João V de Portugal
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D. João V, rei de Portugal |
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Ordem: | 24.º Rei de Portugal |
Cognome(s): | O Magnífico |
Início do Reinado: | 9 de Dezembro de 1706 |
Término do Reinado: | 31 de Julho de 1750 |
Aclamação: | Lisboa, 1 de Janeiro de 1707 |
Predecessor: | D. Pedro II |
Sucessor: | D. José I |
Pai: | D. Pedro II |
Mãe: | D. Maria Sofia de Neuburgo |
Data de Nascimento: | 22 de Outubro de 1680 |
Local de Nascimento: | Lisboa, Palácio da Ribeira |
Data de Falecimento: | 31 de Julho de 1750 |
Local de Falecimento: | Lisboa, Palácio da Ribeira |
Consorte(s): | D. Mariana Josefa, Arquiduquesa de Áustria |
Príncipe Herdeiro: | D. José I (filho) |
Dinastia: | Bragança |
D. João V (22 de Outubro de 1689 — 31 de Julho de 1750), de seu nome completo João Francisco António José Bento Bernardo de Bragança, foi Rei de Portugal desde 1 de Janeiro de 1707 até à sua morte. Era filho de Pedro II e de Maria Sofia, condessa palatina de Neuburgo (1666-1699). Recebeu os cognomes de O Magnífico ou O Rei-Sol Português, em virtude do luxo de que se revestiu o seu reinado; alguns historiadores recordam-no também como O Freirático, devido à sua conhecida apetência sexual por freiras (de algumas das quais chegou inclusivamente a gerar diversos filhos - como a Madre Paula, mãe de Gaspar de Bragança, um dos Meninos da Palhavã).
Índice |
[editar] Batizado solene
Foi batizado no dia 19 de novembro de 1689 na Capela Real pelo Arcebispo de Lisboa, capelão-mor Luís de Souza, mais os bispos de Coimbra, Guarda, Algarve e Porto. Padrinho foi seu seu avô materno, o conde palatino do Reno, por procuração ao Cardeal Lancastro, Inquisidor Geral; madrinha, sua irmã, a Princesa Isabel Luísa Josefa, com sua procuração Nuno de Mendonça, Conde de Val de Reis, Conselheiro de Estado e Presidente do Conselho Ultramarino. Levou-o à pia nos braços o Duque de Cadaval D. Nuno Álvares Pereira de Melo, Mordomo-mor da Rainha; o saleiro levou o Duque de Cadaval D. Luís Ambrósio de Melo; a vela o Marquês de Arronches; o maçapão o Marquês das Minas e a toalha o Marquês de Cascais; a veste cândida o Marquês de Marialva; as varas do pálio foram levadas pelo Marquês da Fronteira e pelo Marquês de Fontes, o conde da Ericeira, o conde de Sarzedas, o conde de Alvor, e Garcia de Melo, Monteiro-Mor e Presidente do Desembargo do Paço. Monsenhor Tanara, arcebispo de Damasco, futuro cardeal, núncio do papa Inocêncio XII, lhe trouxe as faixas bentas.
[editar] Rápido resumo biográfico
João V mandou construir o Convento de Mafra, inaugurado em 1744 pelo Papa Bento XIV; quatro anos mais tarde, receberia desse mesmo papa o título de Sua Majestade Fidelíssima, extensível aos seus sucessores (tal como os títulos de Sua Majestade Católica em Espanha e Sua Majestade Cristianíssima em França). Foi também no seu reinado que a Santa Sé atribuiu a Lisboa a dignidade de Patriarcado, a par de Roma e de Veneza, tornando-se assim o arcebispo lisboeta um dos três patriarcas do Ocidente.
Quando inciou o reinado, estava-se em plena Guerra da Sucessão de Espanha, que para Portugal significava o perigo da ligação daquele país à grande potência continental que era a França. No entanto, a subida ao trono austríaco do imperador Carlos III, pretendente ao trono espanhol, facilitou a paz que foi assinada em Utreque, em 1714. Portugal viu reconhecida a sua soberania sobre as terras amazónicas e, no ano seguinte, a paz com a Espanha garantia‑nos a restituição da colónia do Sacramento.
Aprendeu D. João V com esta guerra a não dar um apreço muito grande às questões europeias e à sinceridade dos acordos; daí em diante permaneceu inalteravelmente fiel aos seus interesses atlânticos, comerciais e políticos, reafirmando nesse sentido a aliança com a Inglaterra. Em relação ao Brasil, que foi sem dúvida a sua principal preocupação, tratou D. João V de canalizar para lá um considerável número de emigrantes, ampliou os quadros administrativos, militares e técnicos, reformou os impostos e ampliou a cultura do açúcar. Apesar disso, Portugal entra numa fase de dificuldades económicas, devidas ao contrabando do ouro do Brasil e às dificuldades do império do Oriente.
A este estado de coisas procura o rei responder com o fomento industrial, mas outros problemas surgem, agora de carácter social: insubordinação de nobres, quebras de discipliana conventual, conflitos de trabalho, intensificação do ódio ao judeu. Por outro lado, o facto da máquina administrativa e política do absolutismo não estar de maneira nenhuma preparada para a complexidade crescente da vida da nação, só veio agravar as dificuldades citadas.
Culturalmente, o reinado de D. João V tem aspectos de muito interesse. O barroco manifesta-se na arquitectura, mobiliário, talha, azulejo e ourivesaria, com grande riqueza. No campo filosófico surge Luís António Verney com o Verdadeiro Método de Estudar e, no campo literário, António José da Silva. É fundada a Real Academia Portuguesa de História e a ópera italiana é introduzida em Portugal
Jaz no Panteão dos Braganças, ao lado da sua esposa, no mosteiro de São Vicente de Fora em Lisboa.
[editar] Descendência
- De sua esposa, Maria Ana Josefa, arquiduquesa da Áustria (1683-1754)
- Maria Bárbara de Bragança (1711-1758), Rainha de Espanha (casou com Fernando VI de Espanha)
- Pedro de Bragança, príncipe do Brasil (1712-1714)
- José I, Rei de Portugal (1714-1777)
- Carlos de Bragança (1716-1736)
- Pedro III, Rei de Portugal (1717-1786)
- Alexandre de Bragança (1723-1728)
- João V foi também pai de três filhos ilegítimos, conhecidos na época como os meninos da Palhavã:
- De uma francesa incógnita:
- António de Bragança (1704-1800)
- De Madalena Máxima da Silva Miranda Henriques:
- Gaspar de Bragança (1716-1789)
- De Madre Paula:
- José de Bragança (1720-1801)
- De uma francesa incógnita:
- Teve ainda uma filha, Maria Rita de Bragança, nascida de Luísa Clara de Portugal.
[editar] Ver também
Precedido por: Pedro II |
Rei de Portugal e dos Algarves daquém e dalém-mar em África 1707 - 1750 |
Sucedido por: José I |
Precedido por: Afonso II de Bragança |
Príncipe do Brasil |
Sucedido por: Pedro de Bragança |
Precedido por: Afonso II de Bragança |
Duque de Bragança 1689 - 1750 |
Sucedido por: José I de Bragança |
Precedido por: Afonso |
Conde de Ourém 1689 - 1750 |
Sucedido por: José |
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