Eleições estaduais do Rio Grande do Sul de 2006
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As eleições estaduais do Rio Grande do Sul de 2006 aconteceram juntamente com as eleições federais no Brasil, em 1 de Outubro e em 29 de Outubro. Desde 1994, como resultado de uma emenda constitucional que reduziu o mandato presidencial para quatro anos, todas as eleições federais e estaduais no Brasil coincidiram. As eleições estaduais decidem governadores e os deputados estaduais para as Assembléias Legislativas. Também os membros do Congresso Nacional são eleitos por estado.
O atual governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, depois de uma tentativa frustada de candidatura em nível federal, tentou a reeleição no estado. Contra ele, entre outros, dois ex-governadores: Olívio Dutra (PT), ex-ministro das Cidades, já governou o estado entre 1999 e 2002; e Alceu de Deus Collares, deputado federal, foi governador entre 1991 e 1994. A vencedora foi a candidata Yeda Crusius.
A seguir, a lista dos candidaturas majoritárias, por partido ou coligação, em ordem alfabética:
[editar] Frente de Esquerda (P-SOL, PCB, PSTU)
Roberto Robaina, ex-marido de Luciana Genro, foi o candidato do P-Sol, criado por dissidentes do PT, insatisfeitos com os rumos do governo federal. Além da clausula de barreira, visa confirmar o apoio popular que o partido recebeu quando da sua fundação. Coligado com o PSTU (também uma dissidência do PT) e com o PCB.
- Roberto Robaina (P-Sol): Governador - nº 50
- Humberto Sório (PCB): Vice
- Vera Guasso (PSTU): Senadora - nº 161
[editar] Frente Popular - A Força do Povo (PT, PCdoB)
O Partido dos Trabalhadores teve como candidato Olívio Dutra, governador em 1999 e 2002. Após perder a hegemonia de 16 anos em Porto Alegre, em 2004, o partido lançou seu principal nome no estado para voltar ao Piratini e recuperar a imagem do partido, abalada pelo Mensalão, no governo federal. Coligado com PCdoB.
- Olívio Dutra (PT): Governador - nº 13
- Jussara Cony (PCdoB): Vice
- Miguel Rossetto (PT): Senador - nº 131
[editar] Partido da Causa Operária (PCO)
Lançou Guilherme Giordano a governador.
- Guilhermo Giordano (PCO): Governador - nº 29
- Luiz Delvair Martins Barros (PCO): Vice
- Oscar de Souza (PCO): Senador - nº 290
[editar] Partido Democrático Trabalhista (PDT)
O partido concorreu com Alceu Collares, governador entre 1991 e 1994, em busca do prestígio que já gozaram no estado, terra natal do líder máximo e fundador da legenda, Leonel Brizola. Em chapa pura, além de governar em 1991 e 1994, o PDT participou do primeiro ano do governo Olívio Dutra (1999) e fizeram parte do governo Germano Rigotto da posse até o início de 2006.
- Alceu de Deus Collares (PDT): Governador - nº 12
- Pery Coelho (PDT): Vice
- Valmir Batista (PDT): Senador - nº 123
[editar] Partido Progressista (PP)
Teve como candidato Francisco Turra. Usar a força eleitoral que tem no interior do estado, principalmente na região sul, onde possui a maioria dos prefeitos. Fez parte do governo Rigotto, ao qual abandonou para lançar candidatura própria. Já havia governado o estado durante a ditadura militar, quando se chamava ARENA, e, pelo voto direto, entre 1983 e 1987, com Jair Soares, à epoca denominado PDS.
- Francisco Turra (PP): Governador - nº 11
- João Dib (PP): Vice
- Mônica Leal (PP): Senadora - nº 111
[editar] Partido Social Democrata Cristão (PSDC)
Pedro Couto foi o candidato.
- Pedro Couto (PSDC): Governador - nº 27
- Daniela Buchholz (PSDC): Vice
- Odette Gonçalves (PSDC): Senadora - nº 272
[editar] Partido Socialista Brasileiro (PSB)
Beto Grill que já foi Deputado Estadual e Prefeito das cidades de São Lourenço do Sul e Cristal por dois mandatos, foi o candidato socialista. O partido buscou uma identidade eleitoral própria, se desvinculando do PT, tradicional aliado no estado.
- Beto Grill (PSB): Governador - nº 40
- Irani Medeiros (PSB): Vice
- João Batista Conceição (PSB): Senador - nº 401
[editar] Partido Verde (PV)
Os verdes lançaram Edison Pereira ao Palácio Piratini, numa eleição onde seu principal objetivo e vencer a cláusula de barreira.
- Edison Pereira (PV): Governador - nº 43
- Roberto Winkler (PV): Vice
- Nelson Vasconcelos (PV): Senador - nº 430
[editar] Rio Grande Afirmativo (PSDB, PFL, PPS, PSC, PL, PAN, PRTB, PHS, PTC, Prona, PT do B)
O PSDB teve como candidata ao governo a deputada federal Yeda Crusius, que venceu a eleição. Coligou-se com PFL e PPS. O PPS almejava a candidatura própria, mas apoiou o PSDB no contexto das alianças nacionais de seu partido em torno da candidatura de Geraldo Alckmin. Nelson Proença, pré-candidato do PPS desistiu da candidatura na véspera do registro oficial. Junto com o Partido Popular Socialista, juntaram-se a coligação 8 partidos menores, que apoiavam a pré-candidatura de Proença, e formam uma coligação paralela denominada Levante Rio Grande. PSDB e PFL são constantes aliados, não só em nível federal como estadual. A participação do PPS, novidade na esfera nacional, não surpreende no estado: formado principalmente por dissidentes do ASAS PMDB, o PPS já esteve coligado com o PFL na última eleição estadual. PSDB e PFL fizeram parte do governo Rigotto, o qual abandonaram para lançar uma candidatura alternativa. O PPS se manteve neutro na atual legislatura.
- Yeda Crusius (PSDB): Governadora - nº 45
- Paulo Afonso Feijó (PFL): Vice
- Mário Bernd (PPS): Senador - nº 234
[editar] União Pelo Rio Grande (PMDB, PTB, PMN)
Atualmente no governo, tentou mais quatro anos no Palácio Piratini. O PMDB, que encabeçava a chave, já governou o estado entre 1987 e 1991, com Pedro Simon, e entre 1995 e 1998, com Antônio Britto. Coligou-se com o PMN e o PTB - partido da candidata a vice-governadora Sônia Santos.
- Germano Antônio Rigotto (PMDB): Governador - nº 15
- Sônia Santos (PTB): Vice
- Pedro Simon (PMDB): Senador - nº 151
[editar] Resultado da eleição
Boletim 29 de outubro de 2006 21h30 UTC — 100% das urnas apuradas):
- Gráfico com os resultados da eleição (Votos válidos)
Fonte:TSE