Jimmy Carter
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James Earl Carter, Jr., conhecido como Jimmy Carter, foi o 39° presidente dos Estados Unidos da América. Nasceu em Plains (Geórgia) em 1 de outubro de 1924, filho de uma família batista com interesses no setor agrícola e plantadora de amendoins - negócio no qual ele prosperaria.
Após se formar pela Academia Naval de Annapolis (Maryland) em 1946, desposou Rosalynn Smith. Deste matrimônio nasceram quatro filhos: John William (Jack), James Earl II (Chip), Donnel Jeffrey (Jeff) e Amy Lynn.
Foi governador de seu estado natal de 1971 a 1974.
[editar] Eleição
Venceu o republicano Gerald Ford na eleição presidencial de 1976, por pequena margem no voto popular e no Colégio Eleitoral. Esteve à frente do governo dos Estados Unidos, entre 1977 e 1981, convertendo-se no mediador do primeiro acordo de paz entre um país árabe e Israel. O acordo de Camp David, de 1978, selou uma paz duradoura entre Israel e Egito. Assinado por Menagem Begin, primeiro-ministro israelense, e por Anwar Sadat, presidente do Egito, possibilitou ao líder egípcio a reconquista da península do Sinai, território ocupado pelas tropas israelenses desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967. Begin e Sadat foram, inclusive, agraciados com o Prêmio Nobel da Paz por esse acordo. Sadat, inclusive, acabaria sendo assassinado por radicais islâmicos contrários à paz com Israel.
[editar] Politica de paz
Carter assinou tratado com o Panamá, do qual os EUA devolveriam o canal em 2000. O tratado foi assinado com presidente panamenho Omar Torrijos. Carter adotou politica de distensão com os paises comunistas. Estabeleceu relações diplomáticas com a China, assinou tratados de SALT-2 com a antiga União Soviética, sobre a redução de armas nucleares. Reduziu as tensões diplomáticas de seu país com Cuba governada por Fidel Castro.
Alguns acordos com a ilha resultaram no estabelecimento de Seção de Interesses (embaixada) dos EUA em Havana e uma cubana em Washington. Tambem houve acordo pesqueiro com Cuba sobre a delimitação das aguas territoriais para a pesca. Carter autorizou que turistas dos EUA visitassem Cuba (Reagan vetaria essa lei), além disso o embargo contra Cuba foi amenizado. Mais de 20 anos depois de sua gestão, em 2002, ele faria visita histórica a Cuba.
[editar] Controvérsias
Embora seu governo tenha sido marcado pelo uso da diplomacia para garantir a paz mundial, e pela prioridade dada a questões sociais, Carter logo adquiriu reputação de parcimônia e indecisão - características nada bem-vindas para o eleitorado americano. Após a Revolução Iraniana e o seqüestro de 52 funcionários da embaixada norte-americana em Teerão, foi acusado de ineficiência na administração do caso. Também em 1979 a União Soviética ocupou militarmente o Afeganistão por razões políticas, e muitos americanos acreditaram que Carter poderia ter agido com mais dureza para evitar esta crise. O gesto mais significativo de Carter contra a intervenção soviética foi o de boicotar os Jogos Olímpicos de 1980, que seriam disputados em Moscou. Some-se a isso uma recessão econômica e suas chances de reeleição foram por terra.
Derrotado pelo republicano Ronald Reagan nas eleições de 1980, o ex-presidente retornou à Geórgia e criou o instituto Carter Center para promover os direitos humanos, o avanço das democracias e a busca de soluções pacíficas para conflitos internacionais.
Por suas ações no intuito de promover a paz mundial, tendo sido mediador em diversas questões conflitivas ao redor do globo, foi agraciado, no ano de 2002, com o Prêmio Nobel da Paz.
Vencedor do Prémio Nobel de Paz de 2002 |
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Precedido por: Nações Unidas e Kofi Annan |
Prémio Nobel da Paz 2002 |
Sucedido por: Shirin Ebadi |
Precedido por: Gerald Ford |
Presidente dos Estados Unidos da América 1977 -1981 |
Sucedido por: Ronald Reagan |