Abelardo Barbosa
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José Abelardo Barbosa de Medeiros (Surubim, 20 de janeiro de 1916 — Rio de Janeiro, 30 de junho de 1988), o Chacrinha, foi um comunicador de rádio e televisão brasileiro, além de apresentador de programas de auditório, sucesso na TV dos anos 50 aos 80.
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[editar] Infância
Aos 10 anos de idade, mudou-se com a família para Campina Grande, na Paraíba. Aos 17, foi estudar no Recife. Começou a cursar faculdade de Medicina em 1936 e, no 3º ano, teve o seu primeiro contato com o rádio ao dar uma palestra sobre alcoolismo.
[editar] Início da Carreira
Interrompeu os estudos e foi para o Rio de Janeiro, onde se tornou locutor na Rádio Tupi. Em 1943, lançou na Rádio Fluminense um programa de músicas de Carnaval chamado Rei Momo na Chacrinha, que fez muito sucesso. Passou então a ser conhecido como Abelardo Chacrinha Barbosa. Nos anos 50 comandaria o programa Cassino do Chacrinha, no qual lançou vários sucessos da música brasileira como Estúpido Cupido de Celi Campelo e Coração de Luto, do artista gaucho Teixerinha.
[editar] Carreira televisiva
Em 1956 estreou na televisão com o programa Rancho Alegre, na TV Tupi, na qual começou a fazer também a Discoteca do Chacrinha. Em seguida foi para a TV Rio e, em 1970, foi contratado pela Rede Globo. Chegou a fazer dois programas semanais: A Buzina do Chacrinha (no qual apresentava calouros, distribuía abacaxis e perguntava "-Vai para o trono, ou não vai?") e Discoteca do Chacrinha. Dois anos depois voltou para a Tupi. Em 1978 transferiu-se para a TV Bandeirantes e, em 1982, retornou à Globo.
[editar] Frases e bordões
Uma frase sua que era muito citada afirmava que "Na televisão nada se cria, tudo se copia".
Alcançou grande popularidade com os seus programas de calouros, nos quais apresentava-se com roupas engraçadas e espalhafatosas, acionando uma buzina de mão para desclassificar os calouros e empregando um humor debochado, utilizando bordões e expressões que se tornariam populares, como "Teresinha!", "Vocês querem bacalhau?" e "Quem não se comunica, se trumbica!".
[editar] Jurados e as "chacretes"
Os jurados ajudavam a criar o clima de farsa, no qual se destacaram Carlos Imperial, Aracy de Almeida,Rogéria, Elke Maravilha e Pedro de Lara, dentre muitos outros.
Outro elemento para o sucesso dos programas para TV eram as chacretes - dançarinas, que faziam coreografias bastante simples e ingênuas para acompanhar as músicas. Além da coreografia ensaiada, as dançarinas recebiam nomes exóticos e chamativos como Rita Cadillac, Índia Amazonense, Suely Pingo de Ouro, Fernanda Terremoto, etc. Apesar de vestidas de forma decorosa e rigorosamente acompanhadas pelo apresentador que lhes vetava, por exemplo, encontraram-se com fãs, elas fizeram parte do universo erótico de gerações de espectadores do programa.
[editar] Carnaval e morte
Anualmente, lançava em seu programa uma marchinha para o Carnaval. Conhecido como Velho Guerreiro, em 1987 foi homenageado pela Escola de Samba carioca Império Serrano. Faleceu de infarto aos 72 anos, no Rio de Janeiro.