Albert Leo Schlageter
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Albert Leo Schlageter (12 de Agosto de 1894 em Schönau im Schwarzwald, (Baden - 16 de Maio de 1923 na mata do município de Golzheimer Heide próximo a Düsseldorf) foi membro da Freikorps Alemã e mártir para os nacionais socialistas. Chamam-no de "O primeiro soldado do terceiro Reich"
[editar] Vida
Schlageter nasceu em 1894 no Sudoeste da Alemanha, seus pais eram rigorosamente e fervorosamente Católicos. Após a erupção da Primeira Grande Guerra Leo tornou-se voluntariado. Nela participou de várias batalhas, com destaque para a de Ypres (1915), Somme (1916) e Verdun. Depois destas foi promovido a segundo Tenente de artilharia e tomou parte na terceira batalha de Ypres (1917), mais conhecida por Batalha de Passchendaele. Ao fim da guerra, ao sair do exército, Schlageter inscreveu-se como estudante de Ciências Políticas na universidade de Freiburg, entretanto estudou-a por apenas um ano. Neste período também se tornou membro de um Católico grupo de estudantes de extrema direita. Em breve Albert também se filiaria ao Freikorps e novamente tomaria parte em obscuros acontecimentos, como o Kapp-Lüttwitz Putsch e combates entre militares e facções comunistas que estavam estarrecendo a Alemanha. Em 1922 sua unidade da Freikorps na alta Silésia fundiu-se com o NSDAP, vale ressaltar que como membro da Freikorps Schlageter participou de ações militares em Riga, na Alta Silésia e no Ruhr ao lado de Ernest Von Salomon na "Sturmsoldaten" (Soldados de Assalto) e na "Bund ehemaliger Erhardt-Offiziere" (Liga de antigos oficiais de Erhardt), no caso Erhardt era o capitão de corveta Hermann Erhardt que havia organizado na base de Wilhelmshaven a segunda brigada da marinha, para reprimir os invasores e participar do 'Putsch' de Kapp. Durante a ocupação do Ruhr (Ruhrkampf-batalha do Ruhr) em 1923, Leo liderou uma patrulha de combate paramilitar ("Schwarze Reichswehr" (Exércitos Negros)), que tentou resistir à ocupação das forças francesas por meio de sabotagem. Determinada cifra de trens foram descarrilados com o objetivo de impedir o abastecimento, ou seja a logística das tropas francesas, chegando até a explodir um viaduto. Tal viaduto era economicamente vital para os franceses, pois era por meio deste que eles repreendiam, pressionavam e cobravam dos alemães as atrasadas indenizações de guerra, além disto sua posição era estratégica, tanto geopolítico como sócio-economicamente.
Em 7 de Abril de 1923 Schlageter foi traído, possivelmente, por seus próprios camaradas de patente e combate, sendo portanto preso e julgado por uma corte marcial francesa em 7 de Maio de 1923. Foi condenado a morte, sendo executada a sentença na manhã do dia 26 de Maio do mesmo ano, numa mata próxima a Düsseldorf .
No dia 8 de Maio, um dia depois de seu julgamento, Albert escreveu para seus pais: "De 1914 até hoje tenho sacrificado toda minha força em prol de minha terra natal, por amor e pura lealdade que cultivo pela mesma. Não fui líder de gangue, mas em quieto labor procurei ajudar a Alemanha. Não cometi crimes comuns e ou assassinatos.".
A veracidade desta declaração pode ser posta em dúvida, tendo em vista que o mesmo esteve envolvido em assassinatos de possíveis informantes.
Pouco depois da morte de Schlageter, Rudolf Höß assassinou o suposto traidor, Walther Kadow, sendo auxiliado por Martin Bormann. Entretanto, enquanto aquele foi encarcerado por 10 anos, este recebeu apenas um ano de detenção.
[editar] Mitificação do herói (Deutsch-völkische)
Após sua execução, Schlageter tornou-se herói (“junge deutschen Helden”- Jovem herói alemão) para muitas camadas da sociedade germânica. Entretanto o Partido Comunista Alemão procurou ridicularizá-lo, fazendo emitir um discurso escrito por Karl Radek, descrevendo-o como uma figura fanática, enganada, desequilibrada e desorientada. Porém, foi o partido Nazista que mais a fundo explorou a história de Schlageter. Todos os anos no dia 26 de Maio, cerimônias eram construídas e realizadas em sua memória, para que pudessem lamentar seu trágico destino e para que a população pudesse cultuar esta personalidade tão ímpar.
Após 1933 Albert tornou-se um dos principais heróis do regime Nazista. Hans Johst, escreveu o livro "Schlageter", que abordava o heróico drama acerca dos fatídicos acontecimentos da história de Albert. O supracitado livro foi dedicado a Hitler e apresentado como uma peça em seu primeiro aniversário como ditador e detentor plenipotenciário, em 20 de Agosto de 1933, a mesma representou um grandioso manifesto teatral do movimento Nazista, artifício explorado e propalado pelo Ministro da Propaganda e Cultura Joseph Goebbels. A representação teatral da vida de Schlageter baseada na obra de Johst e portanto, na sua vida, foi de tão impactante sucesso que a mesma foi re-apresentada durante 12 anos, ou seja, até 1945.
É interessante ressalvar que várias empreitadas e unidades militares foram nomeadas ou renomeadas em homenagem a Schlageter, incluindo a unidade de combate da Luftwaffe Jagdgeschwader 26 Schlageter e o navio "Albert Leo Schlageter".