Música industrial

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Música industrial é um termo usado para definir o gênero de alguns estilos musicais criados desde a década de 1970 até os dias de hoje, como o som experimental de Einstürzende Neubauten, artistas noise como Whitehouse, Maurizio Bianchi, Neofolk como Forseti, ou até bandas de rock como Rammstein e Marilyn Manson.

[editar] História

O termo, cunhado por Monte Cazazza, levava a idéia de uma música criada para uma nova geração de pessoas, sendo toda a anterior, "agricultural". Depois de um tempo, porém, ele foi reinterpretado como se representasse uma "estética industrial". Peter Christopherson da Industrial Records uma vez comentou: "a idéia da Industrial Records era rejeitar o que a indústria musical tentava definir como única forma possível que música deveria ter".

[editar] Influências iniciais

The Art of Noises, de Luigi Russolo, é freqüentemente citada como o primeiro exemplo da filosofia industrial na música moderna. Depois de Russolo, vieram Pierre Schaeffer e a Musique concrète, dando origem à primeira espécie de música industrial, que era feita manipulando trechos de fitas magnéticas, e adicionando sons de sintetizadores analógicos primitivos.

Também foram importantes no desenvolvimento do gênero, o movimento Dada, e, depois, o Fluxus. Antes disso, talvez só pelo nome, foi Erik Satie ao chamar a sua segunda suíte de Furniture music Sons industriels ("Sons industriais", 1920)

[editar] Temática

Os envolvidos na cultura industrial sempre professaram interesse nos aspectos "reprimidos" da cultura: atrocidades nazistas, magia negra, serial killers e sexualidade "desviante", entre muitos outros temas.

Cultos e seitas também formam parte da temática do Industrial. O álbum Children of God (1987), do The Swans é dedicado à um culto hippie do mesmo nome, que misturava religiosidade à sexualidade, sendo mais tarde acusado de pedofilia. Já o The Process (1996), do Skinny Puppy, é album conceitual sobre o Process Church of the Final Judgement, um culto baseado na Cientologia e na Psicologia Individual de Alfred Adler. Esse culto pregava a união dos opostos: Jesus Cristo e Lúcifer, bem e mal.

[editar] Sub-Géneros

A partir da década de 1980 surgem novos estilos, mais em contato com a música popular; atualmente, esses estilos são considerados sub-géneros da música Industrial, como o EBM (Electronic Body Music), Elektro (ou Electro-industrial), Noise, Dark Folk, Metal industrial e o Industrial Ritualista. Estes estilos, em geral, resultam de cruzamentos entre o fenómeno industrial e estilos musicais do underground e do mainstream. Exemplos: Rock gótico, Synthpop, Heavy metal, Hardcore (punk), Rock Alternativo, etc.

A década de 1990 adicinou novos variantes ao gênero. Destacam-se o Isolationism (também conhecido como "Dark Ambient" ou "Post-Industrial"), o Coldwave americano (ou "Hardcore Industrial"), o Grindcore Industrial e o Darkwave. Em 2000, temos o Futurepop.

[editar] Discografia

A lista abaixo tem alguns lançamentos de importância histórica no gênero:

• Throbbing Gristle: Second Annual Report: 1978
• Killing Joke: Killing Joke: 1980
• Cabaret Voltaire: Red Mecca: 1981
• Depeche Mode: People are People (compacto de 12 polegadas): 1984
• Einstürzende Neubauten: Halber Mensch: 1985
• The Young Gods: Envoyé (compacto de 12 polegadas): 1986
• Nitzer Ebb: That Total Age: 1987
• Ministry: The Land of Rape & Honey: 1988
• Skinny Puppy: Rabies: 1989
• Nine Inch Nails: The Downward Spiral: 1994
• Fear Factory: Demanufacture: 1995
• Marilyn Manson: Antichrist Superstar: 1996
• Rammstein: Sehnsucht: 1997

[editar] Ver também

• Dadaísmo
• Futurismo
• William S. Burroughs