Fé Bahá'í e a Unidade da Humanidade
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Diversas pesquisas concentram-se na origem dos conflitos humanos, e a questão objetiva se resume a: é possível unir o mundo? Os bahá'ís usam o termo "inevitável" quanto à unidade mundial, considerando essenciais que vários princípios de conduta individual sejam cumpridos conscientemente, de forma a instaurar a verdadeira paz mundial.
Com o rápido avanço científico após a revolução industrial, brotaram muitos estudos e teorias analisando o comportamento humano. Karl Marx, como exemplo, organizou idéias que trabalhavam com o dinâmico conflito entre as lutas de classe, tal como o desenvolvimento e a produção. Muitos outros focavam a semelhança dos conflitos humanos, com a dos animais por sobrevivência, comparando a seleção natural às leis econômicas e sociais vigentes.
Os ensinamentos bahá'ís consideram equivocado considerar natural os conflitos e disputas visando o benefício de um indivíduo. Bahá'u'lláh aconselha digirir nossos olhos para frente e para cima, e tomar como guia os Santos Profetas, e não os animais. A natureza animal, da qual o ser humano é composto é totalmente contrário ao desejo da conciliação global, e os homens devem escolher um ou outro, sendo impossível os dois ao mesmo tempo.[1]
[editar] Preconceitos de raça e pátria
Por mero sentimento de superioridade, muitos conflitos e injustiças ocorreram pela crença de que uma raça ou país é superior a outro. Ainda levando em consideração a convicção da sobrevivência do mais forte como um impulso principal. A educação é a melhor forma de empoderar o ser humano a enxegar beleza nas diferenças, a Fé Bahá'í enfoca que a origem dos males é a falta de conhecimento, considerando dessa forma, a ausência do conhecimento como origem de todos os preconceitos. No intercurso da educação, Bahá'u'lláh ensina que cada indivíduo possui maravilhosas capacidades inatas, e pode desempenhar nobre papel no mundo humano, e que no lugar de empobrecer virá a enriquecer e completar a vida de todos os outros membros.[1]
A respeito do preconceito de raça, é uma ilusão, uma pura e simples superstição, pois Deus nos criou a todos de uma mesma raça... No começo também não havia limites e fronteiras entre os vários países; nenhuma parte da terra pertencia mais a um do que a outro povo. Aos olhos de Deus, nenhuma diferença há entre as várias raças. Por que deve o homem inventar tal preconceito? Como podemos apoiar uma guerra causada por tal ilusão? Deus não criou os homens para que destruíssem uns aos outros. Todas as raças, tribos, seitas e classes participam igualmente das graças de seu Pai Celestial.[2] |
Nocivo ainda, e grande obstáculo à paz é considerado o preconceito político ou patriótico. Já passado o tempo de dominação e possessões territoriais, os interesses e domínios ainda persistem de diversas maneiras, seja econômico, político, social ou cultural - onde tanto a decisão dos governos de grandes nações, quanto o sentimento extremamente patriótico de seus cidadãos tem sido origem de dissenções e falta de cumprimento de acordos no campo social. A Fé Bahá'í não condena o patriotismo, mas o patriotismo ignorante - não é considerado mal algum um especial amor à terra natal, que é fruto de um patriotismo inteligente, visando antes sempre o bem-estar humano aos interesses políticos, e ainda considerando interesses globais acima dos interesses nacionais.
A ordem mundial só pode ser fundada sobre uma consciência inabalável da unidade da humanidade, uma verdade espiritual que todas as ciências humanas confirmam. A Antropologia, a Fisiologia e a Psicologia reconhecem uma só espécie humana, ainda que infinitamente variada no que se refere aos aspectos secundários da vida. O reconhecimento desta verdade requer o abandono dos preconceitos - de todos os tipos de preconceitos - relacionados com a raça, a classe social, a cor da pele, a crença religiosa, a nacionalidade, o sexo e o grau de civilização material. Em suma, de tudo aquilo que faz com que as pessoas se considerem superiores umas às outras.[3] |
Em épocas passadas foi revelado: "O amor à pátria é um elemento da Fé de Deus." A Língua da Grandeza proclamou... no dia de Sua manifestação:"Não se vanglorie o homem que ama o seu país, mas sim aquele que ama o mundo."[4] Através do poder que emana destas palavras sublimes, Ele prestou um novo impulso e deu uma nova direção às aves dos corações humanos, e apagou do Livro Sagrado de Deus todo traço de restrição e limitação."[5] |
[editar] Preconceitos de religião
Na análise sobre a origem das guerras, nos tempos atuais verifica-se muito a religião. A Paz Máxima proposta por Bahá'u'lláh é irrealizável se não houver esforço para exterminar este preconceito, pois é entendido que a verdadeira religião não motiva, mas condena qualquer tipo de conflitos entre pessoas por quaisquer razões que sejam. 'Abdu'l-Bahá diz que se fosse realmente a religião causadora das guerras, seria melhor que não existisse religião, e já que a religião existe para estabelecer a paz e concórdia, é total ignorância quem se diz fiel de Deus incitar terror, arrogância ou desprezo entre os homens.
A religião deve unir todos os corações e fazer desvanecerem-se da face da terra as guerras e disputas; deve dar origem à espiritualidade e trazer a cada alma vida e luz. Se a religião se torna uma causa de desgosto, ódio e divisão, seria melhor estarmos sem ela, e retirarmo-nos de tal religião seria um ato verdadeiramente religioso. Pois é claro que a cura é objetivo de um remédio, mas se o remédio apenas agravasse o mal, melhor seria abondoná-lo. Qualquer religião que não seja causa de amor não é religião.[2] | '
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