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Fortaleza - Wikipédia

Fortaleza

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Nota: Para outros significados de Fortaleza, ver Fortaleza (desambiguação).
Fortaleza
A Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção que dá nome à cidade
"Fortal"
Brasão de Fortaleza
Bandeira de Fortaleza
Brasão Bandeira
Hino
Aniversário
Fundação 13 de abril de 1726
Gentílico fortalezense
Lema "Fortitudine"
Prefeito(a) Luizianne Lins
PT, no cargo até 2008
Localização
Localização de Fortaleza
03° 43' 01" S 38° 32' 34" O
Estado Ceará
Mesorregião Metropolitana de Fortaleza
Microrregião Fortaleza
Região metropolitana Fortaleza
Municípios limítrofes Caucaia, Maracanaú, Itaitinga, Eusébio e Aquiraz
Distância até a capital 2.285 quilômetros
Características geográficas
Área 313,140 km²
População 2.416.920 hab. est. 2006
Densidade 7.718,3 hab./km²
Altitude 21 metros
Clima semi-árido
Fuso horário UTC -3
Indicadores
IDH 0,786 PNUD/2000
PIB R$ 15.797.377.000,00 IBGE/2004[1]
PIB per capita R$ 6.536,16 IBGE/2004

Fortaleza é a capital do estado nordestino do Ceará. Seu nome tem como referência o Forte Schoonenborch construído pelos holandeses durante a ocupação em 1649. Batizada de Loira desposada do Sol, pelos versos do poeta Paula Ney, Fortaleza é a quarta maior capital do Brasil em população e um importante centro industrial, comercial e turístico do Nordeste. É sede do Banco do Nordeste e do DNOCS, além de ser a capital brasileira com a maior concentração demográfica.

A Região Metropolitana de Fortaleza tem cerca de 3.415.455 milhões de habitantes, sendo umas das cinco maiores áreas urbanas do Brasil. Seu aeroporto é o Aeroporto Internacional Pinto Martins. É por ele que chegam à cidade o maior número de turistas.

A cidade localiza-se no litoral do Estado, a uma altitude média de 21 metros, e é centro de um município de 313,8 km² de área e 2.374.944 habitantes (densidade demográfica de 7.587,68 hab/km²). Seu principal estádio de futebol é o Castelão. É a terra natal de José de Alencar, Rachel de Queiroz e Humberto de Alencar Castello Branco.

Índice

[editar] Geografia e meio ambiente

O meio ambiente de Fortaleza tem características semelhantes às que ocorrem em todo o litoral do Brasil. O clima é ameno com temperatura anual média de 26,5°C. A vegetação predominante é de mangue e restinga tendo o Parque Ecológico do Cocó como a maior área verde da cidade. Seu relevo tem altitude média de 21 metros e o maior rio é o Cocó.

[editar] Clima

Apesar de estar inserida no clima semi-árido, sua localização modifica esta realidade por estar entre serras próximas fazendo com que as chuvas de verão ocorram com mais freqüência na cidade e entorno do que no resto do Estado. A temperatura média anual é de 26,5ºC. Sendo dezembro o mês mais quente e julho o mais frio, quase com as mesmas temperaturas. A média pluviométrica é de 1500 mm aproximadamente.

Sem ter as estações do ano bem definidas, tem-se apenas a época chuvosa, de janeiro a junho e a seca de julho a dezembro. O mês mais chuvoso é abril (310 mm) e o mais seco é novembro (13 mm) Com a maior parte do solo arenoso, a agricultura torna-se de pouco expressão econômica e já na década de 1990 toda a extensão do município foi considerada área urbana.

[editar] Vegetação

Os contrastes mostram as construções em roxo ou róseo claro, as vias em tons de azul escuro, quase preto, e as áreas verdes. Os tons de róseo e vermelho são áreas de clima seco (caatinga) — Articulação compatível com a escala 1:50.000 (IBGE).
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Os contrastes mostram as construções em roxo ou róseo claro, as vias em tons de azul escuro, quase preto, e as áreas verdes. Os tons de róseo e vermelho são áreas de clima seco (caatinga) — Articulação compatível com a escala 1:50.000 (IBGE).

A vegetação de Fortaleza é tipicamente litorânea com áreas de mangue e restinga. As áreas de restinga encontram-se nas proximidades das dunas ao sul da cidade e perto da foz dos rios Ceará, Cocó e Pacoti. Nos leitos destes rios a mata predominante é a de mangue. Estas matas estão protegidas por lei e formam a maior área verde da cidade. Infelizmente essas leis não são cumpridas como deveriam e constantemente é possível ver novas construções perto do Rio Cocó. O Rio Cocó e seu leito formam a maior área de mangue de Fortaleza formando o "Parque do Cocó", localizado a centro-leste de Fortaleza. São 1.155,2 hectares de área verde. Ao norte está localizada a foz do rio Cocó e ao sul a área de Mangue do rio Pacoti. Nas demais áreas verdes da cidade já não existe mais a vegetação nativa, constituindo-se ela de vegetação variada com árvores frutíferas em grande parte.

[editar] Hidrografia

O Rio Cocó deságua em um manguezal que cria uma das paisagens ecológicas mais belas de Fortaleza.
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O Rio Cocó deságua em um manguezal que cria uma das paisagens ecológicas mais belas de Fortaleza.

Fortaleza tem várias lagoas e rios. Entre as lagoas as maiores e mais importantes são a da Parangaba, conhecida por sua feira de variedades; a da Messejana onde encontra-se a maior estátua de Iracema de Fortaleza; e as do Opaia, Maraponga e Porangabussu, que são importantes pólos de lazer da cidade.

Fortaleza é cortada por dois rios e alguns riachos. O rio Ceará desemboca na praia da Barra do Ceará, mas não passa por dentro da cidade. O rio marca a divisa com o município de Caucaia onde existe a Área de Proteção Ambiental do Estuário do rio Ceará com características de mangue. O rio Maranguapinho é o maior afluente do rio Ceará. Nasce na Serra de Maranguape, com extensão de 34 quilômetros dos quais 17 estão dentro de Fortaleza. O riacho Pajeú é historicamente o córrego em que se assentou a cidade. Restam somente duas áreas verdes às margens do rio: a primeira por trás da antiga sede da prefeitura, no centro, e a segunda próxima à administração da Câmara de Dirigentes Lojistas — CDL de Fortaleza. O rio Cocó é o mais importante rio de Fortaleza. Perto de sua foz foi criado em 1989 e ampliado em 1993 o Parque do Cocó. Esta é a área verde mais importante da cidade. Um de seus afluentes é o rio Coaçu que deságua junto da foz do Cocó. O Coaçu faz a divisa de Fortaleza com o Eusébio em uma área na qual o leito do rio forma a maior lagoa de Fortaleza, a lagoa de Precabura. O rio Pacoti faz a divisa de Fortaleza com Aquiraz, as margens com seus manguezais formam hoje a Área de Proteção Ambiental do rio Pacoti.

[editar] Litoral

Vista da Praia do Meireles.
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Vista da Praia do Meireles.

O litoral de Fortaleza tem uma extensão de 34 quilômetros com um total de 15 praias. Tem como limites a foz dos rios Ceará ao norte e Pacoti ao sul. Outros rios e riachos que deságuam no litoral são: Riacho Pajeú, Riacho Maceió e o Rio Cocó. A Praia da Barra do Ceará é a praia que faz o limite de Fortaleza com a cidade de Caucaia localizada ao norte. Tem esse nome por ser a foz do rio Ceará. O local tem muita importância para a história da cidade porque foi o primeiro lugar onde o açoriano Pero Coelho de Sousa fez uma incursão em 1603 construindo o Fortim São Tiago. A Praia de Iracema tem uma das noites mais agitadas com seus bares e alguns prédios históricos como a Igreja de São Pedro, o Estoril e a Ponte Metálica além de galerias de arte e o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura. Também é local da prática de surfe e pesca. Na Praia do Meireles encontra-se a avenida "Beira Mar" que vai até o Mucuripe. Nela está a principal concentração de hotéis da cidade. O Clube Náutico é um marco desta praia. Acontece em frente deste clube, todos os dias, a feira de artesanato mais conhecida da cidade. A Volta da Jurema é o local mais nobre do litoral de Fortaleza. O Mucuripe é famoso por sua comunidade de pescadores e pela composição de Raimundo Fagner que retrata a jangada e o jangadeiro. Todos os dias, à tarde e de manha cedo, é possível ver a partida e a chegada dos pescadores. Tem um movimentado mercado de peixes e mariscos. Nele também existe a mais antiga estátua de Iracema e Martim da cidade, inaugurada em 1965. Logo depois do Mucuripe fica a Praia do Titãzinho que é famosa pela prática do surfe que revelou talentos como "Tita" e "Fabinho". A Praia do Futuro é uma das mais visitadas pelos turistas. Tem uma longa extensão ocupada por muitas "barracas" que são restaurantes especializados em frutos do mar. Um evento típico de Fortaleza é a Caranquejada todas às quintas-feiras. O Parque Estadual Marinho da Pedra da Risca do Meio fica distante do Porto do Mucuripe cerca de 10 milhas náuticas, ou 50 minutos.

[editar] História

Ver artigo principal: História de Fortaleza.

[editar] Primeiros europeus

Gravura atribuída ao holandês Frans Post do Forte São Sebastião 1645.
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Gravura atribuída ao holandês Frans Post do Forte São Sebastião 1645.

O início da ocupação do território onde hoje se encontra Fortaleza data do ano de 1603, quando o português Pero Coelho de Sousa aportou na foz do Rio Ceará. Naquelas margens ergueu o Fortim de São Tiago e deu ao povoado o nome de Nova Lisboa, mas devido a vários fatores, como ataques de índios, falta de recursos e a primeira seca registrada na História do Ceará (entre 1606 e 1607), Pero Coelho acabou abandonando a região. Anos mais tarde, com o objetivo de expulsar os franceses do litoral do Nordeste, mais especificamente do Maranhão, chegou aqui o português Martim Soares Moreno em 1613, quando recuperou e ampliou o Fortim de São Tiago, e deu ao novo forte o nome de Forte de São Sebastião. Em 1637 houve a tomada holandesa do forte São Sebastião. Em 1649 uma nova expedição holandesa no Ceará construiu, às margens do Rio Pajeú, o Forte Schoonenborch, começando nesse momento, a história de Fortaleza, sendo responsável por seu início, o comandante holandês Matias Beck. Em 1654 os holandeses foram expulsos e o forte foi rebatizado de Fortaleza de Nossa Senhora de Assunção.

[editar] O surgimento da vila

Gravura atribuída ao holandês Algemeen Rijksarchief do Fort Schoonenborch de 1649.
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Gravura atribuída ao holandês Algemeen Rijksarchief do Fort Schoonenborch de 1649.

No ano de 1699 uma Ordem Régia de 16 de fevereiro criava a primeira vila no Ceará. Esta ordem não especificou qual o local exato da vila nova e por isso algumas vilas disputaram entre si a sede da comarca, mas dentre elas Aquiraz foi a que acabou sendo reconhecida. Com um ataque de índios à vila de Aquiraz, a vila do forte acabou sendo o refúgio dos sobreviventes e em 1726, o povoado do forte foi elevado à condição de vila. Em 1759 o Marquês de Pombal expulsa os jesuítas da Companhia de Jesus e os aldeamentos indígenas de Poramgaba e São Sebastião de Paupina, comandados pelos jesuítas, são elevados a condição de vila respectivamente Vila Nova de Arroches e Vila Nova de Messejana. No ano de 1777 o Capitão-Geral José César de Menezes mandou realizar um censo, que relatou uma população de 2.874 habitantes na vila de Fortaleza. Este ano e o seguinte foram anos de seca a qual dizimou quase todo o rebanho bovino da indústria de charque do Ceará. O golpe final no charqueado foi a seca que durou de 1790 a 1794. Em 1799 a Província do Ceará foi desmembrada da Província de Pernambuco e Fortaleza eleita capital.

[editar] Capital e primeiro desenvolvimento

Detalhe de Perspecto da Villa da Fortaleza de 1811.
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Detalhe de Perspecto da Villa da Fortaleza de 1811.

Com o definhar da indústria da carne seca, a autonomia administrativa do Ceará e as conseqüências da Revolução Americana de 1776, o que se viu no começo do século XIX foi o surgimento da cultura do algodão. Em 1810 chega a Fortaleza o viajante inglês Henry Koster. Com o aumento das navegações direto com a Europa é criada em 1812 a Alfândega de Fortaleza. Ainda em 1812 tem início a reforma da fortaleza — planejada pelo tenente-coronel de engenharia, Antônio José da Silva Paulet — e também a construção do primeiro mercado da cidade e no ano seguinte do primeiro chafariz. Um ano após a Independência do Brasil, em 1823, Fortaleza passou à condição de cidade nomeada pelo Imperador Dom Pedro I de "Fortaleza de Nova Bragança" retornando posteriormente ao seu nome original, Fortaleza de Nossa Senhora de Assunção. Em 1824 Fortaleza foi palco da disputa entre o Império e os revolucionários da Confederação do Equador. Com a derrota dos confederados, alguns de seus líderes, como João Andrade Pessoa Anta e o Padre Mororó, dentre outros, foram executados no Passeio Público.

A partir do Segundo Império, com a política centralizadora de Dom Pedro II, Fortaleza torna-se mais importante perante outras cidades do estado. Entre os anos de 1846 e 1877 a cidade passa por um período de enriquecimento e melhoria das condições urbanísticas da cidade com a exportação do algodão e a execução de diversas obras, tais como a criação do Liceu do Ceará e o Farol do Mucuripe em 1845, Santa Casa de Misericórdia em 1861, Seminário da Prainha em 1864, Biblioteca Pública em 1867 e a Cadeia Pública. Porém, em 1851 houve a maior epidemia de febre amarela de que se tem registro e que apressou as obras do hospital. Com o início da Guerra Civil Americana houve um aumento no preço do algodão no mercado mundial o que fez as exportações crescerem. Já em 1870 teve início a construção da Estrada de Ferro de Baturité que começava em Fortaleza. Serviria para escoar a produção até o porto da cidade. A construção da ferrovia que escoava para o porto a produção agrícola e pastoril do interior ajudou a consolidar Fortaleza como a mais importante cidade do Ceará e impulsionou o desenvolvimento industrial da região.

[editar] Belle Époque

Planta exata de Fortaleza desenhada por Adolfo Herbster.
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Planta exata de Fortaleza desenhada por Adolfo Herbster.

De 1860 até 1930 Fortaleza viveu movimentos sociais e culturais marcantes como o movimento abolicionista, nas décadas de 1870 e 1880 que culminou na libertação dos escravos no Ceará, em 25 de março de 1884, quatro anos antes de a abolição ser oficialmente decretada em todo o país, em 13 de maio de 1888. Francisco José do Nascimento, também conhecido como Chico de Matilde ou ainda como Dragão do Mar, liderou a participação dos jangadeiros no movimento abolicionista negando-se a fazer o embarque de escravos no porto de Fortaleza. O movimento literário Padaria Espiritual surgido em 1892 foi pioneiro na divulgação de idéias modernas na literatura no Brasil. Outras entidades da época foram o Instituto do Ceará e a Academia Cearense de Letras respectivamente fundadas em 1887 e 1894.

A elite, formada notadamente por comerciantes e profissionais liberais vindos de outras regiões brasileiras e do exterior, foi a promotora de mudanças importantes em Fortaleza. De influência européia e guiada por ideais de modernidade, esse contingente teve atuação decisiva. Em 1875, o intendente Antônio Rodrigues Ferreira encomendou ao engenheiro Adolfo Herbster a elaboração da Planta Topográfica da Cidade de Fortaleza e Subúrbios, considerada o marco inicial da modernização urbana. Inspirado nas realizações de Paris, então gerida pelo Barão de Haussmann, Herbster estabeleceu o alinhamento de ruas segundo um traçado em xadrez, de forma a disciplinar a expansão da cidade. A partir de 1880, a cidade ganhou serviços e equipamentos urbanos, como o transporte coletivo por meio de bondes com tração animal, serviço telefônico, caixas postais, cabo submarino para a Europa, construção do primeiro pavimento do Passeio Público e instalação da primeira fábrica de tecidos e facção.

Na virada do século, Fortaleza já detinha a sétima maior população urbana do país, passando a tomar medidas de saneamento básico e ambiental, além de executar um plano de reformas urbanas com a implantação de jardins, cafés, coretos, monumentos e a construção de edifícios seguindo padrões estéticos europeus. Os primeiros automóveis circularam em 1910, e a implantação de bondes elétricos e circulação de ônibus e caminhões inicia-se no mesmo período. O Theatro José de Alencar foi inaugurado em 1909 passando a ser o principal espaço cultural da cidade. A Praça do Ferreira era o ponto de estacionamento de bondes e carros de aluguel, concentrando intenso movimento. Entre as décadas de 1920 e 1930 foram inaugurados diversos cinemas e bairros como Jacarecanga, Praia de Iracema e Aldeota passaram a ser habitados pelas elites que começaram a valorizar a proximidade com o mar.

[editar] Demografia

Crescimento Populacional de Fortaleza
Ano Habitantes
1726* 200
1777 2 874
1808* 9 624
1813 12 810
1859* 16 000
1865 19 264
1872 42 458
1887* 27 000
1890 40 902
1900 48 369
1910 65 816
Ano Habitantes
1920 78 536
1930 126 666
1940 180 901
1950 270 169
1960 514 818
1970 842 702
1980 1 308 919
1990 1 766 794
2000 2 138 234
2005 2 374 944
2006* 2 416 920
(*) Estimativa Fonte - IBGE

Uma das principais causas do crescimento demográfico de Fortaleza ao longo de sua história foi o período de secas no interior e a conseqüente fuga para a cidade, o êxodo rural, assim como a busca por melhores condições de emprego e renda. A população de Fortaleza enquanto entidade administrativa, vila nos tempos do Brasil colônia, é estimada em 200 habitantes. O primeiro ponto discrepante do crescimento populacional de Fortaleza se deu entre 1865 e 1872 quando teve início a construção da Estrada de Ferro de Baturité. Por demandar uma grande mão-de-obra a população da cidade crescia com a economia. Em 1877 outra seca fez uma grande quantidade de flagelados migrar para Fortaleza e entorno. Migrações repetiram-se ainda nas secas de 1888, 1900, 1915 e 1932 entre outras secas no século XX.

Em 1922 Fortaleza atingiu sua primeira centena de milhar de habitantes com a anexação dos municípios de Messejana e Parangaba que hoje são bairros importantes da cidade. Parangaba era uma cidade com população superior a 20.000 habitantes uma vez que era a primeira estação antes de Fortaleza, o que a fez receber uma grande quantidade de retirantes das secas.

Nos primeiros anos da Ditadura Militar houve em Fortaleza diversas mudanças que fizeram da cidade pólo de indústrias. No primeiro governo de Virgílio Távora (1963-1966) teve início a implantação do Distrito Industrial de Fortaleza (DIF I). Uma década depois, Fortaleza já contava com quase um milhão de habitantes quando foram criadas no Brasil as Regiões Metropolitanas em 1973 passando a cidade a constituir-se em uma delas. Em 1983 o DIF I passou a integrar o território do novo município de Maracanaú que, tão logo foi criado, passou a fazer parte da Região Metropolitana de Fortaleza.

Na década de 1980 Fortaleza ultrapassa Recife em termos populacionais, tornando-se a segunda cidade mais populosa do Nordeste com 1.308.919 habitantes. Ao longo das últimas décadas do século XX a cidade foi "inchando" cada vez mais até atingir mais de dois milhões de habitantes no ano 2000. Com uma população atual estimada em 2.374.944 habitantes e uma densidade populacional de 7.587,68 habitantes por quilômetro quadrado, Fortaleza é uma das capitais mais populosas do Brasil.

Planta de Fortaleza desenhada por Adolf Herbster em 1875.
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Planta de Fortaleza desenhada por Adolf Herbster em 1875.

[editar] Planejamento urbano

A primeira planta de Fortaleza datada do ano de 1726 é atribuída ao capitão-mor Manuel Francês. No desenho são notáveis a forca, o pelourinho, o forte e a igreja. O português Antônio José da Silva Paulet fez o primeiro desenho do que seria a atual configuração das ruas do Centro em 1818. Foi ele também o arquiteto da reforma da Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção iniciada em 1812 e concluída em 1821.

Em 1859 o arquiteto pernambucano Adolfo Herbster fez a primeira planta detalhada e precisa de Fortaleza. Na planta de 1875 ele esboça a continuação de ruas e avenidas para a expansão da cidade. Os bulevares que circundam o Centro são a principal característica desta planta: atuais avenidas Duque de Caxias, Dom Manuel e Imperador. Herbster consolidou o plano de Paulet de organizar o traçado das ruas em xadrez que continua sendo a principal característica das expansões que se seguiram.

Durante todo o século XX vários planos de desenvolvimento urbano foram propostos para a cidade, mas não tiveram grande impacto no desenvolvimento dela de modo definitivo, estando a especulação imobiliária sempre à frente das iniciativas do poder público. Já no final do século, em 1992 na prefeitura de Juraci Magalhães, foi lançado o primeiro Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano de Fortaleza. Seu planejamento gerou metas para 20 anos com a remodelação do trânsito e novas vias, ordenamento urbano e áreas para lazer. Durante a prefeitura de Luiziane Lins ocorre uma revisão do Plano Diretor, a qual contempla a participação da sociedade e da Câmara de Vereadores.

[editar] Economia

Mausoléu do Presidente Castelo Branco. Estrutura suspensa que faz parte do roteiro turístico da cidade.
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Mausoléu do Presidente Castelo Branco. Estrutura suspensa que faz parte do roteiro turístico da cidade.
Ver artigo principal: Economia de Fortaleza.

O PIB de Fortaleza no ano de 2004, de acordo com o IBGE, foi de 15.797.377.000 reais. Esse total representa 47,5% do PIB do Ceará e 0,89% do Brasil. De 2001, quando o PIB era de 9.784.283.000 reais até o valor de 2004 o crescimento total é de mais de 61%, ou mais de 15% ao ano. Dentre as capitais do Nordeste, Fortaleza liderou a estatística e entre os municípios ficou atrás apenas de Camaçari na Bahia.

O comércio diversificado é o maior gerador de riquezas da economia de Fortaleza. A principal área de comércio continua sendo o bairro Centro reunindo o maior número de estabelecimentos. A Avenida Monsenhor Tabosa é outro corredor comercial importante, próxima ao pólo turístico da Praia de Iracema, bem como a Avenida Gomes de Matos no bairro Montese. Os vários shoppings, dentre os maiores o Iguatemi, North Shopping, Aldeota, Del Paseo, formam importantes áreas de comércio e entretenimento.

A produção de calçados, produtos têxteis, couros, peles e alimentos, notadamente derivados do trigo, além da extração de minerais, são os segmentos mais fortes da indústria em Fortaleza.

No mercado financeiro Fortaleza é a sede do Banco do Nordeste, BIC, de uma das unidades do Banco Central, bem como de bancos que foram extintos como o BANCESA e o BEC que foi incorporado pelo Bradesco. Tem ainda a sede da Bolsa de Valores Regional do Ceará.

Suas terras, banhadas pelo sol o ano inteiro, fizeram Fortaleza despontar na década de 1990 como um importante pólo turístico, tornando-se assim a principal porta de entrada para o turista que visita o Ceará. O turismo garantiu à cidade mais infra-estrutura e transformou-se em fonte de emprego e renda.

Imagem panorâmica de Fortaleza (vista do Viaduto da Avenida Alberto Craveiro sobre a BR-116).
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Imagem panorâmica de Fortaleza (vista do Viaduto da Avenida Alberto Craveiro sobre a BR-116).

[editar] Energia

A quase totalidade da energia consumida em Fortaleza é fornecida pelas hidrelétricas da CHESF e distribuída pela COELCE. Em Fortaleza existem duas unidades de produção de energia sendo uma experimental de produção de energia eólica próxima ao Porto do Mucuripe e a outra de gás natural.

[editar] Administração

Mapa da divisão dos bairros e das Secretarias Executivas Regionais.
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Mapa da divisão dos bairros e das Secretarias Executivas Regionais.

A administração municipal executiva de Fortaleza é exercida pelo prefeito auxiliado por meio de ação regionalizada executada em conjunto pelas seis Secretarias Executivas Regionais (SER). O número total de pessoas ocupadas diretamente na administração em 2005 foi de 24.592 pessoas[2]. Em 2006 está sendo cogitada a criação de mais uma regional e de uma gerência especial para o bairro Centro da cidade. Oficialmente a cidade é dividida em 114 bairros, sendo o mais importante o Centro, e percorrida por 11.339 ruas e avenidas. A partir do ano de 2005 foi implantada na cidade a gestão participativa que possibilita uma efetiva participação da população. O projeto encontra-se ainda em fase de implantação, melhorias e adaptações. O poder legislativo é dividido entre os quarenta e um vereadores eleitos para períodos de quatro anos.

[editar] Capital do Ceará

Fortaleza é a capital do estado desde que o Ceará se tornou uma capitania independente em 1799. O bairro Cambeba abriga o centro administrativo de mesmo nome que concentra a sede da maioria das secretárias de governo e outras instituições administrativas. O Palácio Iracema, sede do Gabinete do Governador fica no Centro administrativo Bárbara de Alencar.

Como sede do Governo do Estado do Ceará, Fortaleza é também sede regional de diversas instituições do governo federal como o Banco do Nordeste e o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS). A Base Aérea de Fortaleza é um importante marco da aviação militar durante a Segunda Guerra Mundial que junto com a Capitania dos Portos do Ceará e o Comando da décima Região Militar são as instituições militares presentes em Fortaleza. A Cruz Vermelha e a Unicef também estão presentes em Fortaleza.

[editar] Justiça e segurança pública

Posto policial no Parque do Cocó.
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Posto policial no Parque do Cocó.

Fortaleza é sede do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará que tem jurisdição sobre todo o território do estado. O fórum da comarca de Fortaleza é o Fórum Clóvis Beviláqua que abriga quase todas as varas de justiça da comarca. A cidade é dividida ainda por seis zonas cartoriais sendo uma de registro de imóveis. A Polícia Militar do Ceará tem várias companhias e postos de patrulhamento na capital sendo Fortaleza a sede da instituição de vários grupos e escolas da Polícia Militar. A Polícia Civil divide a cidade em 24 distritos policiais. A Guarda Municipal de Fortaleza também é uma instituição que complementa as atividades de Segurança Pública em Fortaleza. Seu atual contingente chega a mais de mil agentes e até o final de 2007 alcançará um total de mais de dois mil.

O governo do estado implantou em Fortaleza um sistema conhecido por Centro Integrado de Operações de Segurança (CIOPS), que congrega Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros. Os CIOPS também são chamados de Distritos Modelos ou Distritos Pólos.

[editar] Estatísticas

De acordo com estatísticas do Ministério da Justiça realizada no ano de 2001, Fortaleza era a 20ª colocada em ocorrências de violência e criminalidade à época sendo a quinta maior capital do Brasil — atrás somente de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Salvador. No Nordeste ficava em segundo lugar entre as capitais com o menor número de ocorrências. No caso de homicídios dolosos — ocorrência grave e que funciona como termômetro para medir a criminalidade — Fortaleza está na 16ª colocação entre as demais capitais, com 23,9 casos para 100 mil habitantes, ocupando a sexta posição no Nordeste.

[editar] Cultura e sociedade

Ver artigo principal: Cultura de Fortaleza.
O Farol do Mucuripe é um dos marcos da cidade.
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O Farol do Mucuripe é um dos marcos da cidade.

A vida cultural de Fortaleza é diversificada e fecunda. Muitos artistas, entre escritores, pintores e cantores utilizam os palcos e as praças mais movimentadas da cidade para divulgar o que ela tem de mais sensível. Vários teatros, sendo o mais importante o Teatro José de Alencar, são palco das obras mais relevantes de nossa cultura. O Museu do Ceará e o Museu de Fortaleza, no Farol do Mucuripe guardam os artefatos mais relevantes da memória fortalezense. As instituições mais relevantes e de maior passado histórico ainda presentes na vida da cidade são a Academia Cearense de Letras e o Instituto do Ceará ambas tendo sido criadas no final do século XIX por nomes importantes como Capistrano de Abreu e Farias Brito. O Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (CDMAC) é atualmente o principal espaço cultural de Fortaleza. Neste centro existem museus, teatro, um planetário, cinemas e espaços para apresentações públicas de cantadores, poetas, bandas e demais espetáculos. Fica no entorno de uma das áreas de fundação de Fortaleza com um patrimônio arquitetônico ainda preservado remanescente do tempo do algodão. A Casa de Juvenal Galeno é outra importante instituição cultural de Fortaleza que leva o nome de um dos mais importantes poetas nascido na cidade e abriga biblioteca e espaços para eventos e exposições.

Imagem do Baobá do Passeio Público de Fortaleza. No local foram fuzilados os revolucionários da Confederação do Equador.
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Imagem do Baobá do Passeio Público de Fortaleza. No local foram fuzilados os revolucionários da Confederação do Equador.

As festas populares mais importantes são as que envolvem a Igreja Católica, dentre elas o Carnaval que em Fortaleza é comemorado com desfiles de escolas de samba e de Maracatu, a da padroeira Nossa Senhora da Assunção, em 15 de março, as festas juninas, e outras datas tradicionais. O Fortal, micareta no final de julho, junto com o Ceará Music no mês de outubro são os eventos musicais mais populares. A tradição musical de Fortaleza remonta ao compositor Alberto Nepomuceno, um dos fundadores da música orquestral brasileira. O Conservatório Alberto Nepomuceno é uma das principais escolas de música da cidade. A MPB tem alguns colaboradores fortalezenses sendo Fagner o mais destacado. O forró possui várias casas de show, mas outros estilos musicais também têm vida movimentada com bandas locais como o rock e suas várias vertentes, o blues, jazz, samba e outros estilos contemporâneos.

O artesanato cearense tem em Fortaleza seu principal mercado e vitrine. Na cidade existem vários lugares específicos para a venda de produtos artesanais tais como: Central de Artesanato do Ceará (CEART); Centro de Turismo (EMCETUR); Feira de Artesanato da Beira-Mar; Mercado Central de Fortaleza; Pólo Comercial da Avenida Monsenhor Tabosa. A diversidade do artesanato encontrado em Fortaleza é grande, sendo mais característicos os oriundos do couro, garrafas coloridas, cerâmica, cestarias e trançados, rendas de bilro entre outros. A rede de dormir também é bastante procurado nos mercados de artesanato.

A Estação João Felipe é um dos marcos arquitetônicos da Fortaleza.
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A Estação João Felipe é um dos marcos arquitetônicos da Fortaleza.

O patrimônio arquitetônico está concentrado no centro da cidade. Apesar de distante do centro, a Casa de José de Alencar é um patrimônio de grande valor histórico e cultural. A Casa foi o primeiro bem tombado de Fortaleza no ano de 1964 por uma lei federal. Além da casa onde nasceu um dos maiores escritores do Brasil, Fortaleza possui ainda outras obras arquitetônicas como o Cine São Luiz onde todos os ano acontece o festival de cinema Cine Ceará e o prédio da Estação João Felipe, ponto de partida da estrada de ferro construída na seca de 1877. A Fortaleza que é o marco fundador da cidade ainda aguarda por seu tombamento que deve ocorrer no ano de 2006. A Praça do Ferreira é outro importante marco de Fortaleza, sendo esta praça o principal palco das manifestações histórias sociais e populares, pois foi em seus cafés do final do século XIX que surgiram movimentos literários como a Padaria espiritual, abolicionistas e republicanos. Ela é palco também do surgimento do humor cearense e da idéia do Ceará Moleque com o festival de mentiras do dia 1 de abril e o "Cajueiro da Mentira".

[editar] Gastronomia

A gastronomia de Fortaleza é tipicamente nordestina ressaltando-se pratos típicos como o baião de dois com churrasco de carneiro ou carne-de-sol. Frutos do mar são outro ingrediente de pratos típicos da cozinha fortalezense tais como moqueca de arraia, peixadas de cavala e pargo. Outro fruto do mar bastante degustado é o caranguejo. Todas as quintas-feiras é tradição comer uma "caranguejada", caranguejo cozido com molhos. O camarão também é uma iguaria bem degustada em pratos como o "arroz de camarão" ou "bobó de camarão". No Mercado do Mucuripe é possível comprar uma infinidade de pescados que podem ser preparados em restaurantes vizinhos. O mais comum é comprar-se camarão e prepará-lo "ao óleo" ao entardecer dos finais de semana.

Os pólos gastronômicos da Varjota, Praia de Iracema e a Avenida Beira Mar são os locais com maior diversidade de restaurantes de cozinhas diversificadas de várias nacionalidades com ênfase para a árabe, francesa, chinesa, japonesa, italiana, alemã, portuguesa, espanhola e suíça alem de pizzarias, churrascarias, lanchonetes, cozinhas contemporânea e regional. Outro pólo gastronômico fica no sul de Fortaleza na divisa com Eusébio nas tapioqueiras, um centro de vendas com vários restaurantes especializados no preparo desta que é uma das comidas típicas do Nordeste, a tapioca.

Ver também: Lista de pessoas ilustres nascidas em Fortaleza, Lista de eventos e datas festivas de Fortaleza.

[editar] Educação, ciência e tecnologia

Planetário Rubens de Azevedo do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura.
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Planetário Rubens de Azevedo do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura.

Fortaleza é um importante centro educacional tanto no ensino médio como superior, não só do estado do Ceará, mas da parte norte do Nordeste e até de estados da região Norte. A cidade é sede ainda de duas importantes escolas de ensino médio federais: Colégio Militar de Fortaleza e CEFET—CE, instituições bem avaliadas pelo Exame Nacional do Ensino Médio. Outras importantes instituições de ensino público são o Liceu do Ceará, colégio mais antigo do estado, e o Colégio Christus que é uma das bases para o ensino médio profissionalizante do Governo do Estado. O número de matriculados no ensino fundamental em 2004 foi 431.665 e no ensino médio foi 150.008.

[editar] Ensino superior

Por ser a capital do Estado do Ceará, Fortaleza é sede dos primeiros cursos de nível superior dele. O primeiro curso foi o de Direito com a fundação em 1903 da Faculdade de Direito do Ceará. Depois disso foram fundados os curso que posteriormente foram unidos para a fundação da primeira universidade de Fortaleza e também do Ceará, a Universidade do Ceará em 1955, que atualmente se chama Universidade Federal do Ceará. Atualmente Fortaleza dispõe de 33 instituições de ensino superior, sendo três universidades: Universidade Federal do Ceará, Universidade Estadual do Ceará e Universidade de Fortaleza e as demais, cursos agrupados ou isolados. O total de matrículas no ensino superior em 2003 foi 67.977.

Ver também Lista de universidades e faculdades do Ceará.

[editar] Saúde

O primeiro hospital de Fortaleza foi a Santa Casa de Misericórdia inaugurado em 1865. Em 2002 a cidade contabilizava 7.112 leitos hospitalares. Dentre os hospitais alguns merecem destaque. O Instituto Doutor José Frota, mais conhecido como IJF é o maior hospital de emergência da cidade sendo administrado pela prefeitura. O Hospital Geral de Fortaleza é o maior hospital público sendo administrado pelo governo do estado. Dentre os particulares tem destaque os hospitais São Mateus, Antônio Prudente, Regional da Unimed, o Sarah Kubitschek e o Monte Klinikun.

O Programa de Saúde da Família - PSF, é um serviço cujo objetivo é aproximar profissionais da saúde e cidadãos, mudando a concepção sobre a atenção em saúde, tendo como missão o cuidado e o acompanhamento integral das famílias. Em 2006 existem 200 equipes trabalhando e para suprir a demanda é necessário mais 260 equipes. Complementando o atendimento popular, em Fortaleza existem duas unidades da Farmácia Popular do Brasil que é uma política do Ministério da Saúde para ampliar o acesso de toda a população aos medicamentos.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência - SAMU em Fortaleza recebe de 80 mil a 100 mil chamadas por mês e cerca de seis mil atendimentos são realizados mensalmente. O serviço está sob a responsabilidade da Secretaria Municipal de Saúde sendo um programa do governo federal criado com a finalidade de atender pessoas em situação de emergência. A secretaria conta atualmente com três ambulâncias UTIs e 16 unidades básicas.[3]

Atualmente Fortaleza projeta um futuro de referência no ensino e estudo da medicina com a criação de mais dois cursos de medicina, o da Unifor, com início em 2006 e o da Faculdade Christus tendo iniciado em 2005. A Universidade Estadual do Ceará também criou recentemente seu curso de medicina. O mais antigo é o da Universidade Federal criado em 1948 contando com uma estrutura hospitalar de ensino completa.

[editar] Esporte e lazer

O estádio Castelão é o maior de Fortaleza.
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O estádio Castelão é o maior de Fortaleza.

O lazer cotidiano de muitos fortalezenses é a caminhada ou cooper ao amanhecer ou ao entardecer nas praças das áreas residenciais. As academias de musculação e ginástica também são numerosas. Alguns dos eventos mais destacados são a Meia Maratona de Fortaleza, que comemora o aniversário da cidade, e a Maratona Pão de Açúcar de Revezamento que ocorre em julho.

O esporte mais popular, assim como no resto do Brasil, é o Futebol. O Campeonato Cearense tem seus principais jogos em Fortaleza. Os principais times da cidade são: Ceará, Ferroviário e Fortaleza. O principal estádio de Fortaleza é o Estádio Plácido Castelo mais conhecido como "Castelão".

Kitesurfista na Praia do Futuro.
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Kitesurfista na Praia do Futuro.

A maioria dos clubes esportivos mantém o futebol como principal atividade esportiva, mas apóiam alguns outros esporte como o futebol de salão, voleibol e basquetebol entre outros. Os esportes de praia também são bastante praticados como o surfe, Windsurf, vela, sandboard, triatlon, mergulho e kitesurf entre outros. Várias etapas de competições nacionais e internacionais destas modalidades ocorrem em Fortaleza.

A cidade tem várias escolas e academias de lutas e artes marciais com destaque para o judô, aikido, capoeira e wushu entre outras. O automobilismo é praticado em pistas de kart em diversos lugares da cidade e no Autódromo Internacional Virgílio Távora que fica na cidade do Eusébio a menos de dez quilômetros de Fortaleza. Alguns esportes menos populares estão começando a surgir na capital do Ceará como é o caso do Futebol americano, Críquete e o Golfe que estão sendo praticados por pequenos grupos apoiados por federações desportivas de outros estados e por clubes locais.

Ver também: Estádios de Fortaleza, Clubes de futebol de Fortaleza.

[editar] Transportes

[editar] Transporte coletivo

Vista aérea da saída de Fortaleza pela BR-116.
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Vista aérea da saída de Fortaleza pela BR-116.

O sistema de transportes coletivo de Fortaleza é regulamentado pela Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza S.A (ETUFOR), órgão da prefeitura, e é fiscalizado pela Autarquia Municipal de Trânsito (AMC), Serviços Públicos e Cidadania. O transporte coletivo realizado por ônibus em Fortaleza é denominado de Sistema Integrado de Transportes (SIT-FOR). Sua operação teve início em 1992. O sistema proporciona ao usuário a opção de deslocamento através da integração física e tarifária em Terminais de Integração. A rede de linhas do SIT-FOR e baseada em dois tipos de linhas: as que fazem a integração bairro-terminal e as que integram o terminal ao centro da cidade ou ainda a outro terminal.

Fortaleza possui atualmente sete terminais integrados (Parangaba, Lagoa, Messejana, Siqueira, Papicu, Antônio Bezerra e Conjunto Ceará) e dois terminais abertos (Coração de Jesus e Estação). Cerca de 850 mil passageiros por dia utilizam os terminais fechados, através de 218 linhas de ônibus regulares (157 ligadas aos terminais integrados e 61 não integradas). São 25 empresas operantes com uma frota de 1.623 ônibus.

[editar] Metrô

Mapa do sistema de trens atual e do que será o Metrofor.
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Mapa do sistema de trens atual e do que será o Metrofor.

O metrô de Fortaleza (Metrofor) é um importante sistema de transporte coletivo da Região Metropolitana que liga Fortaleza a mais outras três cidades. Suas linhas têm raízes no antigo sistema da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) em Fortaleza e está passando por uma adaptação para atender aos parâmetros do sistema metroviário. Atualmente estão em operação 22 estações: 13 na linha sul e oito na linha oeste além da estação central. Com a entrada em operação do metrô serão implantadas mais 14 estações, três delas serão subterrâneas. No entanto este ainda não está concluído, com sua obra bastante conturbada devido a problemas de administração municipal, estadual e federal.

[editar] Ferrovias

O sistema Ferroviário de Fortaleza está integrado modalmente ao Porto de Fortaleza. Sua história remonta ao ano de 1870 quando começou a ser planejado e implantado. Atualmente é de competência da Companhia Ferroviária do Nordeste (CFN) e está interligado à rede nacional de ferrovias.

[editar] Aeroporto

O Aeroporto Internacional Pinto Martins está situado no centro geográfico de Fortaleza. Passou por uma reforma completa em 1998 quando então passou a ser classificado como Internacional. Com esta ampliação sua capacidade chegou aos dois milhões e meio de passageiros por ano. É a principal "porta de entrada" de Fortaleza para o turismo.

[editar] Porto

O porto de Fortaleza está localizado na enseada do Mucuripe e é um porto artificial. O cais tem 1.054 metros de extensão. Tem uma plataforma de atracação exclusiva para petrolíferos. Sua área de armazéns tem seis mil metros quadrados e mais de 100 mil metros quadrados de pátio para contêineres. Possui ainda dois moinhos de trigo e está interligado ao sistema ferroviário por um extenso pátio de manobras.

Com o Porto ao fundo podem-se ver as torres eólicas à esquerda e navios atracados no centro assim como os moinhos de trigo. Na direita da foto as embarcações pesqueiras e jangadas do Mucuripe.
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Com o Porto ao fundo podem-se ver as torres eólicas à esquerda e navios atracados no centro assim como os moinhos de trigo. Na direita da foto as embarcações pesqueiras e jangadas do Mucuripe.

[editar] Relações Internacionais

As cidades-irmãs de Fortaleza são:

[editar] Referências

[editar] Notas

[editar] Bibliografia

  • ADERALDO, Mozart Soriano. História Abreviada de Fortaleza e Crônicas sobre a cidade amada. Fortaleza: Edições UFC, 1993.
  • CHAVES, Gylmar; VELOSO, Patricia; CAPELO, Peregrina (Organizadores). Ah, Fortaleza!. Fortaleza: Terra da Luz Editorial, 2006.
  • CASTRO, José Liberal. Fatores de Localização e de Expansão da Cidade de Fortaleza. Fortaleza: Editora UFC, 1977.
  • ESCÓSSIA, Fernando Melo de. Guia cultural: quatro vezes Fortaleza. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2000. ISBN 85-86375-61-6
  • LOPES, Marciano. Royal Briar: A Fortaleza dos anos 40. Fortaleza: Gráfica Editora Tiprogresso, 1988.
  • PONTE, Sebastião Rogério. Fortaleza Belle Époque. Fortaleza: Fundação Demócrito Rocha/ Multigraf Editora LTDA, 1993.
  • SILVA Filho, Antonio Luiz Macêdo e. Fortaleza: imagens da cidade. Fortaleza: Museu do Ceará, 2001.
  • SOUZA, Simone de; NEVES, Frederico de Castro (organizadores). Fortaleza:História e Cotidiano — Comportamento. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2002.
  • SOUZA, Simone de; NEVES, Frederico de Castro (organizadores). Fortaleza:História e Cotidiano — Intelectuais. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2002.
  • VIEIRA Jr., Antonio Otaviano. Entre o futuro e o passado: Aspectos urbanos de Fortaleza (1799-1850). Fortaleza: Museu do Ceará, 2005.

[editar] Ver também

[editar] Ligações externas

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