Partido Trabalhista Brasileiro
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O Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) foi fundado no Rio de Janeiro (então Distrito Federal), em 15 de maio de 1945 sob a inspiração de Getúlio Vargas, seu maior líder e no bojo do Queremismo, movimento popular cuja consigna era Queremos Getúlio e que propunha uma Assembléia Constituinte com Getúlio na Presidência da República. Além de Getúlio, a fundação do PTB foi articulada pelo seu Ministro do Trabalho, Alexandre Marcondes Filho.
Sua base eleitoral era o operariado urbano. Em 1950, o PTB elegeu Getúlio Presidente da República. Também foi filiado ao PTB o Presidente João Goulart, que se elegeu Vice-Presidente da República em 1955 e em 1960. O PTB era extremamente forte eleitoralmente quando coligado ao PSD: em 1945, em 1955 e em 1960, o PTB apoiou os candidatos presidenciais do PSD: Eurico Gaspar Dutra, Juscelino Kubitschek e Henrique Lott, respectivamente. Apenas este último não se elegeu.
Entre 1945 e 1964 foi o PTB o partido que mais cresceu, tanto em número de votos, quanto em número de filiados: em 1946 o PTB tinha 22 deputados; em 1964 já tinha 104. Isto refletiu a crescente urbanização e industrialização que o Brasil experimentou naqueles anos.
Ideologicamente, as raízes do PTB são o castilhismo gaúcho, o positivismo, traços de social-democracia e o pensamento de Alberto Pasqualini, o maior ideólogo do PTB.
A ditadura militar extingue o partido em 1965, através do AI-2, que extinguiu todos os partidos políticos até então existentes e implantou um artificial bipartidarismo na cena política brasileira. A maioria dos petebistas que não haviam sido cassados migrou então para o recém criado MDB. O bipartidarismo durou até 1979. Neste ano, o presidente João Figueiredo, dentro do processo de Abertura política, restaurou o pluripartidarismo. Houve então uma acirrada disputa pelo nome, pela sigla e pela legenda do PTB, entre o grupo petebista histórico, liderado por Leonel de Moura Brizola, e o grupo liderado pela deputada Ivete Vargas, parente de Getúlio Vargas. Tendo o Tribunal Superior Eleitoral dado ganho de causa ao grupo de Ivete, o grupo de Brizola funda então o Partido Democrático Trabalhista, o PDT. O registro do PTB junto ao TSE ocorreu em 1980. Ivete faleceu em 3 de janeiro de 1984.
Atualmente, seu número eleitoral é 14 e seu registro permanente data de 3 de novembro de 1981.
Apesar do atual PTB declarar-se em seu programa como nacionalista, defensor da autonomia sindical e dos direitos trabalhistas consagrados na CLT, sua praxe política tem sido de colaboração com o governo em exercício e de defesa de políticas neoliberais. Apoiou o governo Figueiredo no Congresso a partir de 1983 (em troca, obteve cargos de direção em órgãos públicos), apoiou os governos José Sarney, Fernando Henrique Cardoso e o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. É, portanto, um partido de tendências governistas.
Em 1989, o atual PTB postulou o nome do paranaense Affonso Camargo à Presidência da República, que obteve votação inexpressiva.
Atualmente, é considerado um partido neoliberal.Agora seu presidente é Roberto Jefferson, deputado federal eleito pelo Rio de Janeiro que foi cassado em 2005 pela Câmara dos Deputados após denunciar o Mensalão.
[editar] Presidentes do PTB
(1964-1965) José Ermírio de Moraes
(1965) Lutero Vargas
[editar] Presidentes do atual PTB
(1984) Ricardo Ribeiro
(1984-1993) Luiz Gonzaga de Paiva Muniz
(1993-1994) Manoel Antônio Rodrigues Paiva
(1994-1999) José Eduardo Andrade Vieira