Arianismo
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- Nota: Esta página é sobre uma heresia e o conflito religioso no interior do cristianismo. Se procura outros significados da mesma expressão, consulte Arianos (desambiguação).
O arianismo foi uma visão Cristológica sustentada pelos seguidores de Arius nos primeiros tempos da Igreja Cristã, que negava a existência da consubstancialidade entre Jesus e Deus, que os igualasse, fazendo do Cristo antes um homem do que uma "pessoa divina". O Concílio de Niceia (325 D.C.) condenou esta doutrina após uma grande controvérsia e declarou-a herética. No entanto, visões semelhantes e em alguns casos revivificação do nome, ocorreram desde então.
[editar] Século quarto
Uma carta de Auxentius, um Bispo de Milão do século IV, referindo-se ao missonário Ulfila, apresenta a uma descrição clara das crenças Arianas da natureza divina: Deus, o pai, nascido antes do tempo e criador do mundo era separado de um Deus menor, o Cristo, criado. O pai, trabalhando com o filho, criaram o espírito santo, que era subserviente do filho como o filho era subserviente do pai.
O ensino da Bíblia sobre esta controvérsia pode ser resumido como: Deus, o Pai (eterno), sempre existente, nascido antes do tempo e criador do mundo é totalmente distinto do Filho, o Cristo, criado. O espírito santo, é a força do Pai, em ação, usada para criar o Universo sendo retratada nas escrituras como impessoal (dedo de Deus, pomba, etc). A principal causa da controvérsia ariana foi a idéia de que o arianismo pregava uma pluralidade de deuses, o que não ocorria. Segundo a definição da palavra, "deus" significa poder e qualquer pessoa que tenha um certo poder é chamada assim na Bíblia. Em contraste apenas o Pai é considerado o Deus Todo-Poderoso. Anjos, juízes e outros em autoridade são chamados na Bíblia de "deuses", sem serem por isto adorados, atribuição dada pela Bíblia apenas ao Pai.
O conflito entre Arianismo e o Trinitarismo que se tornou dominante desde então foi a primeira dificuldade doutrinal importante na Igreja, após a legalização do Cristianismo pelo imperador Constantino I. Vendo que as disputas entre os cristãos poderiam causar uma ruptura no império Romano, Constantino determinou que o arianismo estava errado, determinou que era uma heresia e resolveu a questão política do império.
A um certo ponto do conflito, o Arianismo teve influência na família do imperador e nobreza imperial, e porque Ulfila era o apóstolo dos Godos, os Ostrogodos e Visigodos chegaram à Europa ocidental já Cristãos, mas arianos.
[editar] Reforma e Iluminismo
O nome Arianos, foi usado na Polónia para referir a seita Cristã Unitária, a irmandade polaca (Frater Polonorum). Eles inventaram teorias sociais radicais e foram precursores do Iluminismo.
[editar] Paralelos modernos
"Arianismo" tem sido um nome aplicado a outros grupos não-trinitários, desde então. Por exemplo, as Testemunhas de Jeová têm crenças similares. No entanto há uma maior analogia entre o Socianismo e as Testemunhas de Jeová, do que do Arianismo, porque os Socinianos, e as Testemunhas de Jeová, negam que Cristo deva ser adorado.