Diretoria de Ensino Preparatório e Assistencial

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A Diretoria de Ensino Preparatório e Assistencial (DEPA) é um órgão do Exército Brasileiro, sediada no Palácio Duque de Caxias, na cidade e estado do Rio de Janeiro.

Índice

1 Histórico
2 Missão
3 Visão de Futuro
4 Ver também

[editar] Histórico

Desde os primeiros tempos do Brasil como nação independente, os militares pleiteavam a criação de uma instituição encarregada de educar os filhos dos servidores do Exército e da Armada. Em 1840, no período regencial, com Araújo Lima surge o "Colégio Militar do Imperador". A idéia é nobre, mas não chega a se tornar uma realidade.

Alguns anos depois, o Duque de Caxias, como senador do Império, apresenta, em 1853, um projeto ao senado, criando um Colégio Militar na Corte. A idéia também não vinga. O mesmo Caxias, em 1862, insiste, novamente, na criação de uma Escola "... que amparasse os órfãos, filhos de militares da Armada e do Exército que participaram na defesa da Independência, da Honra Nacional e das Instituições". Mais uma vez, o desejo não se concretiza.

Apenas no final do Império, o Conselheiro Tomás Coelho, ex- Ministro da Agricultura, Comércio e Indústria,consegue a criação do Imperial Colégio Militar (Decreto Nº 10.102 de 9 de março de 1889). O educandário, em pouco tempo, se impõe dentro do cenário educacional do País. Em 1912, são criados mais dois Colégios Militares: o de Porto Alegre e o de Barbacena.

Reações contrárias aos novos estabelecimentos de ensino aconteceram. Nos orçamentos de 1915 e de 1916 são apresentadas emendas visando à extinção dos três Colégios Militares, então, existentes. Felizmente não logram êxito as duas tentativas e o Senador pelo Piauí, Abdias Neves, surge impávido em defesa daquelas instituições. Com base no judicioso parecer do Chefe do Estado Maior do Exército, General Bento Manoel Carneiro Monteiro, aprovado integralmente pelo então Ministro da Guerra, General José Caetano de Faria, o assunto é arquivado. E o que é melhor, anima o Governo Federal a criar o Colégio Militar do Ceará (Lei 3674, de 07 de janeiro de 1919).

Quatro estabelecimentos funcionam normalmente, quando por razões políticas, o CM de Barbacena é extinto em 1925 e os seus servidores distribuídos por outras organizações do Exército. Em 1938, novo golpe. Desta vez com a extinção dos Colégios do Ceará e de Porto Alegre. Resta apenas, o Colégio Militar do Rio de Janeiro.

Alguns anos depois, o Ministro da Guerra, General Henrique Teixeira Lott, inicia uma nova fase de progresso para o ensino colegial no Exército, criando o Colégio Militar de Belo Horizonte (1955), resgatando uma dívida de 30 anos com o povo mineiro. Nasce, também, o Colégio Militar de Salvador em 1957, já idealizado pelo Ministro Ciro do Espírito Santo Cardoso. Não fica aí o imenso labor do Ministro Lott. É criado o Colégio Militar de Curitiba em 1958 e, completando o ciclo, surge o Colégio Militar de Recife em 1959.

Os antigos Colégios de Porto Alegre e de Fortaleza foram transformados em Escolas Preparatórias e voltam a funcionar em 1962.

Entre avanços e recuos os anos passam e ocorrem novas modificações no Sistema Colégio Militar do Brasil. Na década de 70 é criado o Colégio Militar de Manaus (1971) e o de Brasília (1978), este já previsto em despacho de 1959 pelo então Presidente Juscelino Kubitschek.

A Diretoria de Ensino Preparatório e Assistencial - DEPA foi criada pelo Decreto nº 71.823, de 7 de Fevereiro de 1973 para coordenar as atividades de planejamento e condução do ensino desses Colégios.

Em 1988 são fechados o Colégio Militar de Belo Horizonte, o Colégio Militar de Salvador, o Colégio Militar de Curitiba e o Colégio Militar do Recife, que já prestavam relevantes serviços à educação.

A retomada do processo de crescimento dos Colégios Militares se deu durante o ministério do General Zenildo de Lucena, quando o General César Augusto Nicodemus de Souza assume a DEPA. São reativados, em 1993, os Colégio Militares de Curitiba, de Salvador, do Recife e de Belo Horizonte. E graças ao seu dinamismo e arguta visão dos problemas sociais são ainda criados, em 1993, os Colégios Militares de Juiz de Fora e de Campo Grande e, em 1994, o de Santa Maria.

Em 1989, um século depois da criação do primeiro Colégio Militar, as meninas são admitidas como alunas para cumprir as mesmas atividades curriculares dos meninos. No ano de 1995, forma-se a turma pioneira de alunas dos Colégios Militares. Anualmente, por ocasião dos concursos de admissão à 5ª série do Ensino Fundamental e 1ª série do Ensino Médio, moças e rapazes disputam as vagas disponíveis em igualdade de condições.

O Colégio tem hoje o seu ensino valorizado por uma destinação preparatória à Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), ao Instituto Militar de Engenharia (IME), à Escola Naval (EN), à Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx), à Academia de Força Aérea (AFA) e ao Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), além dos vestibulares às instituições de ensino superior e civis, sem perder a sua característica assistencial de acolher órfãos e dependentes de militares transferidos para as guarnições onde existam CM.

Em 2001 é criado o curso na modalidade de ensino a distância (CEAD), coordenado pelo Colégio Militar de Manaus, com a finalidade de oferecer o ensino fundamental de 5ª à 8ª séries aos dependentes de militares da região amazônica.

Em 2004 o Ensino à Distancia foi ampliado, sendo oferecido também, aos dependentes de militares em missão no exterior.

[editar] Missão

A DEPA tem a missão de: "Planejar, coordenar, controlar e supervisionar a condução da educação básica e a avaliação do processo ensino-aprendizagem nos Colégios Militares (CM), bem como estabelecer a ligação técnica com as organizações com encargos de ensino que lhe forem determinadas, para essas atividades."

A sua criação, em 07 Fev 1973, permitiu integrar todos os Colégios Militares num único sistema de ensino denominado Sistema Colégio Militar do Brasil, que forma um dos subsistemas do Sistema de Ensino do Exército.

[editar] Visão de Futuro

Ser reconhecida, em âmbito nacional, como um órgão de excelência no ensino básico e no desenvolvimento da cidadania.
Ser capaz de proporcionar aos discentes módulos de ensino à distância, dotados de modernas técnicas operacionais.
Ser capaz de proporcionar ao Exército pessoal qualificado e motivado, que cultive valores morais e éticos, incentivando nos discentes a vocação para a carreira militar.
Ser capaz de atender a todos os dependentes de militares de carreira do Exército.