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Crise de 1383-1385 - Wikipédia

Crise de 1383-1385

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A batalha de Aljubarrota, foi decisiva no desenlace da crise dinástica.
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Categoria: História de Portugal

A Crise de 1383-1385 foi um período de guerra civil e anarquia da História de Portugal, também conhecido como Interregno, uma vez que não existia rei no poder (embora houvesse uma rainha de direito em Beatriz de Portugal). A crise começou com a morte do rei Fernando de Portugal sem herdeiros masculinos e terminou com a ascensão ao trono de João, Grão-Mestre de Avis em 1385, depois da batalha de Aljubarrota.

Índice

[editar] Prelúdio

Em 1383, o Rei Fernando de Portugal estava a morrer. Do seu casamento com Leonor Teles de Menezes, apenas uma rapariga, Beatriz de Portugal havia sobrevido à infância. O seu casamento era portanto da mais vital importância ao futuro do reino. As várias facções políticas discutiam entre si possíveis maridos, que incluíam príncipes ingleses e franceses. O casamento de D. Beatriz acabou por ser decidido como parte do tratado de paz de Salvaterra de Magos, que terminou a terceira guerra com Castela, em 1383. Pelas disposições deste tratado, o rei João I de Castela (Juan I, daqui em diante), casar-se-ia com D. Beatriz e o filho varão que nascesse desse casamento herdaria o reino de Portugal, se entretanto D. Fernando I morresse sem herdeiros. O casamento foi celebrado em Maio de 1383, mas não era uma solução aceite pela maioria dos portugueses, uma vez que implicava a união dinástica de Portugal e Castela e consequente perda de independência. Muitas personalidades quer da nobreza, quer da classe de mercadores e comerciantes estavam contra esta opção, mas não se encontravam unidos quanto à escolha alternativa. Dois candidatos emergiram, ambos meios irmãos bastardos do rei moribundo:

A 22 de Outubro, Fernando de Portugal morre. De acordo com o contrato de casamento de Beatriz e Juan I de Castela, a regência do reino é entregue a Leonor Teles de Menezes, agora rainha viúva. A partir de então, as hipóteses de resolver o conflito de forma diplomática esgotaram-se e a facção independentista tomou medidas mais drásticas, iniciando a Crise de 1383-1385.

[editar] 1383-1384

O primeiro acto de hostilidades foi tomado pela facção do Mestre de Aviz em Dezembro de 1383. João de Aviz e um grupo de conspiradores entram em Lisboa e assassinam o Conde de Andeiro, amante e aliado político de Leonor Teles de Menezes, um dos principais orquestradores do casamento de Beatriz com o rei João I de Castela. Com esta iniciativa, João de Aviz torna-se no líder da facção separatista e chama para o seu lado Nuno Álvares Pereira, um líder militar com provas dadas. Juntos tomam as cidades de Lisboa, Beja, Portalegre, Estremoz e Évora. Como resposta, o rei Juan de Castela entra em Portugal e ocupa a estratégica cidade de Santarém, numa tentativa de normalizar a situação e assegurar o trono de sua mulher. A primeira vítima política é Leonor Teles de Menezes, que se provara uma regente pouco enérgica e incapaz de parar as conquistas da facção independentista. Juan I força a sogra a abdicar da regência e exila-a para um convento.

A resistência portuguesa e o exército castelhano encontram-se pela primeira vez a 6 de Abril de 1384, na batalha dos Atoleiros. Nuno Álvares Pereira soma uma mais vitória militar para a facção de Aviz, mas o confronto não é decisivo. Juan I de Castela retira para Lisboa e cerca a capital, com o auxílio da sua marinha que bloqueia o porto da cidade e controla o Tejo. O cerco era uma séria ameaça à causa de João de Aviz, uma vez que sem Lisboa, sem o seu comércio e dinheiro dele afluente, pouco podia ser feito contra Castela. Pelo seu lado, Juan I precisava de Lisboa não por razões financeira, mas por motivos de ordem política, uma vez que nem ele nem Beatriz haviam sido coroados e sem esta importante cerimónia, eram apenas pretendentes à coroa.

Entregando o comando militar ao seu fiel seguidor Álvares Pereira, João de Aviz procurou concentrar-se em ver a sua posição reconhecida além fronteiras. Em 1384 a Guerra dos cem anos encontrava-se no seu apogeu, com ingleses e franceses a lutarem pela coroa de França. O conflito depressa ultrapassou a questão dinástica inicial e influenciou, por exemplo, o cisma papal de Avinhão. Uma vez que Castela era aliada tradicional dos franceses, a opção lógica para Portugal seria pedir auxílio britânico. Em Maio de 1384, João envia uma embaixada ao rei Ricardo II de Inglaterra, um rapaz de dezassete anos, controlado pelo seu regente e tio, João de Gaunt, Duque de Lencastre. De início, o Duque mostrou-se reticente em aceder ao pedido de ajuda, mas por fim acordou em enviar tropas para Portugal. Uma vez que, por via da mulher Constança de Castela, era pretendente ao trono de Juan I, interessava-lhe que uma vitória de Portugal pudesse enfraquecer a sua posição. Sublinhas políticas à parte, a intervenção inglesa mostrou-se decisiva.

Entretanto, Lisboa encontrava-se a braços com o cerco de Castela, que começava a causar fome e privação. Bloqueada por terra e pelo rio, a cidade perdera as esperanças de ser libertada pelo exército de João de Aviz, demasiado pequeno para arriscar nesta fase um confronto directo com os castelhanos, e ocupado em controlar outras cidades. Foi feita uma tentativa de aliviar a pressão do cerco pelo rio. A 18 de Julho, uma esquadra comandada pelo capitão Rui Pereira rompe o bloqueio e consegue entregar um carregamento de comida em Lisboa. A operação foi um sucesso, mas o custo muito alto, visto que quase todos os barcos portugueses foram afundados e o próprio Rui Pereira faleceu nos combates. O cerco continuou, apesar deste pequeno sucesso português, e semanas depois a cidade de Almada rende-se a Castela. A situação parecia perdida para os lisboetas, quando a providência interveio a seu favor. O cerco estava também a ser complicado nas fileiras castelhanas, sem reforços à mão e também com problemas de abastecimentos, graças às acções de Nuno Álvares Pereira na retaguarda. No fim do Verão uma epidemia de peste negra surgiu no exército castelhano, forçando Juan I a retirar para Castela a 3 de Setembro. Semanas depois, a frota castelhana abandona o Tejo e Lisboa podia respirar de alívio.

[editar] 1385

Entre o fim de 1384, princípio de 1385, Nuno Álvares Pereira subjugou a maioria das cidades portuguesas que haviam declarado apoio à princesa Beatriz e ao marido Juan I de Castela. Durante a Páscoa, chegaram a Portugal as tropas inglesas enviadas em resposta ao pedido de ajuda feito por João de Aviz. Apesar de não serem um grande contigente, contavam-se à volta de 600 homens, eram tropas na sua maioria veteranas da Guerra dos Cem Anos, bem treinados nas tácticas de sucesso da infantaria inglesa. Entre o contingente inglês, encontrava-se uma divisão de archeiros, que haviam provado o seu valor contra cargas de cavalaria (ver batalha de Crecy, por exemplo).

Com tudo a jogar a seu favor, João de Aviz organizou uma reunião das Cortes em Coimbra, juntando todas as figuras importantes do reino. É aí que, a 6 de Abril, foi aclamado João I, Rei de Portugal, primeiro da Dinastia de Aviz, num claro acto de guerra contra as pretensões castelhanas. Num dos seus primeiros éditos reais, João I nomeia Nuno Álvares Pereira Condestável de Portugal e protector do reino. Pouco depois, rei e general partem para o Norte, para acabar com os últimos focos de apoio a Castela.

Em Castela, Juan I não hesita em responder ao desafio, enviando, pouco depois da aclamação de Coimbra, uma expedição punitiva a Portugal. O resultado é a batalha de Trancoso em Maio, onde as tropas de João I obtêm uma importante vitória. Com esta derrota, o rei de Castela percebe por fim que necessita de um enorme exército para pôr fim àquilo que considera uma rebelião. Na segunda semana de Junho, a maioria do exército de Castela, comandado pelo rei em pessoa, acompanhado por um contingente de cavalaria francesa, entra em Portugal pelo Norte. Desta vez, o poder dos números estava do lado de Castela: Juan I contava com cerca de 30000 homens, para os apenas 6000 à disposição de João I de Portugal. A coluna dirige-se imediatamente para Sul, na direção de Lisboa e Santarém, as principais cidades do reino.

Entretanto, João I e o Condestável encontravam-se perto de Tomar. Depois de alguma discussão, conclui-se que os castelhanos não podem levantar novo cerco a Lisboa, incapaz de resistir a nova provação. João I decide interceptar o inimigo nas imediações de Leiria, perto da vila de Aljubarrota. A 14 de Agosto, o exército castelhano, bastante lento dado o seu enorme contingente, encontra finalmente as tropas portuguesas, reforçadas com o destacamento inglês. O resultado deste encontro será a Batalha de Aljubarrota, travada ao estilo das batalhas de Crecy e Azincourt, onde a táctica usada permitia a pequenos exércitos resistir a grandes contingentes e cargas de cavalaria. O uso de archeiros nos flancos e de armadilhas para impedir a progressão dos cavalos, localizadas em frente à infantaria, constituem os principais elementos. O exército castelhano não foi só derrotado: foi totalmente aniquilado. As perdas da batalha de Aljubarrota foram de tal forma graves que impediram Juan I de Castela de tentar nova invasão nos anos seguintes.

Com esta vitória, João I foi reconhecido como rei de Portugal, pondo um fim ao interregno e à anarquia da Crise de 1383-1385. O reconhecimento de Castela chegaria apenas em 1411 com a assinatura do tratado de Ayton-Segovia. A aliança Luso-Inglesa seria renovada em 1386 no Tratado de Windsor e fortalecida com o casamento de João I com Filipa de Lencastre (filha de João de Gaunt). O tratado, ainda em vigor, estabeleceu um pacto de mútua ajuda entre Inglaterra e Portugal.

[editar] Cronologia

[editar] Ver também

[editar] Referências

  • Aljubarrota - a Batalha Real, por João Gouveia Monteiro
  • História de Portugal, por A.H. de Oliveira Marques
Outras línguas
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