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Ortografia da língua portuguesa - Wikipédia

Ortografia da língua portuguesa

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Ao contrário das restantes línguas mais faladas no mundo, actualmente o português não tem uma, mas duas ortografias. A norma ortográfica portuguesa é usada em todos os países de língua portuguesa excepto no Brasil, que segue uma norma própria. Nos últimos anos a CPLP tem desenvolvido esforços para resolver este problema e criar uma ortografia única.

As principais diferentes ortográficas entre o Brasil e Portugal residem nas consoantes mudas (as que não são articuladas) que, no Brasil, já foram eliminadas da escrita, enquanto em Portugal algumas ainda sobrevivem.


Portugal e África Brasil
acção ação
contacto contato
direcção direção
eléctrico elétrico
óptimo ótimo



Subsistem, também, diferenças na acentuação de certas palavras (no Brasil, palavras como idôneo ou anônimo têm sílaba tónica fechada, enqanto que em Portugal e África são abertas, idóneo e anónimo) e no uso do trema (no Brasil, é colocado um trema sobre o "u" em palavras como cinqüenta e lingüiça para indicar que deve ser articulado, enquanto que nos restantes países lusófonos escreve-se simplesmente cinquenta e linguiça).

No Wikcionário existem tabelas comparativas das duas ortografias.

Índice

[editar] A lógica da norma ortográfica: fonética vs etimológica

Há a ideia generalizada de que uma ortografia é tanto mais perfeita quanto mais fonética for. Ora isto só é verdade até certo ponto. A ortografia fonética tem vantagens e inconvenientes e, para cada língua, é preciso fazer a ponderação dessas vantagens e inconvenientes. Se se trata de uma língua restrita a poucos falantes e a uma região relativamente pequena, essa língua terá poucas variantes e será falada de igual modo por todos. Então, a escrita fonética é o que mais convém, porque é lógica e permite, mais do que qualquer outra, ler e escrever sem erros, mesmo aos menos cultos e aos estrangeiros.

Se, porém, se trata de uma língua mundial como o português, com um grande número de falantes e abrangendo enormes territórios, distantes entre si, já o mesmo não se aplica. De facto, então, há certamente variantes na linguagem falada e inúmeros sotaques regionais. E, neste caso, se se vai para a escrita fonética, que variante, que sotaque, se há-de representar? É que, uma vez escolhida essa variante, a escrita será fonética para ela, mas não o será para as outras.

Assim, no caso do português, para escrever foneticamente, por exemplo, o número "20", poderiam eventualmente usar-se as escritas bint, vint, vintchi, vinti, conforme fosse escolhida a pronúncia popular do Porto, de Lisboa, do Rio de Janeiro ou de Luanda. Isto mostra que, para uma grande língua, a escrita totalmente fonética não é viável. Uma alternativa possível seria optar pela escrita ideográfica, como a chinesa ou a japonesa, e, neste caso, usar os algarismos "20" que seriam perfeitamente entendidos por todos os falantes de português, lendo cada um a palavra correspondente com a sua pronúncia própria. Esta é uma vantagem da escrita ideográfica, está acima de todas as variantes. Usar tal escrita para a linguagem corrente, porém, tem enormes desvantagens, visto que é colossal o número de símbolos necessários para reproduzir inteiramente a riqueza lexical de uma língua.

Por isso, o que há a fazer, para uma língua como o português, é optar pelo meio-termo. Devem representar-se as palavras de um modo não completamente fonético, mas apenas aproximadamente fonético. Cada palavra terá, então, um aspecto reconhecido imediatamente por todos os falantes alfabetizados da língua, mas que não impeça que cada palavra escrita seja pronunciada de modo ligeiramente diferente em cada região. Por outro lado, como todas as palavras têm uma origem, na escrita da língua portuguesa são também mantidas algumas marcas etimológicas, como são exemplos a manutenção do "h" inicial em palavras como homem, hoje, hospital e as consoantes mudas na ortografia em uso em Portugal (mas não no Brasil) em palavras como acta, tecto, didáctico, óptimo, adoptar, Egipto.

[editar] A ortografia pseudo-etimológica tradicional

Até ao início do século XX, tanto em Portugal como no Brasil, seguia-se uma ortografia de cariz etimológico que se tinha vindo a impor desde o século XVI, baseada nas directrizes dos principais gramáticos da língua. Era uma escrita complicada que, por regra, buscava a raiz latina ou grega para escrever cada palavra (ex.: pharmacia, lyrio, orthographia, phleugma, diccionario, caravella, estylo, prompto, etc.). No entanto, quer em Portugal, quer no Brasil, abundavam as críticas à ortografia em uso e não faltava quem recomendasse a adopção de escritas mais simples e mais próximas da fonética.

[editar] A reforma ortográfica de 1911 em Portugal

Com a implantação da república em Portugal (5 de Outubro de 1910) foi nomeada uma comissão para estabelecer uma ortografia simplificada a usar nas publicações oficiais e no ensino, que foi oficializada por portaria de 1 de Setembro de 1911.

Esta reforma da ortografia -- a primeira oficial em Portugal -- foi profunda e modificou completamente o aspecto da língua escrita, aproximando-o muito do actual, fazendo desaparecer muitas consoantes dobradas, os grupos ph, th, rh, etc. No entanto, apesar de verdadeiramente radical, esta reforma foi feita sem qualquer acordo com o Brasil, ficando os dois países com ortografias completamente diferentes: Portugal com uma ortografia moderna, o Brasil com a velha ortografia pseudo-etimológica.

A "Comissão de reforma ortográfica" foi constituída por Aniceto dos Reis Gonçalves Viana, Carolina Michaëlis, Cândido de Figueiredo, Adolfo Coelho, Leite de Vasconcelos, Gonçalves Guimarães, Ribeiro de Vasconcelos, Júlio Gonçalves Moreira, José Joaquim Nunes, Borges Grainha e Augusto Epifânio da Silva Dias (que pediu escusa).

[editar] Do cisma ortográfico às tentativas de unificação

Em 1924 a Academia das Ciências de Lisboa e a Academia Brasileira de Letras começaram a procurar uma ortografia comum, firmando-se um acordo preliminar em 1931 que praticamente adoptava a ortografia portuguesa de 1911, iniciando-se assim um longo processo de convergência das ortografias dos dois países. Contudo, os vocabulários que se publicaram, em 1940 (Academia das Ciências de Lisboa) e 1943 (Academia Brasileira de Letras), continham ainda algumas divergências. Por isso, houve, ainda em 1943, em Lisboa, uma Convenção Ortográfica, que deu origem ao Acordo Ortográfico de 1945. Este acordo tornou-se lei em Portugal pelo decreto ainda em 1945, mas no Brasil não foi ratificado pelo Congresso; e, por isso, os brasileiros continuaram a regular-se pela ortografia do Vocabulário de 1943.

Em 1971, novo acordo entre Portugal e o Brasil aproximou um pouco mais a ortografia dos dois países, suprimindo-se os acentos gráficos responsáveis por 70% das divergências entre as duas ortografias oficiais (nos homógrafos e nos vocábulos derivados com o sufixo -mente ou iniciado por -z-). Em 1973 recomeçaram as negociações e, em 1975, as duas Academias mais uma vez chegaram a acordo, o qual não foi contudo transformado em lei, em parte devido ao período de convulsão política que se vivia em Portugal. Em 1986, o presidente José Sarney do Brasil tentou resolver o assunto e promoveu um encontro dos sete países de língua portuguesa no Rio de Janeiro. Deste encontro, saiu um acordo ortográfico e mais uma vez o acordo não foi por diante, devido ao enorme alarido que se levantou em Portugal e no Brasil, nomeadamente a propósito da supressão da acentuação gráfica nas palavras esdrúxulas.

No entanto, como a persistência de duas ortografias oficiais da língua portuguesa -- a lusitana/africana e a brasileira -- tem sido considerada largamente prejudicial para a unidade intercontinental do português e para o seu prestígio no mundo, quatro anos mais tarde, foi feita nova reunião, desta vez em Lisboa, e lavrado um novo Acordo Ortográfico, tido como mais moderado e atendendo às críticas feitas à proposta de 1986.


[editar] O Acordo Ortográfico de 1990

Ver artigo principal: Acordo Ortográfico de 1990.

O Acordo Ortográfico de 1990, que aguarda ainda a sua entrada em vigor, preconiza a adopção de uma ortografia comum a toda a lusofonia, reconhecendo as diferentes variantes e admitindo certas grafias duplas. Por exemplo: facto e fato, secção e seção, António e Antônio, bebé e bebê, amnistia e anistia. Mas sempre ótimo (e nunca óptimo), direção (e nunca direcção), ideia (e nunca idéia), frequência (e nunca freqüência), voo (e nunca vôo).

[editar] Cronologia das reformas ortográficas na língua portuguesa

Antes do Acordo de 1990, houve outras reformas ortografica na língua portuguesa

  • Em 1911, Portugal adotou a primeira reforma ortográfica
  • Em 1943, foi adotada a primeira Convenção Ortográfica entre Brasil e Portugal.
  • Em 1945, adotou-se a Convenção Ortográfica Luso-Brasileira, em Portugal e não no Brasil.
  • Em 1971, foi promulgada Lei, no Brasil, reduzindo as divergências ortográficas com Portugal, com a simplificação.
  • Em 1973, foi promulgada Lei, em Portugal, reduzindo as divergências ortográficas com o Brasil.
  • Em 1975, a Academia das Ciências de Lisboa e a Academia Brasileira de Letras elaboraram novo projeto de acordo que não foi aprovado oficialmente.
  • Em 1986, realizou-se no Rio de Janeiro o primeiro encontro da comunidades dos países de língua portuguesa (CPLP), tendo a Academia Brasileira de Letras apresentado o Memorando Sobre o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.

[editar] Ferramentas de apoio

[editar] Ver também




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