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Transexualidade - Wikipédia

Transexualidade

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Transexual é um indivíduo que possui uma identidade de gênero oposta ao sexo designado (normalmente no nascimento). Homens e mulheres transexuais fazem ou pretendem fazer uma transição de seu sexo de nascimento para o sexo oposto (sexo-alvo) com alguma ajuda médica (terapia de redesignação de gênero) para seu corpo. A explicação estereotipada é de "uma mulher presa em um corpo masculino" ou vice-versa, ainda que muitos membros da comunidade transexual, assim como pessoas de fora da comunidade, rejeitem esta formulação.

Índice

[editar] Definições

Os requisitos mínimos para que uma pessoa seja considerada transexual estão sempre em debate. Algumas pessoas acham que as mudanças provocadas por tratamento hormonal, sem alterações cirúrgicas, são suficientes para qualificar o uso do termo transexual. Outros, especialmente agentes de saúde, acreditam que existe um conjunto de procedimentos que devem ser seguidos sempre. O público em geral muitas vezes define “um/uma transexual” como alguém que fez ou planeja fazer uma cirurgia de “mudança de sexo”. O termo corrente em uso para definir mudanças das características sexuais é Cirurgia de Redesignação Sexual - CRS (Sex Reassignment Surgery - SRS, em inglês), um termo que reflete a idéia de que as pessoas transexuais não estão “mudando de sexo”, mas corrigindo seus corpos. Entretanto, tem sido comumente aceito que o desejo de pertencer ao sexo oposto, ou a afirmação de que determinada pessoa é do sexo oposto ao sexo designado no nascimento, já é condição suficiente para alguém ser transexual. Em contraste, algumas pessoas transgêneras muitas vezes não se identificam como sendo ou querendo pertencer ao sexo oposto, mas como sendo ou querendo ser do gênero oposto.

Transexualidade (também conhecida como transexualismo, ou neurodiscordância de gênero) é um termo entre os comportamentos ou estados que abrigam o termo transgênero. Transgênero é considerado um termo guarda-chuva para pessoas que fogem dos papéis sociais de gênero. Entretanto muitas pessoas da comunidade transexual não se identificam como transgênero. Alguns vêem transgênero como descaracterização e não reconhecimento de suas identidades, porque para estes o termo significa "quebra de papéis sociais de gênero", quando de fato vêem a si mesmos como pertencendo a um papel de gênero – apenas não o que lhes foi designado no nascimento.

Pessoas transexuais são muitas vezes definidas como pertencentes à comunidade GLBTT ou Queer, e alguns se identificam dentro da comunidade; outros não, ou preferem não usar o termo. Deve ser ressaltado que a transexualidade não está associada ou é dependente da orientação sexual. Homens e mulheres transexuais exibem uma gama de orientações sexuais da mesma forma que os cissexuais (não-transexuais). Eles sempre usam termos para sua orientação sexual que estejam relacionados com o gênero final. Por exemplo, alguém designado como do gênero masculino no nascimento mas que identifica-se a si como uma mulher, e que é atraída tão somente por homens, ira identificar-se como heterosexual, não como gay; da mesma forma, alguém que foi designado como do sexo feminino no nascimento,identifica-se como homem e prefere parceiros homens ira identificar-se como gay, não como heterossexual.

(Como afirmado acima, velhos textos médicos descrevem com freqüência orientação sexual em relação ao sexo designado, não ao gênero ou identidade, em outras palavras, referindo-se a uma transexual MTF (de Homem para Mulher) que é atraída por homens como "um homossexual transexual masculino". De novo, esse uso é considerado cientificamente inacurado e clinicamente insensível hoje, e tal pessoa seria chamada hoje, e provavelmente se identificaria como uma mulher trans-heterossexual.)

Um certo número de pessoas de fora da comunidadede transexual mantém o uso de termos em referência a pessoas transexuais associado com seu sexo de nascimento (por exemplo, chamando uma mulher transexual como "ele"). Esse uso é considerado no mínimo uma insensibilidade.

Transexualidade não deve ser confundida com crossdressing ou com o comportamento drag queen, que podem ser descritos como transgêneros, mas não transexuais. Também, o fetichismo do travestismo normalmente não tem quase nada, ou nada, a ver com transexualidade.

[editar] Terminologia

O gênero dos termos usados para descrever pessoas transexuais sempre se refere ao gênero-alvo. Por exemplo, um homem transexual é alguém que foi identificado como fêmea no nascimento em virtude de seus genitais, mas identifica-se como um homem que está em transição, ou transicionou-se para um papel social de gênero masculino e um corpo redesignado como masculino (um termo alternativo usado em inglês é transexual FTM - female-to-male transsexual - ou homem transexual).

Todos os que pesquisam o assunto precisam estar atentos para o fato de que textos médicos antigos fazem referência ao sexo original da pessoa, em vez de ao sexo-alvo; em outras palavras, referindo-se a uma transexual MTF (Masculino para Feminino) como "um transexual masculino". Essa forma está fortemente em desuso e é considerada inadequada.

Na comunidade transexual, a forma abreviada "trans" é informalmente mais usada. Essa abreviação também é utilizada para referir-se a pessoas transgêneros não-transexuais. Ultimamente, vem sendo carregada de forte carga pejorativa em virtude de seu uso por transgêneros que trabalham com prostituição, que estão aos poucos abandonando a fortemente estigmatizada palavra "travesti".

Certas pessoas preferem o termo transexuado sobre transexual, pois consideram que a palavra "sexual" encontrada em transexual é um erro. Outra justificativa feita para tal preferência é que sentem que esta está mais próxima do termo intersexo. Muitos grupos transexuais abriram espaço para intersexos porque sentem que ambos os grupos possuem muito em comum. Por algumas definições é possível ser tanto intersexuado como transexuado. Outras tentativas de evitar interpretações errôneas do sufixo -sexual têm tornado aceitável o uso de "transgênero".

[editar] Causas da transexualidade

Não há cientificamente nada que prove quais são as causas da transexualidade. Entretanto, muitas teorias sugerem que a causa tem suas raízes na biologia. Muitos, contudo, acreditam que as origens da transexualidade são ainda predominantemente psicológicas.

[editar] Causas psicológicas propostas

No passado, muitas causas psicológicas para a transexualidade foram propostas, incluindo "mães superprotetoras e pais ausentes", "pais que almejavam uma criança do sexo oposto", "homossexualidade reprimida", "abuso sexual" ou uma variedade de "perversões sexuais".

Nenhuma dessas teorias, entretanto, pôde ser aplicada para a maiorias das pessoas transexuais, normalmente nem mesmo para uma significante minoria. Muitas teorias também foram desenvolvidas para caracterizar uma mulher transexual (MtF), e quando aplicada a homens transexuais (FtM) normalmente funcionaram menos ainda. Um exemplo foi a teoria de Ray Blanchard de que todas as mulheres transexuais (MtF) poderiam ser divididas nas categorias autoginefílica e homossexual. Muitas teorias foram também aplicadas a homossexuais e também não funcionaram. Isso abriu caminhos para teorias que consideram razões físicas para essa disforia de gênero.

Experiências com indivíduos que foram cirurgicamente redesignados no nascimento (com o intuito de corrigir deformidades, como as causadas por castrações acidentais) sugerem fortemente que a identificação de gênero mental é determinada no nascimento - indivíduos nascidos machos mas criados como fêmeas muitas vezes demonstram os mesmos sintomas de disforia de gênero que transexuais.

[editar] "Curando" a transexualidade

Tratamentos psicológicos com vistas a curar a transexualidade são historicamente conhecidos por serem sempre malsucedidos. Por volta de 1972, o Comitê da Associação Médica Americana para a Sexualidade Humana publicou texto afirmando que a psicoterapia era ineficiente para transexuais adultos, e que a Terapia de Redesignação Sexual era mais útil. (Human Sexuality. The American Medical Association Committee on Human Sexuality. Chicago. 1972.) Numerosos outros tratamentos foram usados no passado, sendo agora considerados ineficientes para pessoas com significante e persistente identidade de gênero invertida, incluindo terapia de aversão, medicamentos psicoativos, terapia eletroconvulsiva, tratamentos hormonais consistentes com o gênero do nascimento e mesmo a simples psicoterapia.

Terapia reparativa, conhecida por seu uso em pessoas gays e lésbicas, foi também aplicada em transgêneros e transexuais, já que variações de comportamento de gênero são vistas por proponentes de terapia reparativa como uma extrema forma de homossexualidade (uma visão que há muito tempo já desapareceu de quase todos os discursos científicos). Enquanto a Escala Kinsey expressa uma visão similar, a comunidade científica hoje rejeita essa parte da Teoria de Kinsey, tornando a terapia reparativa tão inútil para pessoas transexuais como o é para gays e lésbicas. Apesar de muitas das associações profissionais médicas virem repetidamente tachando a terapia reparativa não apenas de ineficiente, mas também danosa, seu uso continua a ser incentivado como tratamento tanto para homossexuais como para transexuais por muitas organizações ligadas ao Movimento Cristão Conservador.

Entretanto, é preciso lembrar que nem todas as terapias que tencionam resolver conflitos de gênero são negativas. Algumas pessoas podem ter leves conflitos entre identidade de gênero e suas características sexuais físicas. Esses indivíduos podem não almejar submeter-se a uma Terapia de Redesignação Sexual, mas podem buscar tratamentos para ajudar a lidar com os conflitos que enfrentam. Se os indivíduos expressam o desejo por tratamento psicológico sem se submeter à (Cirurgia de Redesignação Sexual) - CRS, o conselho psicoeducacional pode ajudar. Ainda, algumas pessoas transexuais que venham a ter durante suas vidas um significante conflito entre identidade de gênero e seu sexo corporal, podem apresentar-se para tratamento hormonal sem necessariamente requisitar uma CRS. Suas razões para não se submeterem à transição completa podem incluir família, atividade profissional, percepção da dificuldade de transicionar-se, crenças religiosas, inabilidade de financiar uma transição e mesmo idade avançada ou problemas médicos crônicos. Independentemente das razões, se tal decisão é consistente, ela deve ser respeitada.

[editar] Causas físicas

Há uma teoria que afirma que há causas físicas para a transexualidade. Muitas pessoas transexuais assim o defendem porque clamam que se sentem como uma garota ou como um garoto desde que se reconhecem por gente. Entretanto, estudos na área de gênero cerebral têm sido esparsos.

Evidências interessantes vêm de numerosos estudos demonstrando que a exposição a hormônios sexuais cruzados durante o desenvolvimento podem seguramente garantir a produção de comportamentos sexuais cruzados em animais. Adicionalmente, estudos em gêmeos têm demonstrado uma forte origem hereditária para a transexualidade. (Concordance for Gender Identity among Monozygotic and Dizygotic Twin Pairs. Diamond, M and Hawk, S. American Psychological Association 2004 Annual Meeting. July 28 - August 1, 2004, Honolulu, Hawaii.) Esse estudo provê evidências mais sugestivas de que a transexualidade pode ser determinada em parte pela genética e pelo ambiente hormonal no útero.

Um estudo recente na Alemanha demonstrou algumas das mais fortes evidências de uma base física para a transexualidade. O estudo encontrou uma correlação entre raio digital e transexuais MtF (Masculino para Feminino). Em virtude de o raio digital estar diretamente relacionado à exposição hormonal prenatal, isso tende a sustentar teorias que o ligam a transexuais MtF.(Schneider, Pickel & Stalla 2005)

[editar] Objeções contra o estudo das causas físicas

Defensores de teorias de origem psicológica para a transexualidade questionam os estudos sobre as origens físicas. Isso porque eles argumentam que tais estudos pressupõem que a dualidade de gêneros (a idéia que que há apenas dois discretos, bem definidos e dicotômicos gêneros) é um fato estabelecido. Os críticos citam, entre outras coisas, estudos historiográficos e antropológicos apontando para o fato de que diferentes culturas possuem diferentes conceitos de gênero, alguns incluindo três ou mais gêneros.

O argumento principal contra o estudo de uma "causa" para a transexualidade é que este corrobora a legitimidade de haver congruência entre a identidade de gênero e a genitália externa. Estudos históricos mostram que a relação entre os genitais e a identidade de gênero mudam de cultura para cultura. Admitir que uma identidade de gênero variante é anômala (e que o estudo das causas deveria ser feito), distorce a visão da ciência e contribui para a estigmatização das pessoas com gêneros não-conforme os padrões.

Um contra-argumento básico para o exposto acima é que a origem física não pressupõe a existência de apenas dois gêneros, nem mesmo que a não-incongruência entre identidade de gênero e genitália se configurariam como uma anomalia. Toda pressuposição de anomalia na ciência parte exclusivamente de um viés humano.

O problema está na pura e rígida divisão entre construção física e construção psíquica. A dualidade de gêneros é uma contrução humana, assim como o é a dualidade de sexos. Fisicamente, ninguém é estritamente masculino ou feminino como convencionado pelo patriarcalismo. A intersexualidade é o exemplo mais óbvio de pessoas com constituições não exclusivamente masculinas ou femininas. Mas basta observar a variedade de físicos das pessoas que nos rodeiam, e a própria constituição biológica de homens e mulheres, a similaridade dos corpos, para compreender que homens e mulheres não são estrita e biologicamente definidos. As diferenciações físicas entre homens ou mulheres mais fortes são causadas principalmente pelos hormônios sexuais. A proximidade ou não entre um e outro se dá pela proporção hormonal. Ativistas intersexuais urgem pela não anomalização das condições intersexuais e clamam pelo fim de intervenções cirúrgicas "estéticas".

Por esse viés, o estudo das causas físicas antes de estigmatizar todos/as os/as que não se conformam com uma rígida divisão de gêneros tende a defender a não-binariedade tanto física quanto psíquica. Outro problema está na confusão entre identidade de gênero x papel social de gênero. Para esclarecimentos nesse assunto veja identidade de gênero.

[editar] Terapia de redesignação sexual

Grande parte dos homens e das mulheres transexuais sofre psicologica e emocionalmente devido ao conflito entre identidade de gênero, seu papel de gênero original e sua anatomia. Encontram como única saída a mudança de seus papéis de gênero e a passagem por uma terapia de redesignação sexual. Isso pode incluir o uso de hormônios para modificar suas características sexuais secundárias, ou mesmo se submeter a uma terapia de redesignação sexual para alterar as características sexuais primárias (as que estão tipicamente presentes no nascimento e estão diretamente envolvidas na reprodução).

[editar] Tratamento psicológico

Tratamentos mentais que tencionam alterar a identidade de gênero para a do sexo designado no nascimento foram universalmente provados como ineficientes. É normalmente aceitável, assim, que o única maneira viável de tratamento efetivo para transexuais é a terapia de redesignação de gênero.

A necessidade de tratamento físico é enfatizada pela alta taxa de distúrbios mentais, como depressão e vários problemas adicionais, assim como uma taxa de suicídio entre pessoas transexuais não tratadas muitas vezes acima da taxa média da população em geral. Muitos desses problemas, na maioria dos casos, desaparecem ou decrescem significantemente depois das mudanças nos papéis de gênero.

Não só ativistas transexuais e transgêneros, mas também muitos psicólogos, entretanto, apontam que os referidos problemas normalmente não apresentam apenas relação com a identidade de gênero em si, mas estão também relacionados ao fato de ter de lidar socialmente com tais questões. Além disso, essas complicações são muito mais prováveis de serem diasgnosticadas em transexuais que na população em geral, porque pessoas transexuais são normalmente requeridas a visitar um psicoterapeuta para obter concessão para sua hormonoterapia e cirurgia de Redesignação Sexual - CRS.

Um crescente número de pessoas transexuais e transgêneros se ressentem ou até mesmo se recusam em buscar tratamento psicológico, muitas vezes obrigatório, pelo fato de a disforia de gênero não ser curável por meios psicológicos, servindo sim como terapia de aconselhamento e acompanhamento de todo o processo de transição de gênero. Elas acreditam que não possuem outros problemas que necessitem tratamentos. Isso, entretanto, pode causar significantes problemas quando tentam obter tratamento físico, como a hormonoterapia, visto que estes só são possíveis legalmente com a anuência médica.

Relatórios de terapeutas revelam que a maioria dos/as transexuais não acreditam que precisam de tratamento psicológico, mas se submetem a tais demandas para obter direitos que são concedidos apenas através de consultas médico-psicológicas. Questões legais como mudança legal de sexo nos documentos, e a própria cirurgia de redesignação sexual, são normalmente impossíveis de obter sem a aprovação médica. Isso leva à inevitabilidade de que transexuais venham a se sentir sob coerção na confirmação dos preestabelecidos sintomas típicos de transexualidade, como auto-rejeição, impotência e preferência sexual, a fim de garantir a quebra das barreiras médicas e legais. Muitas vezes, transexuais têm de encarar a pouco atraente opção de permanecer "invisíveis" socialmente, e sem direitos legais e possivelmente com documentação incongruente, ou submeter-se à burocrática hierarquia médica para obter seu status legal de gênero.

[editar] Requerimentos para tratamento de redesignação de gênero

As demandas para o início da terapia hormonal variam muito. Muitas vezes, um período mínimo de aconselhamento psicológico ou um tempo vivendo no papel social de gênero desejado é necessário a fim de garantir que o/a transexual possa psicologicamente viver em tal papel. Isso nem sempre é possível, especialmente para homens transexuais (FtM), que não têm como passar nesse período sem hormônios. Mulheres transexuais (MtF) podem também requerer hormônios para poderem ser vistas socialmente como mulheres. Esse período de tempo é normalmente chamado de Teste da Vida Real (Real Life Test, em inglês). A mais recente revisão dos Padrões de Tratamento da HBIGDA reconhece essa limitação para algumas pessoas transgêneras. Assim, os Padrões de Tratamento atestam que os pacientes podem ser aprovados para a transição de gênero após um certo período de vida em gênero trocado (vivendo no gênero-alvo), ou mesmo após um período de diagnóstico psicoterapêutico - geralmente três meses, pelo menos. Alguns médicos podem prescrever hormônios para qualquer paciente que requeira; entretanto, muitos são extremamente relutantes em fazê-lo, especialmente para mulheres transexuais, nas quais algumas mudanças induzidas por hormônios podem se tornar fisicamente irreversíveis dentro de algumas semanas. Contrariamente, homens transexuais precisam normalmente tomar hormônios por muitos meses antes que qualquer mudança irreversível apareça.

No Brasil poucos são os centros médicos preparados e aptos a lidar com a questão transexual, estando estes apenas nas grandes cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, entre outras. Também raros são os médicos dispostos a ajudar transexuais em sua busca por tratamentos assistidos. Assim, muitas pessoas transexuais se vêem obrigadas a iniciar o tratamento hormonal sem supervisão médica, apesar dos riscos que isso implica.

Alguns cirurgiões que realizam a Cirurgia de Redesignação Sexual podem requerer ao paciente que viva no gênero desejado em todas as formas que forem possíveis dentro de um período de tempo (Teste da Vida Real) antes de iniciar a cirurgia. Isso é especialmente prevalente em cirurgiões asiáticos. No Brasil, normalmente o prazo requerido é de dois anos. Geralmente tanto endocrinologistas que prescrevem hormônios quanto cirurgiões que realizam a CRS podem requerer laudos e recomendações para tratamento de terapeutas. Entretanto, endócrinos e cirurgiões experientes podem às vezes prescindir desses requerimentos com pacientes que, pela sua evolução, são óbvios candidatos a tratamento.

[editar] Terapia de substituição hormonal

Tanto para homens quanto para mulheres transexuais a Terapia de Reposição Hormonal - TRH (Hormone Replacement Therapy - HTR, em inglês) causa o desenvolvimento de algumas características sexuais secundárias do gênero desejado. Muitas das características sexuais primárias e secundárias já existentes não podem ser desfeitas pela TRH apenas. Por exemplo, seios irão crescer em mulheres transexuais (MtF), mas não vão regredir em homens transexuais (FtM). Entretanto, algumas características como distribuição de gordura corporal e muscular, assim como menstruação em homens transexuais podem ser revertidas pelo tratamento hormonal. Geralmente, esses aspectos são facilmente reversíveis, podendo retornar ante a cessação do tratamento hormonal, a menos que uma orquiectomia tenha ocorrido. Mais ainda, especialmente em mulheres transexuais, mas também em alguns homens transexuais, a cirurgia é requerida para prover um corpo estética e funcionalmente satisfatório. Mulheres transexuais na maioria das vezes requerem depilação extensiva, como a eletrólise ou laser, para remover pêlos faciais, e se necessário ou desejável, pêlos corporais.

[editar] Cirurgia de redesignação sexual

A Cirurgia de Redesignação Sexual - CRS (Sex Reassignment Surgery - SRS) é o procedimento tomado por homens e mulheres transexuais para que seu sexo anatômico seja coerente com sua identidade de gênero. Enquanto a Cirurgia de Redesignação Genital - CRG (Genital Reassignment Surgery - GRS) se refere apenas às cirurgias que corrigem a anatomia genital, a CRS pode se referir a todos os procedimento tomados por transexuais (genital, facial, corporal etc.).

Normalmente, a CRS custa bastante caro e quase sempre não é coberta por convênios de saúde públicos ou privados. Há também significantes riscos médicos associados à CRS que devem ser considerados por transexuais que anseiam pela cirurgia. Por esses e outros motivos, nem todas as pessoas transexuais se submetem a ela, embora continuem a viver no papel de gênero escolhido - gênero-alvo.

Algumas vezes, homens e mulheres transexuais são referidos como "pré-operados", quando não realizaram a CRS ou decidiram por não fazê-la, ou como "pós-operados", pessoas transexuais que já a realizaram. Um conceito mais moderno sugere que essa ênfase no status cirúrgico é um erro, e, assim, mais e mais pessoas se recusam a definir a si mesma a partir desse status cirúrgico. Isso vai na crença de que a CRS é apenas uma pequena parte de uma transição completa.

[editar] Transexuais e transgêneros publicamente conhecidos

A lista abaixo é de transexuais e transgêneros que de algum modo trouxeram benefícios para a sociedade, seja lutando em favor das minorias, seja como pessoas públicas que se destacam artística, cultural, científica ou politicamente:

Brasil

China

Dinamarca

  • Lili Elbe, transexual pioneira do século XIX.

Espanha

Estados Unidos

França

Países Baixos

  • Kelly van de Veer, atriz e modelo.

Índia

Irã

  • Maryam Khatoon Molkara, militante

Israel

Itália

Nova Zelândia

Portugal

[editar] Termos relacionados

  • Travesti: pessoa com identidade de gênero incongruente com o sexo designado no nascimento, mas que não almeja submeter-se à Cirurgia de Redesignação Sexual.
  • Transgênero: termo que inclui pessoas transexuais, travestis, andróginas e todas as outras cuja identidade de gênero seja incongruente com o sexo designado no nascimento.
  • Identidade de Gênero: é o sentimento de pertencimento a um gênero, que não necessariamente condiz com o sexo anatômico.
  • Papel Social de Gênero: diz respeito aos elementos socialmente delimitadores do que é típico do comportamento masculino ou feminino.
  • Orientação Sexual: refere-se à capacidade de atração sexual ou romântica que uma pessoa pode sentir por outra do gênero oposto ou do mesmo gênero.
  • Androginia: característica da pessoa que tem ao mesmo tempo as feições de ambos os sexos, não parecendo nem só masculina, tampouco só feminina.
  • Crossdresser: necessidade fetichista de se vestir com roupas do sexo oposto para satisfação sexual.
  • Drag queen: pessoa que se traveste do sexo oposto para fins geralmente humorísticos.
  • Gay: desejo erótico e afetivo de homens por homens.
  • intersexualidade: o fato de possuir o sexo externo (pênis, vagina) e/ou interno (óvulos, testículos) indefinidos ou de ambos os sexos.
  • Lesbianismo: desejo erótico e afetivo de mulheres por mulheres.

[editar] Ligações externas

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