Angola
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- Nota: Para outros significados de Angola, ver Angola (desambiguação).
República de Angola | |
Lema: Virtus Unita Fortior (Latim: A unidade dá força) |
|
Hino Nacional: Angola Avante! | |
Gentílico: | |
Capital | Luanda 8° 50' 00" N 13° 20' 00" E |
Maior cidade | Luanda |
Língua oficial | Português |
Governo | Democracia Multi-partidária |
- Presidente | José E. dos Santos |
- Primeiro-ministro | Fernando da Piedade dos Santos |
Independência | |
- Date | 11 de novembro de 1975 |
Área | |
- Total | 1.246.700 km² (23º) |
- Água (%) | desprezível |
População | |
- 2005 estim. | 15.941.000 hab. (61º) |
- Censo 1970 | 5.646.166 |
- Densidade | 13 hab./km² (199º) |
PIB (base PPC) | 2005 estimado |
- Total | $43.362 bilhões (82º) |
- Per capita | $2.813 (126º) |
IDH (2004) | 0,439 (161º) – baixo |
Moeda | Kwanza (AOA ) |
Fuso horário | WAT (UTC+1) |
Cód. Internet | .ao |
Cód. telef. | +244 |
Angola é um país da costa ocidental de África, cujo território principal é limitado a norte e a leste pela República Democrática do Congo, a leste pela Zâmbia, a sul pela Namíbia e a oeste pelo Oceano Atlântico. Angola inclui também o enclave de Cabinda, através do qual faz fronteira com a República do Congo, a norte. Para além dos vizinhos já mencionados, Angola é o país mais próximo da colónia britânica de Santa Helena. Capital: Luanda.
Índice |
[editar] História
O nome Angola deriva da palavra bantu N'gola, título dos governantes da região no século XVI, época que começou a colonização da região pelos portugueses.
Foi uma colónia portuguesa até 1975. Esteve em guerra desde 1961 até 2002. O poder político manteve-se na posse do MPLA desde 1975, embora a oposição (UNITA) tenha dominado parte do território até ao fim da última guerra civil.
Ver também a lista de governadores de Angola.
[editar] Política
Na política angolana o MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola) tem sido o partido no governo desde a independência. Nas eleições de 1992 foi eleito um parlamento. A eleição presidencial foi interrompida pela 2ª guerra civil angolana e a segunda volta nunca chegou a ser realizada. As novas eleições estão previstas para 2007. A UNITA é o principal partido da oposição.
[editar] Subdivisões
Angola está dividida em 18 províncias: |
[editar] Geografia
O país está dividido entre uma faixa costeira árida, que se estende desde a Namíbia até Luanda, um planalto interior húmido, uma savana seca no interior sul e sueste, e floresta tropical no norte e em Cabinda. O rio Zambeze e vários afluentes do rio Congo têm as suas nascentes em Angola. A faixa costeira é temperada pela corrente fria de Benguela, o que tem como resultado um clima semelhante ao da costa do Peru ou da Baixa Califórnia. Existe uma estação das chuvas curta, que vai de Fevereiro a Abril. Os verões são quentes e secos, os invernos são temperados. As terras altas do interior têm um clima suave com uma estação das chuvas de Novembro a Abril, seguida por uma estação seca, mais fria, de Maio a Outubro. As altitudes variam, em geral, entre os 1 000 e os 2 000 metros. As regiões do norte e Cabinda têm chuvas ao longo de quase todo o ano.
[editar] Economia
A economia de Angola caracteriza-se por ser predominantemente agrícola, sendo o café sua principal cultura. Seguem-se-lhe cana-de-açúcar, sisal, milho, óleo de coco e amendoim. Entre as culturas comerciais, destacam-se o algodão, o tabaco e a borracha. A produção de batata, arroz, cacau e banana é relativamente importante. Os maiores rebanhos são de gado bovino, caprino e suíno.
Angola é rica em minerais, especialmente diamantes, petróleo e minério de ferro; possui também jazidas de cobre, manganês, fosfatos, sal, mica, chumbo, estanho, ouro, prata e platina. As minas de diamante estão localizadas perto de Dondo, no distrito de Lunda. Importantes jazidas de petróleo foram descobertas em 1966, ao largo de Cabinda, assegurando ao país a autosuficiência. Em 1975 foram localizados depósitos de urânio perto da fronteira com a Namíbia.
As principais indústrias do território são as de beneficiamento de oleaginosas, cereais, carnes, algodão e tabaco. Merece destaque, também, a produção de açúcar, cerveja, cimento e madeira, além do refino de petróleo. Entre as indústrias destacam-se as de pneus, fertilizantes, celulose, vidro e aço. O parque fabril é alimentado por cinco usinas hidroelétricas, que dispõem de um potencial energético superior ao consumo.
O sistema ferroviário de Angola compõe-se de cinco linhas que ligam o litoral ao interior. A mais importante delas é a estrada de ferro de Benguela, que faz a conexão com as linhas de Catanga, na fronteira com o Zaire. A rede rodoviária, em sua maioria constituida de estradas de segunda classe, liga as principais cidades. Os portos mais movimentados são os de Luanda, Benguela, Lobito, Moçâmedes e Cabinda. O aeroporto de Luanda é o centro de linhas aéreas que põem o pais em contacto com outras cidades africanas e europeias.
[editar] Demografia
Os habitantes de Angola são, em sua maioria, negros (90%), que vivem ao lado de 10% de brancos e mestiços. A maior parte da população negra é de origem banta, destacando-se os quimbundos, os bakongos e os chokwe-lundas, porém o grupo mais importante é o dos ovimbundos. No Sudoeste existem diversas tribos de boximanes e hotentotes. A densidade demográfica é baixa (8 habitantes por quilómetro quadrado) e o índice de urbanização não vai além de 12%. Os principais centros urbanos, além da capital, são Huambo (antiga Nova Lisboa), Lobito, Benguela, e Lubango (antiga Sá da Bandeira). Angola possui a maior taxa de fecundidade (número de filhos por mulher) e de mortalidade infantil do mundo. Apesar da riqueza do país, a maioria da sua população vive em condições de extrema pobreza, com menos de 2 dólares americanos por dia.
[editar] Línguas
O português é a única língua oficial de Angola.
Para além de numerosos dialectos, Angola possui mais de vinte línguas nacionais.
A língua com mais falantes em Angola, depois do português, é o umbundo, falado na região centro-sul de Angola e em muitos meios urbanos. É língua materna de 26% dos angolanos.
O quimbundo (ou kimbundu) é a terceira língua nacional mais falada (20%), com incidência particular na zona centro-norte, no eixo Luanda-Malanje e no Quanza-Sul. É uma língua com grande relevância, por ser a língua da capital e do antigo reino dos N'gola. Foi esta língua que deu muitos vocábulos à língua portuguesa e vice-versa. O quicongo (ou kikongo) falado no norte, (Uíge e Zaire) tem diversos dialectos. Era a língua do antigo Reino do Congo.Ainda nesta região, na província de Cabinda, fala-se o foite. O chocué (ou tchokwe) é a língua do leste, por excelência. Têm-se sobreposto a outras da zona leste e é, sem dúvida, a que teve maior expansão pelo território da actual Angola. Desde a Lunda Norte ao Cuando Cubango. Cuanhama (kwanyama ou oxikwnyama), nhaneca (ou nyaneca) e mbunda são outras línguas de origem bantu faladas em Angola.
No sul de Angola são ainda faladas outras línguas do grupo khoisan, faladas pelos san, também chamados bosquímanos.
Embora as línguas nacionais sejam as línguas maternas da maioria da população, o português é a primeira língua de 30% da população angolana -- proporção que se apresenta muito superior na capital do país --, enquanto 60% dos angolanos afirmam usá-la como primeira ou segunda língua.
[editar] Cultura
[editar] Imprensa
- AngolaPress
- Angonoticias
- Semanario Angolense
- Jornal de Angola
- Rádio Nacional de Angola
- Rádio Mwangole ONLINE
[editar] Dança
[editar] Rádio & Música
[editar] Literatura
[editar] Cinema
[editar] Feriados
[editar] Fixos
Data | Nome | Observações |
---|---|---|
1 de Janeiro | Ano Novo | Ano Novo |
4 de Janeiro | Dia dos Mártires da Repressão Colonial | Mártir da Repressão Colonial |
4 de Fevereiro | Dia Nacional do Esforço Armado | Dia Nacional do Esforço Armado |
8 de Março | Dia Internacional da Mulher | Dia Internacional da Mulher |
4 de Abril | Dia da Paz | Foi assinado o acordo de Paz entre as forcas armadas de Angola e a facção armada do partido Unita (já sem Jonas Savimbi). |
1 de Maio | Dia do Trabalho | Dia do Trabalho |
1 de Junho | Dia Internacional da Criança | Dia Internacional da Criança |
17 de Setembro | Fundador da Nação e Dia dos Heróis Nacionais | Fundador da Nação e Dia dos Heróis Nacionais |
2 de Novembro | Dia de Finados | |
11 de Novembro | Dia da Independência | Dia em que Angola alcançou a sua independência em relação a Portugal. |
25 de Dezembro | Natal | Natal. |
31 de Dezembro | Último dia do ano | Último dia do ano. |
[editar] Móveis
[editar] Ver também
- África
- Lista de países
- Português angolano
- Angola no Wikitravel, o guia de viajens livre.
- Império Português
[editar] Ligações externas
- Assembleia Nacional
- Câmara de Comércio e Indústria de Angola
- Cidade de Luanda - Portal
- Divisão da África II - Itamaraty Divisão do Ministério das Relações Exteriores do Brasil responsável pelas relações bilaterais com Angola
- Embaixada de Angola no Brasil
- Embaixada de Angola em Portugal
- Federacao Angolana de Futbol
- www.angolinks.com - Lista com Links sobre Angola
- Mangolê - Sites de Angola Online
- www.luandamap.com - Mapa de Luanda (incl. busca de ruas) e outras mapas de Angola
- Universidade Católica de Angola
- Igreja Universal em Angola
África do Norte: | Aguz (1506-1525) | Alcácer-Ceguer (1458-1550) | Arzila (1471-1550, 1577-1589) | Azamor (1513-1541) | Ceuta (1415-1640) | Mazagão (1485-1550, 1506-1769) | Mogador (1506-1525) | Safim (1488-1541) | Agadir (1505-1769) | Tânger (1471-1662) |
África Subsahariana: | Acra (1557-1578) | Angola (1575-1975) | Ano Bom (1474-1778) | Arguim (1455-1633) | Cabinda (1883-1975) | Cabo Verde (1642-1975) | São Jorge da Mina (1482-1637) | Fernando Pó (1478-1778) | Costa do Ouro Portuguesa (1482-1642) | Guiné Portuguesa (1879-1974) | Melinde (1500-1630) | Mombaça (1593-1698, 1728-1729) | Moçambique (1501-1975) | Quíloa (1505-1512) | Fortaleza de São João Baptista de Ajudá (1680-1961) | São Tomé e Príncipe 1753-1975 | Socotorá (1506-1511) | Zanzibar (1503-1698) | Ziguinchor (1645-1888) |
Ásia Ocidental: | Bahrain (1521-1602) | Ormuz (1515-1622) | Mascate (1515-1650) | Bandar Abbas (1506-1615) |
Subcontinente indiano: | Ceilão (1518-1658) | Laquedivas (1498-1545) | Maldivas (1518-1521, 1558-1573) | Índia Portuguesa: Baçaim (1535-1739), Bombaim (Mumbai) (1534-1661), Calecute (1512-1525), Cananor (1502-1663), Chaul (1521-1740), Chittagong (1528-1666), Cochim (1500-1663), Cranganor (1536-1662), Dadrá e Nagar-Aveli (1779-1954), Damão (1559-1962), Diu (1535-1962), Goa (1510-1962), Hughli (1579-1632), Nagapattinam (1507-1657), Paliacate (1518-1619), Coulão (1502-1661), Salsette (1534-1737), Masulipatão (1598-1610), Mangalore (1568-1659), Surate (1540-1612), Thoothukudi (1548-1658), São Tomé de Meliapore (1523-1662; 1687-1749) |
Ásia Oriental: | Bante (séc. XVI-XVIII) | Flores (século XVI-XIX) | Macau 1553-1999 | Macassar (1512-1665) | Malaca (1511-1641) | Molucas (Amboina 1576-1605, Ternate 1522-1575, Tidore 1578-1650) | Nagasaki (1571-1639) | Timor-Leste (1642-1975) |
América do Sul: | Brasil (1500-1822) | Cisplatina (1808-1822) | Guiana Francesa (1809-1817) | Nova Colónia do Sacramento (1680-1777) | (Colonização do Brasil) |
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Estes dois arquipélagos, localizados no Atlântico Norte, foram colonizados pelos portugueses no início do século XV e fizeram parte do Império Português até 1976, quando se tornaram regiões autónomas de Portugal; no entanto, já desde o século XIX que eram encaradas como um prolongamento da metrópole europeia (as chamadas Ilhas Adjacentes) e não colónias. O estatuto especial dos arquipélagos (região autónoma) continuou até hoje, sem grandes alterações. |