Olga (filme)
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
|
||
Brasil 2004 ı cor ı 141min |
||
Direção | Jayme Monjardim | |
Elenco | Camila Morgado Caco Ciocler Fernanda Montenegro Maria Clara Fernandes Pascoal da Conceição José Dumont Eliane Giardini Floriano Peixoto Osmar Prado |
|
Roteiro | Rita Buzzar | |
|
||
Género | drama, biografia | |
Idioma | português | |
IMDB |
Olga é um filme realizado em 2004 pelo diretor brasileiro Jayme Monjardim, inspirado na biografia de Olga Benário, escrita por Fernando Morais, sobre a alemã, judia e comunista que veio ao Brasil lutar por seus ideais.
Este é o primeiro filme do diretor Jayme Monjardim, especialista em telenovelas. O roteiro foi realizado por Rita Buzzar, com quem o diretor já havia trabalhado anteriormente na novela A História de Ana Raio e Zé Trovão, de 1990. A produção também é de Rita Buzzar.
Decididos a fazer uma reconstituição correta do contexto histórico, Monjardim e a a equipe de produção foram à Alemanha, onde conheceram os lugares freqüentados por Olga e os campos de concentração onde ela esteve prisioneira. Os cenários foram reconstituídos em estúdio no Brasil. As cenas que se passavam no Rio de Janeiro foram realizadas em locações.
O trabalho superou grandes desafios técnicos - por exemplo, foram filmadas seqüências na neve em pleno verão carioca.
A fotografia foi dirigida por Ricardo Della Rosa, também estreante em longa-metragem. A trilha sonora esteve a cargo de Marcus Viana, compositor com quem o diretor também já havia trabalhado em diversas ocasiões na televisão.
A atriz Camila Morgado, que interpretou Olga Benário, precisou emagrecer muito para fazer as cenas no campo de concentração. Também precisou raspar a cabeça.
Foi grande sucesso de bilheteria. 385 mil pessoas o assistiram apenas no fim de semana de estréia.
Índice |
[editar] Sinopse
O filme conta a história de Olga Benário Prestes. Nascida em Munique, na Alemanha, em 1908, filha de pais judeus, Olga tornou-se uma ativista do comunismo. Após libertar seu namorado Otto Braun da cadeia, eles são forçados a fugir para a União Soviética, onde recebem treinamento de guerrilha. Olga logo se destaca no Partido Comunista, onde conhece Luiz Carlos Prestes, que viria a se tornar um dos principais líderes comunistas do Brasil. Em 1934, quando Prestes volta ao Brasil, designado pela Internacional Comunista para liderar uma revolução armada, Olga é designada para escoltá-lo. Passam a viver na clandestinidade enquanto planejam a derrubada do governo de Getúlio Vargas. Durante este período, a relação amorosa entre Prestes e Olga amadurece e ela fica grávida em 1935.
Quando o movimento revolucionário é derrotado pelas forças de Vargas, Olga e Prestes são presos pelo duro chefe de polícia Filinto Müller. Diante de rumores de que seria deportada, Olga divulga sua gravidez e solicita asilo político por ser casada e estar grávida de Prestes. O governo Vargas, que neste momento simpatizava com a ditadura de Adolf Hitler, deporta Olga, mesmo grávida de sete meses. Na prisão alemã, dá à luz uma filha que batiza de Anita Leocádia, em homenagem a D. Leocádia, mãe de Prestes. Após o período de amamentação, a menina foi retirada de Olga e entregue à D. Leocádia. Após anos de prisão em campos de concentração, durante os quais a opinião pública internacional fez inúmeras tentativas de libertá-la, Olga é morta na câmara de gás. Somente anos depois, Prestes e sua filha leriam a última carta de Olga, onde faz uma comovente despedida.
[editar] Elenco
- Camila Morgado .... Olga Benário
- Caco Ciocler .... Luiz Carlos Prestes
- Osmar Prado .... Getúlio Vargas
- Floriano Peixoto ... Filinto Muller
- Fernanda Montenegro .... Dona leocádia Prestes
- Luís Melo .... Léo Benário
- Anderson Müller .... Paul Gruber
- Murilo Rosa .... Estevan
- Werner Schünemann .... Arthur Ewert
- Guilherme Weber .... Otto Braun
- Mariana Lima .... Lígia Prestes
- Eliane Giardini .... Eugénie Benário
- Jandira Martini .... Sarah
- Milena Toscano .... Hannah
[editar] Premiações
Graças à precisão de sua caracterização histórica, Olga recebeu os seguintes prêmios no Grande Prêmio BR de Cinema Brasileiro de 2005:
- Melhor direção de arte - Tiza de Oliveira
- Melhor figurino - Paulo Lóes
- Melhor maquiagem - Marlene Moura
[editar] Recepção
Olga não teve boas resenhas de alguns críticos especializados, que consideraram, à época do lançamento,, o filme excessivamente "televisivo". Contando uma história de amor típica das telenovelas, o filme usa muitos recursos desta linguagem, tais como close-ups extremos, plano e contraplano nos diálogos e música incidental em quase todas as cenas. A maior parte dos comentários de especialistas foram bastante negativos, e quase unânimes em sua rejeição ao trabalho de Monjardim.
Nestas resenhas, destaca-se como objeção mais frequente a superficialidade do roteiro, que teria se fixado no aspecto romântico da história de Olga e Prestes sem retratar com muita precisão o período histórico, nem as motivações das personagens. Alguns críticos julgaram também os diálogos pobres e excessivamente didáticos, e tampouco as interpretações mereceram elogios, sendo usualmente consideradas artificiais e excessivamente teatrais.
[editar] Ver também
[editar] Ligações externas
- ((pt)) Website oficial
- ((pt)) Site de Jayme Monjardim