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Irão - Wikipédia

Irão

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

'جمهوری اسلامی ایران
Jomhuri-ye Eslami-ye Iran'

República Islâmica do Irão
Bandeira do Irão
Emblema
(Bandeira) (Emblema)
Lema: Esteqlāl, āzādī, jomhūrī-ye eslāmī
(Persa: "Independência, Liberdade, (a) República Islâmica")
Hino Nacional: Sorood-e Melli-e Jomhoori-e Eslami-e Iran
Gentílico: Iraniano

Localização do Irão

Capital Teerão
35°40′N 44°26′E
Maior cidade Teerão
Língua oficial Persa (farsi)
Governo República Islâmica
 - Líder Supremo Ali Khamenei
 - Presidente Mahmoud Ahmadinejad
Revolução Iraniana  
 - Fim da monarquia 11 de Fevereiro de 1979 
Área  
 - Total 1.648.195 km² (18º)
 - Água (%) 0,7%
População  
 - 2005 estim. 68 467 413 hab. (18º)
 - Densidade 42 hab./km² (158º)
PIB (base PPC) estimado
 - Total $ (º)
 - Per capita $ ()
IDH (-) - () – -
Moeda Rial iraniano (IRR)
Fuso horário UCT (UTC+3:30)
Cód. Internet .ir
Cód. telef. +98

Mapa do Irão

O Irão ou Irã ( em persa, ايران) é um país asiático do chamado Médio Oriente, que limita a norte com a Arménia, o enclave azerbaijano de Nakichevan, o Azerbaijão, o Mar Cáspio, e o Turquemenistão, a leste com o Afeganistão e o Paquistão, a sul com o Golfo de Omã (através do qual se aproxima de Omã), a sul e oeste com o Golfo Pérsico (através do qual tem ligação aos Emiratos Árabes Unidos, ao Qatar, ao Bahrein, à Arábia Saudita e ao Kuwait) e a oeste com o Iraque e a Turquia. Sua capital é Teerão.

Conhecido até 1935 como Pérsia, passou então a ser conhecido como Iran (transliterado em Portugal como Irão e no Brasil como Irã), palavra que significa literalmente "terra dos arianos" (no sentido étnico do termo e não no seu sentido religioso, ligado ao arianismo). Em 1979, com a Revolução Islâmica promovida pelo Ayatolah Khomeini, o país adoptou a sua actual designação oficial de República Islâmica do Irã(o). Os seus nacionais se chamam iranianos, embora o termo persas seja ainda utilizado, e a língua nacional seja denominada persa (em persa, farsi).

Durante a história, o território do país tem tido grande importância geográfica, visto a sua posição entre o Oriente Médio, Cáucaso, Ásia Central e o Golfo Pérsico, além da proximidade entre o Leste Europeu e o subcontinente Indiano.

Índice

[editar] História

Ver artigos principais: Império Persa, História do Irã.

O território atualmente ocupado pelo Irã é habitado desde os tempos pré-históricos. A história escrita da Pérsia começa em cerca de 3200 a.C. com a cultura proto-elamita e com a posterior chegada dos arianos e a formação dos sucessivos Impérios Medo e Aquemênida.

[editar] Medos e Aqueménidas

Por volta de 1500 a.C. fixaram-se no planalto iraniano vários tribos arianas, das quais se destacavam os Medos e os Persas. Os primeiros fixaram-se no noroeste onde fundaram um reino; os Persas estabeleceram-se no sudoeste.

Os Medos foram submetidos pelos Citas em 653, mas conseguiram libertar-se e alargaram a sua influência aos Persas. Em 555 a.C. Ciro, rei da Pérsia, iniciou uma revolta contra Astíages, rei dos Medos, vencendo-o e reunindo sob sua soberania a Pérsia e Média. Ciro, primeiro reino aqueménida, iniciou uma política expansionista, que seria continuada pelos seus sucessores, Cambises e Dario I. Em resultado destas conquistas o Império Aqueménida compreendia uma vasta área que ia do Vale do Indo ao Mar Negro, incluindo a Palestina e o Egipto.

[editar] Partos Arsácidas

Alexandre, o Grande conquistou a Pérsia em 331 a.C., acrescentado-a ao seu império. Após a sua morte o seu império seria dividido entre os seus generais. Um destes generais, Selêuco, ficaria com a Babilónia e a Pérsia, dando início ao reino selêucida. A partir de 250 a.C. o domínio selêucida começou a ser rejeitado na parte oriental do Irão, onde nasce o reino dos Partos Arsácidas.

O império arsácida era menor que o aqueménida, estendendo-se do actual Afeganistão ao Eufrates, controlando as rotas comerciais entre a Índia e o Ocidente. Os Partos terão como inimigos a ocidente o Império Romano, que tentaria em vão conquistar o seu território. Em 224 a dinastia arsácida foi derrubada por Ardashir I, um rei vassalo que fundou a dinastia sassânida.

[editar] A chegada do islão

A conquista da Pérsia pelos árabes entre 641 e 651 levaria à sua integração como província primeiro do califado omíada e a partir de 750 do califado abássida. Do ponto de vista religioso, o zoroastrismo seria gradualmente substituído pelo islão. No entanto, a nível cultural verificou-se um intercâmbio entre a cultura árabe e a persa que se detecta, por exemplo, na adopção pelo califado abássida da organização administrativa sassânida e dos costumes persas. No século X regista-se mesmo um renascimento da literatura persa.

Com a decadência do califado abássida afirmam-se no Irão dinastias locais praticamente independentes do poder central. No Khorasan surge a dinastia dos Taíridas, que seria eliminada pelos Safáridas. Estes seriam por sua vez substituidos pelos Sâmanidas, a dinastia local mais importante deste período.

Durante a Idade Média, a Pérsia foi invadida pelos mongóis, a que se seguiu o reinado de Tamerlão. Pouco a pouco, o país passou a ser uma arena para potências coloniais rivais como os Impérios Russo e Britânico.

[editar] Irão contemporâneo

A aspiração por modernizar o país levou à revolução constitucional persa de 1905-1921 e à derrubada da dinastia Qajar, subindo ao poder Reza Pahlavi. Este pediu formalmente à comunidade internacional que passasse a referir-se ao país como Iran (Irã ou Irão, em português).

Em 1941, durante a Segunda Guerra Mundial, o Reino Unido e a União Soviética invadiram o Irã, de modo a assegurar para si próprios os recursos petrolíferos iranianos. Os Aliados forçaram o a abdicar em favor de seu filho, Mohammad Reza Pahlavi, em quem enxergavam um governante que lhes seria mais favorável. Em 1953, após a nacionalização da Anglo-American Oil Company, um conflito entre o xá e o primeiro-ministro Mohammed Mossadegh levou à deposição e prisão deste último.

O reinado do xá tornou-se progressivamente ditatorial, especialmente no final dos anos 1970. Com apoio americano e britânico, Reza Pahlavi continuou a modernizar o país, mas insistia em esmagar a oposição do clero xiita e dos defensores da democracia.

Islamistas, comunistas e liberais promoveram a Revolução Iraniana de 1979, que provocou a fuga do xá a instalação do Aiatolá Ruhollah Khomeini como chefe máximo do país. Estabeleceu-se uma república islâmica, com leis conservadoras inspiradas no Islamismo e com o controle político nas mãos do clero. Os governos iranianos pós-revolucionários criticaram o Ocidente e os Estados Unidos em particular pelo apoio dado ao xá; as relações com os EUA foram fortemente abaladas em 1979, quando estudantes iranianos tomaram funcionários da Embaixada americana como reféns. Posteriormente, houve tentativas de exportar a revolução islâmica e apoio a grupos militantes anti-Ocidente como o Hezbollah do Líbano. A partir de 1980, o Irã e o Iraque enfrentaram-se numa guerra destruidora que durou oito anos.

Reformistas e conservadores continuam a enfrentar-se no Irã, mas desta vez através da política. A vitória de Mahmoud Ahmadinejad na eleição presidencial de 2005 tem dado causa a um aumento nas tensões entre o Irã e os EUA, em especial no que se refere ao programa nuclear iraniano.

[editar] Política

Ver artigo principal: Política do Irão.

O sistema político do Irão baseia-se na constituição de 1979, que fez do país uma república islâmica na qual os vários poderes são supervisionados por um corpo de clérigos.

[editar] Líder Supremo

O Líder Supremo (ou Faqih) é o chefe de Estado do Irão. O cargo é ocupado desde Junho de 1989 pelo aiatolá Ali Khamenei, que sucedeu a Khomeini.

O titular do cargo é eleito pela Assembleia dos Peritos, em função dos seus conhecimento de jurisprudência islâmica e também do grau de estima que goza entre a população. Em teoria é eleito vitaliciamente, mas a Assembleia dos Peritos pode destitui-lo em determinadas situações.

É o Comandante Supremo das Forças Armadas e a autoridade máxima ao nível da política externa do país, sendo o único que pode declarar a guerra. É responsável pela nomeação do chefe do poder judicial, do chefe da segurança interna, dos líderes das orações da sexta-feira, do director das estações de rádio e de televisão, bem como de seis dos doze membros do Conselho dos Guardiães. Pode demitir o Presidente do Irão caso considere que este não governa de acordo com a constituição. É também responsável pela administração das bonyads, fundações criadas a partir dos bens confiscados do xá, e que actuam em áreas como a habitação, a cultura e os transportes.

[editar] Poder executivo

O poder executivo é liderado pelo Presidente, segunda figura do Estado após o Líder Supremo. É eleito através de sufrágio universal para um mandato de quatro anos.

Até 1989, ano em que foi aprovada uma reforma constitucional, este cargo detinha pouco poderes. A reforma deste ano aboliu o cargo de primeiro-ministro e concedeu maiores poderes ao cargo presidencial.

O presidente nomeia e supervisiona o Conselho de Ministros e coordena as decisões governamentais. O seu poder encontra-se limitado pelo Líder Supremo, sendo na prática responsável pelas questões do foro económico e da administração corrente. Os candidatos a presidente devem ser previamente aprovados pelo Conselho dos Guardiães, sendo necessário que o Presidente seja um iraniano xiita. O actual Presidente do Irão, eleito em 2005, é Mahmoud Ahmadinejad.

[editar] Poder legislativo

O poder legislativo é exercido por um parlamento unicameral (Majlis-e-Shura-ye-Eslami, Assembleia Consultiva Islâmica) composto por 290 membros eleitos através de sufrágio universal para um período de quatro anos. À semelhança do que acontece com os candidatos a presidente, o Conselho dos Guardiães deve aprovar as candidaturas a deputado. As leis redigidas pelo parlamento devem ser aprovadas pelo Conselho dos Guardiães. Em circunstâncias especiais, o parlamento pode demitir o presidente através um voto de censura com maioria de dois terços.

Nas últimas eleições para o parlamento em 2004 os conservadores elegeram 190 lugares, os reformistas 50 e independentes 43 lugares; cinco lugares por membros de minorias religiosas autorizadas no país (judeus, cristãos e zoroastrianos). As próximas eleições para o parlamento estão agendadas para Fevereiro de 2008.

[editar] Poder judicial

O chefe do poder judicial, actualmente Mahmoud Hashemi Shahrudi, é nomeado pelo Líder Supremo. O chefe do poder judicial nomeia por sua vez o presidente do Tribunal Supremo e o procurador-geral.

Existem vários tipos de tribunais, como os tribunais civis e públicos e os tribunais revolucionários. Estes últimos foram instituídos em 1982 e julgam casos relacionados com ameaças à república islâmica. O Tribunal Clerical Especial, estabelecido em 1987 e que responde perante o Líder Supremo, julga os crimes cometidos por membros do clero. As decisões decretadas pelos tribunais revolucionários e pelo Tribunal Clerical Especial não podem ser alvo de recurso judicial.

O sistema legal iraniano baseia-se na lei islâmica ou charia. Este sistema prevê a prática da retribuição, através da qual em casos como por exemplo de homícidio um familiar próximo da vítima pode executar a sentença. Os castigos corporais ou a amputação de membros estão previstos para casos como roubo, consumo de bebidas alcóolicas ou adultério.

[editar] Conselho dos Guardiães

O Conselho dos Guardiães é composto por doze juristas, metade dos quais são especialistas em lei religiosa, sendo nomeados pelo Líder Supremo; a outra metade é formada por especialistas em lei civil nomeados pelo Conselho Supremo Judiciário e aprovados pelo parlamento. Este conselho analisa as leis do parlamento para garantir que se encontram de acordo com a constituição.

[editar] Assembleia de Peritos

A Assembleia de Peritos foi originalmente constituída com o objectivo de redigir a constituição de 1979. Desde então, esta assembleia, composta por 86 membros, tem como função eleger o Líder Supremo, supervisionar a actuação deste e retirá-lo do exercício das suas funções caso este seja declarado incapacitado. Os 86 membros devem ser clérigos e são eleitos para um período de oito anos.

[editar] Conselho de Discernimento

Trata-se de um órgão composto por 22 membros (clérigos, juristas e políticos), nomeados pelo Líder Supremo. É presidido por Hashemi Rafsanjani e a sua principal função é arbitrar os conflitos entre o parlamento e o Conselho dos Guardiães.

[editar] Subdivisões

Ver artigo principal: Províncias do Irão.

O Irã subdivide-se em 30 províncias, sendo cada uma administrada por um governador indicado pelo Ministério do Interior, mediante aprovação do gabinete. As províncias dividem-se por sua vez em 324 subprovíncias e em 865 condados. Os presidentes dos municípios são também nomeados pelo Ministério do Interior; o conselho local do munícipio é eleito pela população.

  1. Teerão
  2. Qom
  3. Markazi
  4. Qazvin
  5. Gilan
  6. Ardabil
  7. Zanjan
  8. Azerbaijão Oriental
  9. Azerbaijão Ocidental
  10. Curdistão
  11. Hamadã
  12. Kermanshah
  13. Ilam
  14. Lorestan
  15. Khuzestan
  1. Chahar Mahaal e Bakhtiari
  2. Kohkiluyeh e Buyer Ahmad
  3. Bushehr
  4. Fars
  5. Hormozgan
  6. Sistan e Baluchistão
  7. Kerman
  8. Yazd
  9. Isfahan
  10. Semnan
  11. Mazandaran
  12. Golestan
  13. Khorasan do Norte
  14. Razavi Khorasan
  15. Khorasan do Sul

[editar] Geografia

Ver artigo principal: Geografia do Irão.

Localizado no sudoeste asiático, entre o Iraque, a oeste, e o Afeganistão e o Paquistão, a leste, o Irã é banhado pelo Golfo de Omã, pelo Golfo Pérsico e pelo Mar Cáspio. Com uma área de 1 648 000 quilômetros quadrados, o Irã é o décimo-sexto maior país do mundo em território, o que equivale aproximadamente à área do estado do Amazonas, no Brasil, ou um pouco maior do que as áreas de Angola e Portugal somadas.

[editar] Relevo

A maior parte do território do Irão corresponde a um planalto cercado por cadeias montanhosas.

Na região centro e este encontram-se dois desertos, o Dasht-e-Kavir e o Dasht-e-Lut. No primeiro formam-se alguns pântanos durante o Inverno e a Primavera, mas ambos são inóspitos e despovoados.

No norte, em paralelo com o Mar Cáspio, estão as montanhas Elburz, que possuem vários vulcões activos. A montanha mais elevada desta cordilheira, que é igualmente o ponto mais alto do Irão, é o Monte Demavend (5671 metros).

Os Montes Zagros estendem-se desde o noroeste do país, perto da fronteira com a Arménia, até ao sudeste, atingindo o Estreito de Ormuz.

[editar] Hidrografia

Os três grandes rios do Irão são o Karun, o Atrak e o Safid. O Karun é o principal rio navegável do país e nasce nos Montes Zagros, correndo para sul até a localidade de Khorramshahr, onde se une ao rio Shatt Al-Arab (Arvandrud).

O Irão possui poucos grandes lagos, sendo a maior parte deles de água salgada. O maior lago iraniano é o Lago Urmia, situado no noroeste do país, o oeste do Mar Cáspio. Cobre uma área que varia entre os 5 200 e 6 000 m² e caracteriza-se pela extrema salinidade das suas águas, sendo também o maior lago do Médio Oriente. Outro importante lago é o Namak, situado na província de Qom. Na província de Fars existem lagos de pequena dimensão, como o Daryachen-e-Tashk e o Daryachen-e-Bakh-Tegan.

[editar] Economia

O Irão foi um país essencialmente agrícola até aos anos 60 do século XX. A partir de então ocorreu uma descolagem da indústria, nomeadamente da indústria petroquímica, têxtil (situada principalmente em Isfahan e na região da costa do Mar Cáspio), automóvel, de construção de equipamentos electrónicos, de papel e alimentar.

A Revolução Islâmica teve consequências sobre o desenvolvimento económico, uma vez que se verificou uma redução drástica do investimento estrangeiro. A actividade turística, que tinha sido promovida pela dinastia Pahlavi através de medidas como a construção de hóteis e a pavimentação de estradas, praticamente desapareceu após a revolução. A situação económica viu-se agravada com guerra com o Iraque e pela queda do preço do petróleo a partir de 1985.

A subida do preço do petróleo a partir de 2003 beneficiou o Irão, que utilizou o dinheiro para programas sociais. Os poços de petróleo encontram-se situados no sudoeste do país, junto ao Golfo Pérsico.

[editar] Agricultura

Segundo dados de 2005 a agricultura contribui com 11,6% no Produto Interno Bruto do Irão, empregando 30% da população.

As principais culturas agrícolas são o trigo e a cevada, seguidas por outros cereais como o centeio, o milho e o sorgo.

No nordeste do país tem ocorrido uma expansão da cultura do algodão. Nas regiões pantanosas situadas junto ao Mar Cáspio produz-se arroz. Outras culturas são a do tabaco, chá e beterraba açucareira.

O Irão é conhecidas pela produção de frutas, quer frescas, quer secas. Das primeiras destacam-se os citrinos das zonas do Mar Cáspio, as uvas, maçãs, peras e pêssegos da região central do país e as bananas da região próxima ao Golfo Pérsico. Entre os frutos secos salienta-se o pistachio.

O sector da pecuária é dominado pelo gado ovino e caprino, com uma menor presença do bovino; encontra como zona favorável ao seu desenvolvimento as zonas do noroeste do país, ricas em pastos. A criação de camelos para utilização como meio de transporte ainda é prática corrente.

A pesca também ocupa um importante lugar na economia, fornecendo produtos para consumo interno e externo, embora o seu potencial não tenha sido ainda completamente explorado. No Mar Cáspio encontram-se espécies como o salmão, a tainha e o esturjão; a partir das ovas desta última espécie se produz o caviar, sendo o iraniano um dos mais famosos do mundo. Por sua vez no Golfo Pérsico pescam-se espécies como a perca, a sardinha e o camarão. Nos rios do país pesca-se a truta, o barbo e outros peixes de água doce.

[editar] Comércio

As principais importações do Irão são os produtos alimentares, maquinaria, o equipamento de transporte, ferro e aço. Quanto às exportações, destacam-se, para além do petróleo, os tapetes, os frutos secos, as manadas de gado e as especiarias. Os principais países com os quais o Irão mantém relações comerciais são a Alemanha, a China, o Japão, a Itália e a África do Sul. O Irão não possui relações comerciais directas com os Estados Unidos da América desde 1985.

[editar] Finanças

A moeda do Irão é o rial, emitida pelo Banco Central da República Islâmica do Irão. Os bancos e as seguradoras foram nacionalizados em 1979, mas em 2001 o governo atribuiu duas licenças para que se constituissem dois bancos privados. Os bancos regulam-se pela lei islâmica, e como tal não praticam o juro, cobrando apenas uma comissão.

[editar] Demografia

Grupos étnicos do Irão
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Grupos étnicos do Irão
Ver artigo principal: Demografia do Irão.

A população iraniana aumentou de maneira dramática durante a segunda metade do século XX, atingindo os 68 milhões em 2006. Nos últimos anos o crescimento populacional tende a desacelerar-se, de modo que, segundo as projecções, a população estabilizar-se-á em 100 milhões de habitantes pelo ano 2050. A densidade populacional do país é de 42 pessoas por km². As áreas mais povoadas do país são a região ocidental e setentrional.

O Irão é um mosaico de grupos étnicos, caracterizando-se as relações entre estes grupos pela harmonia. O maior grupo étnico-linguístico é composto pelos persas, que representam 51% da população.

A seguir aos persas destacam-se os azéri (24% da população), povo túrquico que reside sobretudo perto do Azerbaijão, mas que desde o início do século XX tem vindo a migrar para Teerão.

Os gilaki e mazandarani formam 8% da população e habitam, respectivamente, a costa ocidental e oriental do Mar Cáspio.

Os curdos, cerca de 7% da população, habitam a região da cordilheira de Zagros. A minoria árabe do Irão (3%) vive na região sudoeste do país, na província do Khuzistão. Outros grupos, representando cada um 2% da população, incluem os baluches (perto de Afeganistão e do Paquistão), os lur (que vivem na região central da cordilheira de Zagros) e os turcomanos (perto do Turcomenistão).

A maioria da população do Irã fala uma das línguas iranianas, embora o persa seja o idioma oficial.

[editar] Principais cidades

A principal cidade do Irão é Teerão, capital do país e da província homónima. Situada a 1132 metros de altitude, começou por ser um subúrbio da antiga cidade de Rey que foi destruída em 1220 pelos Mongóis. Em 1788 o primeiro soberano da dinastia Qajar conquistou Teerão e fez dela a capital. O grande desenvolvimento da cidade ocorreu a partir do primeiro quartel do século XX, razão pela qual Teerão é entre as cidades iranianas a que possui um aspecto menos oriental. A parte norte da cidade corresponde à cidade nova e a parte sul à cidade do tempo dos Qajar.

No Noroeste do Irão destaca-se a cidade de Tabriz, controlada em alguns períodos pela Rússia, facto que se exprime na sua arquitectura e na presença de um caminho-de-ferro que liga o Irão à antiga União Soviética.

Shiraz, capital da província de Fars e situada num oásis dos Montes Zagros, é conhecida por nela terem habitado grandes místicos do islão. Os túmulos destas figuras encontram-se na cidade que em função disso é denominada como "Torre dos Santos".

A cidade de Isfahan, localizada a aproximadamente 350 quilómentros a sul de Teerão, é famosa pela sua arquitectura. Em 1587 Abbas I fez dela a capital da dinastia, ordenando a construção de palácios e mesquitas. Os principais monumentos da cidade estão na praça Maydan-i-Shah, destacando-se também em Isfahan a Masgid-i Gami (Mesquita da Sexta-Feira).

[editar] Religião

A maioria dos iranianos são muçulmanos, pertecendo 89% da população ao ramo xiita do islão, religião oficial do Estado. O Irão conta com 9% de muçulmanos sunitas, ramo ao qual pertencem a maioria dos muçulmanos do planeta. Os curdos são na sua maioria sunitas, enquanto que a minoria árabe reparte-se entre o islão xiita e o islão sunita.

A forma de islão xiita que hoje predomina no Irão é o xiismo duodecimano, que reconhece doze imames após Ali ibn Abi Talib. Embora sempre tenham existido xiitas no Irão, até ao século XVII a população era na sua maioria sunita. A explicação para esta mudança religiosa reside na adopção por parte da dinastia dos Safávidas do islão xiita como religião oficial e na sua imposição à população.

A constituição iraniana reconhece três minorias religiosas, os zoroastrianos, os judeus e os cristãos.

Antes da chegada do islão ao Irão no século VII, a maioria da população era zoroastriana, religião que era o culto oficial do Império Sassânida. Em 1986 estimava-se a existência de 32 mil zoroastrianos no Irão, residindo principalmente nas cidades de Teerão, Yazd e Kerman.

A comunidade judaica no Irão remonta aos tempos do cativeiro da Babilónia; quando Ciro II autorizou o regresso dos judeus a Canaã, muitos optaram por ficar, tendo adoptando a língua e cultura persas. Avalia-se em 45 mil o número de judeus iranianos que migraram para Israel entre 1948 e 1977. Com a revolução islâmica de 1979 o movimento migratório acentuou-se.

A minoria religiosa numericamente mais relevante no Irão é formada pelos cristãos, que são na sua maioria ortodoxos arménios, seguidos por cristãos assírios. Cada uma destas denominações têm direito a um lugar no parlamento.

A Fé Bahá'í, que nasceu no país em meados do século XIX, não é reconhecida pelo Estado, sendo os seus membros alvo de perseguição desde a revolução de 1979.

[editar] Cultura

Ver artigo principal: Cultura do Irão.

[editar] Educação

A educação é obrigatória para todas as crianças entre os 6 e os 10 anos de idade. De acordo com dados de 2005, 81,3% da população com mais de 15 anos de idade encontra-se alfabetizada. Desde a Revolução Islâmica de 1979 que todas as escolas e universidades devem promover os valores do islão, tendo se verificado um afastamento em relação a modelos educativos seculares.

A educação primária é seguida por um ciclo de três anos que procura avaliar as aptidões dos alunos e orientá-los para os vários tipos de ensino secundário.

Existem no Irão mais de 100 instituições de ensino superior. Após a Revolução Islâmica muitos académicos foram forçados a abandonar os seus lugares devido às suas ligações com a monarquia ou pela sua identificação com valores seculares, o que provocou uma falta de pessoal nestas instituições. Algumas universidades foram mesmo encerradas no início da década de 80 e outras mudaram de nome. Muitos iranianos encontram-se a estudar no estrangeiro devido a este fenómeno e também porque existe no país a mentalidade que uma educação no exterior é superior. As universidades iranianas mais importantes são a Universidade de Teerão (fundada em 1934), a Universidade de Shiraz (fundada em 1945) e a Universidade de Isfahan (fundada em 1950).

[editar] Património Mundial da Humanidade

O Irão possui oito sítios classificados pela UNESCO como Património Mundial:

  • Meidan Emam - praça de Abbas I em Isfahan;
  • Persépolis - antiga capital persa, fundada por Dário I em 518 a.C.;
  • Chogha Zanbil - capital religiosa do reino elamita fundada em 1250 a.C. e que é hoje um sítio arqueólogico;
  • Bam e a sua paisagem cultural - cidade do período aqueménida fundada entre o século VI e o século IV a.C.. Os seus monumentos foram danificados devido ao terramoto de 2003;
  • Pasargade - capital do império aqueménida
  • Takht-e Soleyman - sítio arqueológico onde se encontram ruínas arqueológicas, como um templo sassânida dedicado à deusa Anahita;
  • Soltaniyeh;
  • Bisotun

[editar] Media

A legislação iraniana estabelece que a televisão e a rádio devem ser operadas pelo Estado e devem estar de acordo com os valores islâmicos. O organismo responsável pelas estações de televisão e de rádio é o Islamic Republic of Iran Broadcasting (IRBI). O IRBI opera várias estações de televisão em língua persa e nas línguas regionais, sendo a mais vista o Canal 3, dedicado aos jovens. O Irão procura também captar audiências nos países árabes do Médio Oriente através dos canais Al-Alam e Al-Kawthar. Apesar do governo ter declarado ilegal o uso de antenas parabólicas em 1995, estas são toleradas e gozam de uma ampla popularidade entre a população. Alguns dos canais captados via satélite são operados por dissidentes do regime que vivem no estrangeiro e que utilizam os canais para a crítica governamental.

A maior parte jornais estão sediados em Teerão. Os jornais mais populares são o Kayhan e o Ettelaat, para além dos jornais desportivos.

Os provedores de internet no Irão utilizam filtros que bloqueiam páginas cujo conteúdo seja pornográfico, considerado anti-islâmico ou crítico do regime. Estima-se que cerca de 7 milhões de iranianos possuam acesso à internet.

[editar] Desporto

Os atletas iranianos participaram pela primeira vez nos Jogos Olímpicos em 1948. Em 1956 o país fez a sua estreia nos Jogos Olímpicos de Inverno.

Após a Revolução Islâmica de 1979, o desporto foi negligenciado, tendo as mulheres sido proibidas de participar como atleas em eventos desportivos. A situação agravou-se com a guerra com o Iraque dos anos 80. Contudo, desde a década de 90 o desporto tem sido valorizado, tendo as mulheres voltado a participar.

O futebol é hoje o desporto mais popular entre os iranianos. A equipa de futebol nacional ("Melli") consagrou-se como vencedora na Copa da Ásia de 1968, 1974 e 1976. O Irão fez a sua estreia na Copa do Mundo em 1978. Outros desportos apreciados no país são a luta e o hipismo.

Feriados
Data Nome em português Nome local Observações

[editar] Ver também

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