defensores, ressuscitados por milagre, saíram do castelo ao encontro dos vencedores. A imagem de Nossa Senhora da Vitória com uma cicatriz vermelha no pescoço, na Igreja local, evoca o milagre.

[editar] Ligações externas


Castelos de Portugal :: Distrito de Coimbra

Avô :: Coimbra :: Germanelo :: Lousã :: Miranda do Corvo :: Montemor-o-Velho :: Penacova :: Penela :: Redondos :: Santa Eulália :: Soure

Ver também: Fortalezas de Portugal
Esta caixa: visualizardiscussãoeditar



  Este artigo é um esboço sobre Património de Portugal. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.
Static Wikipedia 2008 (no images)

aa - ab - af - ak - als - am - an - ang - ar - arc - as - ast - av - ay - az - ba - bar - bat_smg - bcl - be - be_x_old - bg - bh - bi - bm - bn - bo - bpy - br - bs - bug - bxr - ca - cbk_zam - cdo - ce - ceb - ch - cho - chr - chy - co - cr - crh - cs - csb - cu - cv - cy - da - de - diq - dsb - dv - dz - ee - el - eml - en - eo - es - et - eu - ext - fa - ff - fi - fiu_vro - fj - fo - fr - frp - fur - fy - ga - gan - gd - gl - glk - gn - got - gu - gv - ha - hak - haw - he - hi - hif - ho - hr - hsb - ht - hu - hy - hz - ia - id - ie - ig - ii - ik - ilo - io - is - it - iu - ja - jbo - jv - ka - kaa - kab - kg - ki - kj - kk - kl - km - kn - ko - kr - ks - ksh - ku - kv - kw - ky - la - lad - lb - lbe - lg - li - lij - lmo - ln - lo - lt - lv - map_bms - mdf - mg - mh - mi - mk - ml - mn - mo - mr - mt - mus - my - myv - mzn - na - nah - nap - nds - nds_nl - ne - new - ng - nl - nn - no - nov - nrm - nv - ny - oc - om - or - os - pa - pag - pam - pap - pdc - pi - pih - pl - pms - ps - pt - qu - quality - rm - rmy - rn - ro - roa_rup - roa_tara - ru - rw - sa - sah - sc - scn - sco - sd - se - sg - sh - si - simple - sk - sl - sm - sn - so - sr - srn - ss - st - stq - su - sv - sw - szl - ta - te - tet - tg - th - ti - tk - tl - tlh - tn - to - tpi - tr - ts - tt - tum - tw - ty - udm - ug - uk - ur - uz - ve - vec - vi - vls - vo - wa - war - wo - wuu - xal - xh - yi - yo - za - zea - zh - zh_classical - zh_min_nan - zh_yue - zu -

Static Wikipedia 2007 (no images)

aa - ab - af - ak - als - am - an - ang - ar - arc - as - ast - av - ay - az - ba - bar - bat_smg - bcl - be - be_x_old - bg - bh - bi - bm - bn - bo - bpy - br - bs - bug - bxr - ca - cbk_zam - cdo - ce - ceb - ch - cho - chr - chy - co - cr - crh - cs - csb - cu - cv - cy - da - de - diq - dsb - dv - dz - ee - el - eml - en - eo - es - et - eu - ext - fa - ff - fi - fiu_vro - fj - fo - fr - frp - fur - fy - ga - gan - gd - gl - glk - gn - got - gu - gv - ha - hak - haw - he - hi - hif - ho - hr - hsb - ht - hu - hy - hz - ia - id - ie - ig - ii - ik - ilo - io - is - it - iu - ja - jbo - jv - ka - kaa - kab - kg - ki - kj - kk - kl - km - kn - ko - kr - ks - ksh - ku - kv - kw - ky - la - lad - lb - lbe - lg - li - lij - lmo - ln - lo - lt - lv - map_bms - mdf - mg - mh - mi - mk - ml - mn - mo - mr - mt - mus - my - myv - mzn - na - nah - nap - nds - nds_nl - ne - new - ng - nl - nn - no - nov - nrm - nv - ny - oc - om - or - os - pa - pag - pam - pap - pdc - pi - pih - pl - pms - ps - pt - qu - quality - rm - rmy - rn - ro - roa_rup - roa_tara - ru - rw - sa - sah - sc - scn - sco - sd - se - sg - sh - si - simple - sk - sl - sm - sn - so - sr - srn - ss - st - stq - su - sv - sw - szl - ta - te - tet - tg - th - ti - tk - tl - tlh - tn - to - tpi - tr - ts - tt - tum - tw - ty - udm - ug - uk - ur - uz - ve - vec - vi - vls - vo - wa - war - wo - wuu - xal - xh - yi - yo - za - zea - zh - zh_classical - zh_min_nan - zh_yue - zu -

Static Wikipedia 2006 (no images)

aa - ab - af - ak - als - am - an - ang - ar - arc - as - ast - av - ay - az - ba - bar - bat_smg - bcl - be - be_x_old - bg - bh - bi - bm - bn - bo - bpy - br - bs - bug - bxr - ca - cbk_zam - cdo - ce - ceb - ch - cho - chr - chy - co - cr - crh - cs - csb - cu - cv - cy - da - de - diq - dsb - dv - dz - ee - el - eml - eo - es - et - eu - ext - fa - ff - fi - fiu_vro - fj - fo - fr - frp - fur - fy - ga - gan - gd - gl - glk - gn - got - gu - gv - ha - hak - haw - he - hi - hif - ho - hr - hsb - ht - hu - hy - hz - ia - id - ie - ig - ii - ik - ilo - io - is - it - iu - ja - jbo - jv - ka - kaa - kab - kg - ki - kj - kk - kl - km - kn - ko - kr - ks - ksh - ku - kv - kw - ky - la - lad - lb - lbe - lg - li - lij - lmo - ln - lo - lt - lv - map_bms - mdf - mg - mh - mi - mk - ml - mn - mo - mr - mt - mus - my - myv - mzn - na - nah - nap - nds - nds_nl - ne - new - ng - nl - nn - no - nov - nrm - nv - ny - oc - om - or - os - pa - pag - pam - pap - pdc - pi - pih - pl - pms - ps - pt - qu - quality - rm - rmy - rn - ro - roa_rup - roa_tara - ru - rw - sa - sah - sc - scn - sco - sd - se - sg - sh - si - simple - sk - sl - sm - sn - so - sr - srn - ss - st - stq - su - sv - sw - szl - ta - te - tet - tg - th - ti - tk - tl - tlh - tn - to - tpi - tr - ts - tt - tum - tw - ty - udm - ug - uk - ur - uz - ve - vec - vi - vls - vo - wa - war - wo - wuu - xal - xh - yi - yo - za - zea - zh - zh_classical - zh_min_nan - zh_yue - zu -

Sub-domains

CDRoms - Magnatune - Librivox - Liber Liber - Encyclopaedia Britannica - Project Gutenberg - Wikipedia 2008 - Wikipedia 2007 - Wikipedia 2006 -

Other Domains

https://www.classicistranieri.it - https://www.ebooksgratis.com - https://www.gutenbergaustralia.com - https://www.englishwikipedia.com - https://www.wikipediazim.com - https://www.wikisourcezim.com - https://www.projectgutenberg.net - https://www.projectgutenberg.es - https://www.radioascolto.com - https://www.debitoformtivo.it - https://www.wikipediaforschools.org - https://www.projectgutenbergzim.com