Pinheiro Machado

Pinheiro Machado é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Sul. Localiza-se a uma latitude 31º34'42" sul e a uma longitude 53º22'52" oeste, estando a uma altitude de 439 metros. Sua população estimada em 2004 era de 14.327 habitantes.

Possui uma área de 2.546,89 km². É um município que conta com as águas do rio Camacuã.

Índice

1 História
2 Dados Gerais
3 Eventos
4 Educação
- 4.1 História da rede municipal de ensino de Pinheiro Machado
5 Ligações externas

[editar] História

Pinheiro Machado é um dos Municípios mais antigos do Rio Grande do Sul. Até 1830, a área do município pertencia ao município de Rio Grande. Depois passou a integrar o município de Piratini, desmembrando-se em 24 de fevereiro de 1879, sob a denominação de Nossa senhora da Luz das Cacimbinhas.

A povoação deste município, segundo registros, iniciou-se pelo Brigadeiro Rafael Pinto Bandeira, por volta de 1765. Os primeiros habitantes foram os açorianos Thomaz Antônio de Oliveira e José Dutra de Andrade, que receberam sesmarias na Coxilha do Velleda, em 1790. Segundo a lenda, Dutra de Andrade teria perdido a visão e feito uma promessa de que se recuperasse a mesma ao lavar os olhos nas águas milagrosas das cacimbinhas, mandaria construir uma capela em honra de Nossa Senhora da Luz e efetivamente o milagre ocorreu. Depois da capela, foi criado um curato em 1851. Em 1857, foi elevado a freguesia e em 1878 ocorreu a emancipação. As pessoas que trabalhavam pela emancipação foram: Florentino Bueno e Silva, José Maria Pinto, João Cândido da Rosa (fazendeiros), José Virgílio Goulart (militar) e o Dr. Saturnino Arruda (deputado). O município de Cacimbinhas teve seu nome mudado para Pinheiro Machado no governo do Intendente Provisório Dr. Ney Lima Costa quando o Senador José Gomes Pinheiro Machado foi assassinado no Rio de Janeiro, por Mânsio de Paiva, que era um morador da região de Cacimbinhas. Pelo importantíssimo papel desempenhado por Pinheiro Machado na consolidação do regime republicano, quer nas frentes de luta da Revolução Federalista, quer no tocante à estabilidade que proporcionou, com a sua liderança política, aos primeiros governos da República, o seu nome glorioso veio honrar não só o povo do valoroso município, mas todo o Rio Grande do Sul.

[editar] Dados Gerais

Localização: Microrregião da Serra do Sudeste - Messorregião Sudeste Rio-Grandense

Área do Município: 2.546,89 km²

População: 14.594 Urbana: 10.767 (73,77%) Rural: 3.327 (26,23%) Homens: 7.462 (51,13%) Mulheres: 7.132 (48,87%)

Densidade Demográfica (2000): 5,7

Ano de Instalação: 1878

Distância de Porto Alegre: 370 km

Número de Distritos: 04

Clima: Temperado, com média anual de temperatura de 16,0°C

Mês mais quente: Janeiro- 21°C

Mês mais frio: Julho- 11°C

Pluviosidade média anual: 1.380mm

Solo: Caracteriza-se por ser raso e com a presença de aflorações de rochas.

Relevo: Apresenta-se bastante irregular, destacando-se a Serra do Passarinho, Serra do Velleda e Serra das Asperezas. Também destaca-se a formação de inúmeras cerros, especialmente no 2° Distrito.

Rede Hidrográfica: Possui um grande número de riachos e sangas. Na divisa com os Municípios de Santana da Boa Vista e Caçapava do Sul, localiza-se o Rio Camaquã, que constitui a Bacia Hidrográfica do Camaquã.

Recursos Naturais: Destaque para a grande quantidade de calcário, considerado de excelente qualidade.

Fauna: As espécies mais características do município são: lebre, tatu, raposa, gambá, capivara, guaxaim(sorro), chimango, perdiz, caturrita, quero-quero, jacu, seriema, pomba do mato(pombão), cardeal, periquito, tico-tico, João-de-barro, lagarto, cobra cruzeira, cobra verde, traira, jundiá, lambari, etc.

Flora: As espécies mais características do município são: pitangueira, coronilha, corticeira do banhado, canela branca, butiá, branquilho, canela preta, pinheiro brasileiro, aroeira preta, aroeira cinzenta, aroeira periquita (anacauita), etc.

Economia: Baseada principalmente na Agricultura, Pecuária, Extração de Pedras para Exportação, Pedras de Revestimento e Produção de Cimento. Outro grande destaque é a Viticultura, que, devido à característica do Clima da Serra do Sudeste, favorece à elaboração de vinhos finos de alta qualidade.

Comércio: Aproximadamente 380 estabelecimentos.

Educação: Existem atualmente no Município 10 Escolas, com aproximadamente 3.200 estudantes matriculados.

Saúde: O Município possui 02 hospitais (um na sede e outro no distrito de Torrinhas), 03 Postos de Saúde e 01 Centro de Atenção à Saúde.

Habitação: Imóveis urbanos: 3.859 (68%); Imóveis rurais: 1.833 (32%)

Núcleos Habitacionais Urbanos: 07

Saneamento básico: Urbano: 90% com fossa absorvente e galeria de esgoto não tratado; Rural: 50% com fossa séptica e poço absorvente.

Abastecimento de Água: Zona Urbana: 99% água tratada; Zona rural: 100% água de poço/cacimba

Energia Elétrica: Zona Urbana: 98% com energia elétrica; Zona rural: 33% com energia elétrica

Coleta de Lixo: Residencial e comercial: 100% coletado; Hospitalar e ambulatorial: 100% incinerado

Telefonia: Telefones Residenciais: 1600; Telefones Comerciais: 300; Telefones Públicos: 57

[editar] Eventos

[editar] Feovelha - Feira e Festa Estadual da Ovelha

Quem deu origem a FEOVELHA, como nasceu? Originou-se da integração de ovinocultores que tinha por objetivo projetar uma região com características próprias para o setor, evento idealizado para reunir em uma mesma data e local toda a classe produtora de ovinos.

Em que ano nasceu? Criada em 1984, tendo sua primeira edição realizada em janeiro de 1985, sob a presidência do Sr. João Lauro Vieira Costa, produtor em Pedras Altas.

Quais as raças que participam de feira? Corriedale, Ideal, Merino Australiano, Ile de France, Sufolk, Border Lanchester, Karakul, Texel, Hampshire Down e Crioula, sendo o maior número de Corriedalle – ovino lã e Ideal – Ovino duplo propósito lã e carne.

A Feovelha é a nível estadual, mas se sabe que outros estados participam. Normalmente se recebe, na condição de compradores, visitantes de estados vizinho, como Paraná, Santa Catarina e São Paulo, e também de países vizinhos, como Argentina e Uruguai. É de praxe a presença de uma cobertura jornalística conceituada, como a revista Uruguaia La Propaganda Rural, dirigida pelo Sr. Gabriel Becco, bem como é normal termos jurados de classificação das raças participantes também de nacionalidade Argentina e Uruguaia.

Município : Pinheiro Machado - RS

Data de Realização : Janeiro de 2005

Duração (em dias) : 04 (quatro)

Entidade Organizadora : Sindicato Rural de Pinheiro Machado

Data de Fundação : Carta Sindical conferida em 10 de dezembro de 1965

E-mail: feovelha.sul@supersul.com.br

Âmbito do evento: Nacional

Freqüência do evento : Anual

[editar] Comparsa da Canção Nativa

Em 1985, o Sindicato Rural de Pinheiro Machado, Prefeitura e Emater, sentiam necessidade de um evento que desse maior destaque e evidencia a ovinocultura, senão o maior, um dos maiores produtos do Município. Surge então a Feira e Festa Estadual da Ovelha, Feovelha.

A primeira comparsa da Canção Nativa, constituía-se de duas linhas principais: a Linha da Ovelha, em que as composições falavam obrigatoriamente do universo da ovinocultura e uma outra mais abrangente.

Como vencedora da primeira comparsa na linha da ovelha, sagrou-se a composição Tosquia, de autoria de Dorval Dias e Osmar Carvalho e na linha geral, a composição vencedora foi Campeador de Estrelas com letra e música de Norma Coronel Trindade, interpretada pelo pinheirense Cláudio José Goulart.

Nesta primeira comparsa, muitos artistas que hoje tem seu nome reconhecido, fizeram sua estréia. Um pequeno garoto, com apenas 14 anos, despontava neste festival: João Luiz Nolte Martins, defendendo a composição Pajador Solito, hoje o consagrado Joca Martins. Era um festival essencialmente amador, com sonorização particular e não profissional. Na segunda Comparsa o festival toma ares de profissional, clama pela edição em LP, o velho disco de vinil, momento em que a Prefeitura associa-se ao Sindicato Rural de Pinheiro Machado e começam a fazer da Comparsa um festival de renome.

Por dois anos, na sexta e sétima Feovelha, a comparsa não foi realizada, sendo retomada, atendendo manifestações da população Pinheirense e visitantes da Feovelha, em 1992, sob coordenação de Darlene Farias, João Vainer da Cunha e Zair Machado Lopes, e entre outros Sandra Peraça, Ruy Farias e tantos outros colaboradores, isto em 1992. Em 1997, a Comissão Organizadora é composta por Lucel Brum Betiollo, Darlene Farias e João Vainer Cunha, para tocar os destinos da comparsa até 2002, quando permaneceram Lucel Betiollo e João Vainer Cunha, passando a integrar também César Garcia, para em 2003, ser comandada por Lucel Betiollo e João Vainer Cunha. No ano de 2004, a Comparsa da Canção Nativa tem na comissão organizadora Lucel Brum Betiollo (Presidente), que durante oito anos presidiu este Festival, caracterizando-se como a pessoa que durante mais tempo incumbiu-se da árdua missão de coordenar, organizar e realizar a Comparsa da Canção Nativa, Luiz Henrique Chagas e Paulo Ricardo Javiel Rezende.

No palco da Comparsa já desfilaram nomes como César Passarinho; Mano Lima, Os Serranos, João Chagas Leite, Ruy Biriva, Dante Ledesma]], Grupo Terra Santa; Grupo Parceria; Gaucho da Fronteira, Pedro Ortaça; os Angueras; entre outros. Em 2004, fizeram show na XVIII Comparsa da Canção, Teixeirinha Filho, Enzo e Rodrigo, Osvaldir e Carlos Magrão, Grupo Tchê Guri, Ruy Biriva e Gaúcho da Fronteira.

[editar] Vinovelha

A VINOVELHA é a Festa Gastronômica da Culinária Ovina, acompanhada dos melhores vinhos finos elaborados na Serra do Sudeste. A primeira edição da Vinovelha aconteceu no ano de 2000, durante a realização da XVII Feovelha, em Pinheiro Machado. Primeiramente com uma proposta de discutir as condições de desenvolvimento da viti-vinicultura na região, com realização de seminários e painéis, prestigiadas pelos principais especialistas em viticultura e enologia do País.

Nas edições seguintes, a Festa trouxe uma maior participação da comunidade local, com o objetivo de difundir a cultura da uva e do vinho, sendo propostas atividades de degustação de vinhos, roteiros de visitas aos vinhedos da região e espaços de comercialização e exposição dos produtos elaborados.

[editar] Educação

[editar] História da rede municipal de ensino de Pinheiro Machado

Este artigo procura não ficar muito ligado a datas, mas sim a história da educação da rede municipal de Pinheiro Machado.

Hoje em dia, quem se deter a analisar a educação de P. Machado, em primeiro momento vai pensar que sempre foi assim, mas na realidade nos últimos 55 anos houve uma verdadeira revolução na educação pinheirense.

Segundo estudo realizado na documentação existente na Secretaria Municipal da Educação e Cultura-SMEC constatei que a primeira escola municipal criada foi em 1957, no Rincão dos Corvos, Passo do Machado, 1° distrito.

E anteriormente como se estudava? Era comum antes de 1960 os pais conseguirem uma moça que soubesse ler e escrever e levá-la para sua casa para ensinar seus filhos. Então se estudava do 1° ao 4° livro e após um Inspetor da Educação do município, geralmente no final do ano, aplicava uma prova e se aprovado, considerava a criança apta a seguir seus estudos. Já em 1960 havia 12 escolas municipais.

A partir da LDB 4024/61 foram traçadas novas metas para a educação e considerando obrigação do poder público ofertar educação, daí começaram a surgir mais escolas. Nessa época o ensino era assim: de 1° ao 4° ano: Primário; Exame de admissão ao Ginásio ( se estudava 1 ano); após: de 1ª a 4ª série- Ginásio e o Científico ou Clássico: mais 3 anos.

As Escolas existentes no município eram ofereciam somente o Primário, com exceção do Colégio Estadual General Hipólito Ribeiro, que tinha o Ginásio e o Nehyta Ramos que oferecia o Normal Regional(nível de Ginásio), que formava professores, para lecionar o Primário. A Escola Dois de Maio foi criada em 1960 e funcionava no CCTG, também tinha a Escola Irmã Eugênia que era das irmãs(ordem religiosa) que funcionava na Vila Nova, depois onde é a Rodoviária hoje e a Escola da Igreja Luterana São João Evangelista, estas duas últimas eram particulares.

Nesse período, surgiram inúmeras escolas na zona rural, até o final da década de 70, chegou existir 56 escolas municipais.

Ainda não havia sido criada a SMEC, o controle da educação ficava numa sala na prefeitura municipal, onde algumas professoras gerenciavam essas escolas, era num caráter bem precário. A habilitação dos professores nessa época, quase sempre era Primário e poucos casos de Ginásio ou Normal Regional.

Em 1970 foi criada a Escola Ermírio de Moraes na Vila Umbus, 2° distrito, junto a Fábrica de Cimento Votorantin.

Em 1971 surgiu uma nova Lei Nacional da Educação a 5692, que já criou outras normas para a educação, a partir daí foi implantado o 1° Grau e o 2° Grau, grande reciclagem dos professores. A SMEC foi criada em 1973, sendo primeira Secretária a profª Terezinha de Jesus Monteiro da Silva; passou a ter prédio próprio, uma casa alugada na frente do Luz e Ordem, e uma equipe de trabalho bem maior.

Em 1981 foi inaugurado o prédio da SMEC e da Biblioteca Pública. Quanto à educação em si, não havia grandes mudanças, continuava com professores sem habilitação, funcionando em classes multisseriadas e com forte controle da SMEC. Somente vários anos depois que começou a ocorrer maior descentralização.

Em 1987 foi criada a Escola Manoel Lucas Prisco e havia 183 professores, sendo 165 em regime de CLT e 18 efetivos do Plano de Carreira do Magistério, que foi criado em 1986, por força de lei.

Em 1989 assumiu a Secretaria o prof. Paulo César Peres Brum, que tinha como suas assessoras diretas: profª Marilete de Souza Peres - Chefe do Departamento Administrativo e profª Nelci Camacho chefe do Departamento de Educação. Nessa gestão foi criada a Escola Avelino de Assis Brasil e havia 44 escolas, sendo sete estaduais municipalizadas, sendo somente três de 1° grau completo( Dois de Maio, Ermírio de Moraes e Assis Brasil de Pedras Altas).

Niura Furtado da Costa assumiu a Secretaria em 1997 e teve seu mandato até 2002, e o atual secretário (a partir de 2002) Paulo Ricardo Javiel Resende.

Em 1998, com a nova Constituição, aumentou em todos os níveis o investimento em educação. A partir de 1989 ocorreram grandes mudanças na educação do município, entre elas:

troca de mantenedora das escolas estaduais rurais para o município;
nuclearização de três escolas: 1992- Passo do Machado e São João Batista e 1993- Ana Tereza da Rosa, considerado grande avanço educacional;
ampliação dos prédios escolares;
desativação de escolas rurais, sobrando muito poucas multisseriadas;
Curso de Docentes leigos em Piratini, convênio UFPEL;
regularização das Escolas no CEED;
transporte escolar para escolas núcleo, CEFET e Magistério em Piratini;
Curso de férias: Geografia e Pedagogia-Convênio UFPel - férias;
Criação do Conselho Municipal de Educação em 1990;
Realização de concurso público para professores e funcionários de escolas;
Semana do Professor;
Convênio Urcamp, para acompanhamento proposta pedagógica construtivismo;
Criação da Associação Educacional Pinheirense, convênio com a Universidade Católica de Pelotas para a realização de Cursos Superiores na área da educação em nosso município, com o objetivo de qualificar os professores da rede;

2002- criação Escola Municipal de Educação Infantil Pinheirinho;
construção de quadras esportivas;
curso pós-médio em Viticultura.

Com a criação da Associação Educacional Pinheirense-ASSEP-convênio Prefeitura e UCPEL em 1994, tendo como primeira presidente a profª Terezinha de Jesus Monteiro da Silva e hoje a profª Rosemary Pinheiro Ávila , foram oferecidos vários cursos, que habilitaram muitos professores, dados final de 2005, conforme descrito abaixo:

Letras: 40
Biologia: 28
Pedagogia (três cursos): 116
Matemática: 21

Totalizando: 205 graduados em nível superior

Pós-graduação-especialização: 27

Curso em andamento:

Letras: 33

Em 2005 o município possuía 188 professores, sendo:

158 efetivos
06 contratos estáveis
27 contratos emergenciais, Ainda havia 09 professores estagiários-CIE-SINE.

Deste total: 92% são habilitados, e se observarmos somente os efetivos veremos que 97% possuem habilitação e destes, 73% possuem especialização. Número de alunos em 2005(dados mês de junho) nas escolas municipais:

Ensino Fundamental: 1632
Educação Infantil: 141
TOTAL: 1773

Número de Escolas:

Zona Urbana:03 de Ensino Fundamental e 01de Educação Infantil. Zona Rural: 03 nuclearizadas( Passo do Machado, São João Batista e Torrinhas), 01 na Vila Umbu e 01 de Ensino Fundamental incompleto, até 4ª série, única multisseriada na Restinga, 2° distrito, é importante salientar que todas as escolas da zona rural são atendidas por transporte escolar gratuitamente pelo município. Concluindo, vimos que houve uma grande transformação na rede educacional deste município nos últimos anos, graças ao empenho de pessoas que buscam uma educação de qualidade para a população de Pinheiro Machado.