João Goulart
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Presidente do Brasil | |
Mandato: | 7 de setembro de 1961 até 1 de abril de 1964 |
Vice-Presidente | nenhum |
Precedido por: | Ranieri Mazzilli |
Sucedido por: | Ranieri Mazzilli |
Data de nascimento: | 1 de Março de 1918 |
Local de nascimento: | São Borja (RS) |
Data da morte: | 6 de Dezembro de 1976 |
Local da morte: | Mercedes (Corrientes) |
Primeira-dama: | Maria Teresa Goulart |
Partido político: | PTB |
Profissão: | advogado |
João Belchior Marques Goulart, conhecido popularmente como Jango, (São Borja, 1 de março de 1918 — Mercedes, 6 de dezembro de 1976) foi um político brasileiro; presidente do Brasil de 1961 a 1964.
Nascido no Rio Grande do Sul, formou-se em Direito, em 1939, pela faculdade de Porto Alegre, mas preferiu não exercer a advocacia. Iniciou a carreira política somente após o fim do Estado Novo, como deputado federal em 1950.
De 1953 a 1954, foi ministro do Trabalho. Foi também presidente do Partido Trabalhista Brasileiro. Elegeu-se deputado estadual (1946-1950) e deputado federal (1951). Foi ministro do Trabalho, Indústria e Comércio do governo de Getulio Vargas (1953-1954), e vice-presidente da República no governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961).
Na eleição de 1960, foi novamente eleito vice-presidente, ao concorrer pela chapa de oposição ao candidato Jânio Quadros (UDN), que venceu o pleito. Naquela época, as votações para presidente e vice eram separadas.
Em 25 de agosto de 1961, enquanto João Goulart realizava uma missão diplomática na China, o presidente Jânio Quadros renunciou ao cargo no Brasil. Enquanto o vice-presidente não voltava, os ministros militares do governo formaram um movimento que tentou impedir a posse de João Goulart. A solução para o impasse foi a aprovação pelo Congresso, em 2 de setembro, de uma emenda constitucional que instaurou o parlamentarismo como regime de governo.
João Goulart assumiu a presidência em 7 de setembro de 1961. Em 6 de janeiro de 1963, um plebiscito escolheu a volta do presidencialismo por larga margem de votos. Em 1962, o governo divulgou um plano, elaborado pelo economista Celso Furtado, para combater a inflação e desenvolver o país. Anunciou também as reformas: agrária, tributária, administrativa, bancária e educacional.
O plano econômico falhou e o governo brasileiro teve de negociar empréstimos com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o governo dos Estados Unidos, que exigiram corte nos investimentos.
Em seu governo, Jango aprovou leis que garantiam benefícios aos trabalhadores urbanos e rurais. Também procurou diminuir a participação de empresas estrangeiras em alguns setores da economia. Ele manteve uma política externa independente: reatou relações diplomáticas com a União Soviética e se recusou a apoiar a invasão a Cuba, proposta pelo presidente americano John Kennedy.
As tensões sociais no país aumentaram. Em 13 de março de 1964, Jango discursou na Central do Brasil para 150 mil pessoas, e anunciou reformas, como a nacionalização de refinarias de petróleo e a desapropriação de terras para o início de uma verdadeira reforma agrária.
Em 19 de março, em São Paulo, aconteceu a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, cujo objetivo era mobilizar a opinião pública contra a política desenvolvida pelo governo de Jango que, segundo eles, levaria à implantação do comunismo no Brasil.
Nessa época os Estados Unidos já patrocinavam financeira e intelectualmente golpes militares por toda a América Latina - inclusive com o fornecimento de agentes de inteligência norte-americanos - na tentativa de impedir a implementação do comunismo nesses países e assim, assegurar o poder e seus interesses econômicos, políticos e estratégicos.
Em 31 de março de 1964, o comandante das tropas de Minas Gerais iniciou a movimentação em direção ao Rio de Janeiro e, deu-se início ao golpe político-militar que roubou o governo de João Goulart em ato repudioso e agressivo à constituição da época. O presidente reconheceu a impossibilidade de resistir ao movimento, foi para o Rio Grande do Sul e depois exilou-se no Uruguai.
O Congresso entregou o cargo de chefe da nação novamente a Ranieri Mazzili, presidente da Câmara, mas foram os militares que passaram a controlar o país. O novo governo foi reconhecido pelo presidente norte-americano, Lyndon Johnson, poucas horas após tomar o poder.
João Goulart morreu no exílio, na província argentina de Corrientes, em 6 de dezembro de 1976 vítima de ataque cardíaco.
Precedido por: Ranieri Mazzilli |
Presidente do Brasil 7 de setembro de 1961 — 1 de abril de 1964 |
Sucedido por: Ranieri Mazzilli |
[editar] Ligações externas
- Décimo Sétimo Período de Governo Republicano, 31.01.1961 a 01.04.1964 fase presidencialista: 24.01.1963 a 31.03.1964
- Décimo Sétimo Período do Governo Republicano 31.01.1961 a 31.01.1966, fase parlamentarista: 08.09.1961 a 24.01.1963