Santiago de Compostela
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Santiago de Compostela Santiago de Compostela |
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Brasão | |
Dados | |
Comunidade Autónoma |
Galiza |
Província | Corunha |
Área | 221,50 km² |
População | 92298 hab. (2004) |
Densidade | 416,70 hab/km² |
Coordenadas | 42° 52' N 08° 33' O |
Localização | |
Imagem do município | |
Município da Espanha |
Santiago de Compostela é a capital da Galiza (Espanha), localiza-se na Corunha, de área 221,50 km² com população de 92298 habitantes (2004) e densidade populacional de 416,70 hab/km².
É uma cidade mundialmente famosa pela sua catedral de fachada barroca aonde acorrem os peregrinos que efectuam os Caminhos de Santiago de maneira a depararem-se com o manto de Sant'Iago, um dos apóstolos de Cristo, cujo corpo se diz que foi trasladado para aquele lugar.
Índice |
[editar] História
No território que actualmente ocupa a catedral de Santiago existia um povoado romano, que se tende a identificar como a mansão romana de Aseconia que existiu entre a segunda metade do século I e o século V, o povoado desapareceu mas permaneceu uma necrópole que esteve em uso quiçá até o século VII.
O nascimento de Santiago como se conhece agora está ligada á descoberta (presumível) dos restos do Apóstolo Santiago entre 820 e 835, a elevação do nível religioso dos restos, a Universidade e na actualidade á capitalidade da Galiza.
Segundo a tradição medieval, como aparece pela primeira vez na Concórdia de Antealtares (1077), o eremita Paio alertado por luzes nocturnas que se produziam no bosque de Libredão avisou o bispo de Iria Flavia, Teodomiro, quem descobriu os restos de Santiago o Maior e de dois dos seus discípulos, no lugar que posteriormente se levantaria Compostela, topónimo que poderia vir de Campus Stellae, isto é "campo de estrelas", ou mais provavelmente de Composita Tella, "terras bem ajeitadas", eufemismo de cemitério; ou mesmo "[Ja]Com[e A]postol[u]"). A descoberta propiciou que Afonso II, necessitado de coesão interna e apoio externo para o seu reino, fizera uma peregrinação que anunciou no interior do seu reino e no exterior, a um novo lugar de peregrinação da cristandade num momento em que a importância de Roma decaíra e Jerusalém não era acessível por estar em poder dos muçulmanos.
Pouco a pouco foi-se desenvolvendo a cidade, primeiro estabeleceu-se uma comunidade eclesiástica permanente a cargo dos restos atopados formada pelo bispo de Iria e os monges de Antealtares, espontaneamente assentou-se uma população heterogénea, ainda que fundamentalmente estava formada por emigrantes procedentes das aldeias próximas, que foi aumentando à medida que se desenvolvia a peregrinação por razões religiosas por todo o ocidente peninsular, reforçado pelo privilégio concedido por Ordonho II no ano 915 pelo que se estabelecia que quem quer que permanecer quarenta dias sem ser reclamado como servo passava a ser considerado como um homem livre com direito a residir em Compostela. A cidade foi destruída por Al-Mansur em 10 de Agosto do ano 997, que tão só respeitou a sepultura do apóstolo, após a volta dos habitantes começou a reconstrução, o bispo Cresconio a meados do século XI dotou a cidade dum cinto de fossas e uma muralha como medida defensiva.
No ano 1075 deu-se inicio à construção da catedral românica, o aumento da peregrinação fez de Compostela um lugar de referencia religiosa na Europa, aumentando a sua importância, que se vê recompensada também politicamente, acabando na época do Arcebispo Xelmírez a categoria de metropolitana para a igreja compostelana (1120). Entre os séculos XII e XIII foi-se artilhando a rede de ruas dentro do recinto amuralhado. A chegada da Peste Negra à cidade seguido de uma forte recepção demográfica, a partir de 1380 recuperou população e no século XV tinha entre 4 e 5.000 habitantes.
A fundação da Universidade no século XVI dá-lhe um novo impulso à atracção de Santiago, em particular na Galiza, atracção que continuará tendo ainda apesar da descida relativa da importância da cidade.
O estabelecimento da autonomia da Galiza fixado pela capital galega, obtendo como consequência um novo pulo na fim do século XX que contrastou amplamente a descida relativa da importância como cidade universitária ao criarem-se as universidades de Vigo e Corunha.
[editar] Demografia
Variação demográfica de Santiago de Compostela entre 1900 e 1981 | |||
1900 | 1930 | 1950 | 1981 |
24 120 | 38 270 | 55 553 | 82 404 |
Variação demográfica de Santiago de Compostela entre 1991 e 2004 | |||
1991 | 1996 | 2001 | 2004 |
87 807 | 93 672 | 90 188 | 92 298 |
[editar] Festas e celebrações
- Festas da Ascenção
- Festas do Apóstolo
[editar] Museus
- Centro Galego de Arte Contemporânea, museu à base de exposições temporais de obras actuais.
- Museu do Povo Galego, sobre a etnografia e historia de Galiza, em São Domingos de Bonaval.
[editar] Arquitectura religiosa
- São Martinho Pinario, igreja e mosteiro.
- Seminário Maior, em São Martinho Pinario
- Convento de São Francisco
- Convento de São Paio de Antealtares
- Santa Maria Salomé, igreja românica (s.XII) na rua Nova.
- Catedral de Santiago de Compostela, o emblema religioso de Galiza e o Caminho de Santiago, com múltiplos pontos de interesse, entre os que destacam no seu interior o Pórtico da Gloria do Mestre Mateu e no exterior as fachadas de Praterías e Obradoiro (conjunto barroco que completa a fachada principal diante do pórtico da Gloria e fronte ao Paço de Raxoi).
[editar] Arquitectura civil
- Paço de Raxoi, neoclássico, sede do Concelho e da Presidência da Junta da Galiza (s.XVIII), situado na praça do Obradoiro, frente a frente com catedral.
- Hospedaria dos Reis Católicos, antigo edifício que passou por diversas ocupações como hospital e centro de peregrinos e hoje é Parador Nacional.
- Mercado.
- Universidade. Edifício na actualidade ocupado pela Faculdade de Historia e Geografia.
- Colégio de Fonseca. Na actualidade sede da reitoria da Universidade de Santiago e da sua Biblioteca Geral, na bela e agradavel Praza de Fonseca.
- Parque da Ferradura.
- Porta do Caminho, entrada da época medieval.
- Rua do Franco. Típico lugar de paseio e toma de vinhos.
- Rua do Villar. Com múltiplos e chamativos suportais.
- Praça da Quintana, dividida em Quintana de Vivos e Quintana de Mortos, limitada entre catedral, casa da Parra, Convento de São Paio de Antealtares e a casa da Conga.
- Esculturas. Em Santiago há uma multitude de esculturas no interior e no exterior de edificações ou em parques, de diversas épocas até à actualidade.
[editar] Imagens
[editar] Cidades-irmãs
Santiago de Compostela possui duas cidades-irmãs:
[editar] Ver também
[editar] Ligações externas
- Caminho de Santiago - O Portal Peregrino
- Auditório da Galicia
- Informação para os peregrinos a Santiago (em inglês)
- Turismo de Santiago de Compostela (também em espanhol e inglês)
- Site Oficial da Cidade
- "Live Cam" da fachada principal
- Fotografias de Santiago de Compostela
- Santiago de Compostela: informação