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Os Lusíadas - Wikipédia

Os Lusíadas

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Capa da primeira edição de Os Lusíadas
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Capa da primeira edição de Os Lusíadas

Os Lusíadas, de Luís de Camões, é a epopeia portuguesa por excelência e foram publicados em 1572 no Classicismo, três anos após o regresso do autor do Oriente. Compõem-se de dez cantos, 1102 estrofes (8 versos cada) que são oitavas decassílabas, sujeitas ao esquema rímico fixo ABABABCC – oitava rima camoniana.

Índice

[editar] O herói

O herói da epopeia é coletivo, como o título indica, o Lusíada, ou o filho de Luso, isto é, os Portugueses. Se olharmos às estrofes iniciais do discurso de Júpiter no Consílio dos Deuses olímpicos, que abre a parte narrativa, facilmente captamos a orientação laudatória do autor:

Desde Viriato e Sertório, a gente de Luso é um povo predestinado pelos Fados para grandes empreendimentos. O desenrolar da sua história atesta-o, pois, além de ser marcada pelas sucessivas e vitoriosas lutas contra Mouros e Castelhanos, mostra-nos como uma nação tão pequena descobre novos mundos ao Mundo e impõe a sua lei no concerto das nações.

No final do poema, constatamos ainda que se confirma, na Ilha dos Amores, verdadeiro fecho pela ficção da gloriosa caminhada portuguesa através dos tempos, o receio uma vez expresso por Baco de que os Portugueses viessem a tornar-se Deuses.

Os feitos gigantescos dos Descobrimentos portugueses e o «novo reino que tanto sublimaram» no Oriente, e certamente as recentes e tão extraordinárias façanhas do «Castro forte» (o vice-rei D. João de Castro), falecido poucos anos antes do poeta aportar a terras indianas, foram sem dúvida estímulos determinantes para que ele se lançasse à tarefa ingente, e desde há muito ambicionada, de redigir a epopeia portuguesa. Camões dedicou sua obra-prima ao Rei D. Sebastião, rei de Portugal.

[editar] A cruzada contra o Mouro

O poema pode ser lido numa perspectiva que já era antiga, mas a que factos recentes haviam dado acrescida actualidade, a da cruzada contra o Mouro. As lutas no Oriente seriam a continuação das que já se haviam travado em Portugal e no Norte de África, dominando ou abatendo o poder do Islão. Efectivamente, em 1571, a desmesurada arrogância do Sultão turco, que ameaçava a Europa, tinha sido abatida em Lepanto. E comandara as forças cristãs D. João de Áustria, filho bastardo de Carlos V, o avô de D. Sebastião. Foi possivelmente neste contexto de exaltação que o poeta incitou o jovem rei português a partir em conquista para a África, com os desastrosos efeitos que daí se seguiram.

[editar] A epopeia e a sua estrutura interna e externa

O poema épico mais genuíno é o canto da construção duma nação com a ajuda de Deus ou dos Deuses. Os Lusíadas, como já a Eneida, são uma epopeia moderna, onde o maravilhoso não passa dum artifício necessário, mas só literário. Que sentido podia fazer, em tempos de Contra-Reforma, colocar os Deuses do panteão greco-romano a comandar das alturas olímpicas ou das profundezas oceânicas a acção dos navegadores lusos, que usavam astrolábio e canhões?

E todavia a presença dos Deuses ocupa no poema um lugar de muito relevo, pois, com as suas intrigas, dão o maior contributo para a unidade da sua tão dispersa acção.

Considerando a estrutura interna, verificamos que o poema contém uma introdução (proposição - apresentação do assunto e heróis do poema -, invocação - uma oração às Tágides - e dedicatória - a D. Sebastião), a narração – que é a epopeia propriamente dita – e um epílogo – estrofes finais, a começar na 145 do canto X.

Ao longo da narração deparam-se-nos vários tipos de episódios: bélicos, mitológicos, históricos, simbólicos, líricos e naturalistas.

[editar] Os narradores e os seus discursos

Os Lusíadas é uma obra narrativa, mas os seus narradores são quase sempre oradores que fazem discursos grandiloquentes: o narrador principal, que abre em grande estilo e retoma a palavra em várias ocasiões; Vasco da Gama, reconhecido como «facundo capitão»; Paulo da Gama; Tétis... A Sirena (canto X), que profetiza ao som de música.

Quando o poeta pede às Tágides «um som alto e sublimado, / Um estilo grandíloco e corrente», por oposição ao estilo da poesia lírica, de «verso humilde», está certamente a pensar neste tom empolgante da oratória.

Há no poema alguns breves mas notáveis discursos (o de Júpiter, o do Velho do Restelo...)

De assinalar excelentes descrições, com as dos palácios de Neptuno e do do Samorim de Calecute, a do locus amoenus da Ilha dos Amores (canto IX), a do jantar no palácio de Tétis (canto X), a do traje do Gama (final do canto II)... Por vezes, estas descrições são feitas ao modo de uma passagem de slides: as coisas descritas estão ali e há alguém que as mostra (começo geográfico do discurso do Gama ao rei de Melinde, certas esculturas dos palácios de Neptuno e do Samorim, discurso de Paulo da Gama ao Catual, Máquina do Mundo...)

Exemplos de descrições dinâmicas são a da «batalha» da ilha de Moçambique, as das batalhas de Ourique e Aljubarrota, a da tempestade... Camões é mestre nestas descrições, marcadas pelos verbos de movimento, pela abundância de sensações visuais e acústicas, por expressivas aliterações...

Há n’Os Lusíadas vários momentos líricos. Os textos em que se concretizam são no geral narrativo-descritivos. É o caso da parte inicial do episódio da Linda Inês, da parte final do episódio do Adamastor, do encontro na Ilha dos Amores (canto IX). Em todos estes casos estamos muito perto da écloga.

São muitas as ocasiões em que o poeta assume um tom de lamento. Veja-se o final do canto I, parte do discurso do Velho do Restelo, final do canto V, princípio e final do canto VII, estrofes quase finais do poema... Fazem lembrar outros lamentos da Lírica.

Vergílio chamava ao seu herói «pio Eneias». Por várias vezes, em momentos difíceis, o Gama irrompe em oração: em Mombaça (canto II), na aparição do Adamastor, no meio do terror da tempestade...

As invocações do poeta às Tágides, a Calíope (princípio do canto III), às Ninfas do Tejo e do Mondego (canto VII), de novo a Calíope (canto X), em termos tipológicos, são também orações.

Cada um destes tipos de discurso evidencia particularidades estilísticas concretas.

[editar] Estrutura Externa d'Os Lusíadas

A obra compõe-se em dez partes, às quais se chamaram cantos. Cada canto tem um número variável de estrofes (em média de 110). O canto mais longo é o 10º com 156 estrofes. As estrofes são oitavas, portanto constituídas por oito versos. Cada verso é constituído por dez sílabas métricas, nas sua maioria heróicas (acentuadas nas sextas e décimas sílabas). O esquema rimático é o mesmo em todas as estrofes da obra, sendo portanto, rima cruzada nos seis primeiros versos e emparelhada nos dois últimos (AB-AB-AB-CC).

Os planos temáticos da obra são Plano da Viagem, Plano da História de Portugal, Plano do Poeta, Plano da Mitologia.

[editar] Canto III

Após uma invocação do poeta a Calíope, Vasco da Gama inicia a narrativa da História de Portugal. Começa por referir a situação de Portugal na Europa e a lendária história de Luso a Viriato. Segue-se a formação da nacionalidade e depois a enumeração dos feitos guerreiros dos Reis da 1ª Dinastia, de D. Afonso Henriques a D. Fernando.

Destacam-se os episódios de Egas Moniz e da Batalha de Ourique, no reinado de D. Afonso Henriques e o da Formosíssima Maria, da Batalha do Salado e de Inês de Castro, no reinado de D. Afonso IV.

[editar] Canto IV

Vasco da Gama prossegue a narrativa da História de Portugal. Conta agora a história da 2ª Dinastia, desde a revolução de 1383-85, até ao momento, do reinado de D. Manuel I, em que a Armada de Vasco da Gama parte para a Índia.

Após a narrativa da Revolução de 1383-85 que incide fundamentalmente na figura de Nuno Álvares Pereira e na Batalha de Aljubarrota, seguem-se os acontecimentos dos reinados de D. João II, sobretudo os relacionados com a expansão para África.

É assim que surge a narração dos preparativos da viagem à Índia, desejo que D. João II não conseguiu concretizar antes de morrer e que iria ser realizado por D. Manuel., a quem os rios Indo e Ganges apareceram em sonhos, profetizando as futuras glórias do oriente. Este canto termina com a partida da Armada, cujos navegantes são surpreendidos pelas palavras profeticamente pessimistas de um velho que estava na praia, entre a multidão. É o episódio do Velho do Restelo.

[editar] Canto V

Vasco da Gama prossegue a sua narrativa ao Rei de Melinde, contando agora a viagem da Armada, de Lisboa a Melinde.

É a narrativa da grande aventura marítima, em que os marinheiros observaram maravilhados ou inquietos o Cruzeiro do Sul, o Fogo de Santelmo ou a Tromba Marítima e enfrentaram perigos e obstáculos enormes como a hostilidade dos nativos, no episódio de Fernão Veloso, a fúria de um monstro, no episódio do Gigante Adamastor, a doença e a morte provocadas pelo escorbuto.

O canto termina com a censura do poeta aos seus contemporâneos que desprezam a poesia.

[editar] Canto VI

Finda a narrativa de Vasco da Gama, a Armada sai de Melinde guiada por um piloto que deverá ensinar-lhe o caminho até Calecut.

Baco, vendo que os portugueses estão prestes a chegar à Índia, resolve pedir ajuda a Neptuno, que convoca um Concílio dos Deuses Marinhos cuja decisão é apoiar Baco e soltar os ventos para fazer afundar a Armada. É então que, enquanto os marinheiros matam despreocupadamente o tempo ouvindo Fernão Veloso contar o episódio lendário e cavaleiresco de Os Doze de Inglaterra, surge uma violenta tempestade.

Vasco da Gama vendo as suas caravelas quase perdidas, dirige uma prece a Deus e, mais uma vez, é Vénus que ajuda os Portugueses, mandando as Ninfas seduzir os ventos para os acalmar. Dissipada a tempestade, a Armada avista Calecut e Vasco da Gama agradece a Deus. O canto termina com considerações do Poeta sobre o valor da fama e da glória conseguidas através dos grandes feitos.

[editar] Observações sobre alguns episódios

[editar] O Concílio dos deuses olímpicos

Este episódio, que vem logo após a primeira estrofe da narração (19.ª do canto I) e que nos dá a entrada épica da caravana das naus no poema, vogando no desconhecido sobre o lençol da branca escuma do Índico, é de enorme importância na organização do poema.

Os Deuses dos quatro cantos do Mundo reúnem-se para decidir sobre «as cousas futuras do Oriente»; de facto, porém, o que eles vão decidir é se se há-de permitir que os Portugueses cheguem à Índia e o que daí se segue. Que todo o Universo se reúna para este efeito significa um enaltecimento sem limites para a gente de Luso.

Os Deuses são perifrasticamente referidos por Júpiter como moradores do «luzente, / estelífero Pólo e claro Assento»; este luzente, estelífero Pólo e claro Assento ou Olimpo já fora adjectivado atrás de «luminoso»; a caminho da assembleia, os Deuses pisam o «cristalino céu fermoso», caminhando pela Via Láctea. Nas estrofes 22 e 23, reunidos já em assembleia, eles brilham de luz. Júpiter, descrito como o «Padre» que «vibra os feros raios de Vulcano», preside de um «assento de estrelas cristalino», envergando «hua coroa e ceptro rutilante / de outra pedra mais clara que diamante». Se a cadeira de Júpiter é um assento de estrelas cristalino, o resto do mobiliário olímpico é também resplandecente: «Em luzentes assentos, marchetados / de ouro e perlas, mais abaixo estavam / os outros Deuses (...)»

Durante o consílio, o comportamento dos Deuses é deplorável. As coisas começam segundo «a razão e a ordem concertavam», mas acabam em inqualificável tumulto, a que Marte põe termo brutalmente.

Júpiter, desde o fim do seu discurso, descuida inteiramente a condução da reunião; nela surgem dois partidos, o de Vénus, favorável aos Portugueses, e o de Baco, defendendo interesses deste deus que implicavam agravo aos Lusos. O consílio acaba por aceitar o ponto de vista exposto a princípio por Júpiter. (Baco não acatará a decisão, e daí todas as suas intervenções posteriores.)

O discurso com que Júpiter começa a reunião é uma acabada peça de oratória. Abre com o inevitável exórdio (1.ª estrofe), em que depois de uma original saudação expõe brevemente o tema a desenvolver. Segue-se, ao modo da retórica antiga, a narração (o passado mostra que a intenção dos Fados é mesmo a que o orador apresentou). Vem depois a confirmação, que, com factos do presente, corrobora o que já a seu modo a narração comprovara (4.ª estrofe). E termina-se com duas estrofes de peroração, onde se apela à benevolência dos Deuses para com os filhos de Luso - aliás a decisão dos fados cumprir-se-á inexoravelmente. Contra o que seria de esperar, Júpiter conclui determinando e não abrindo o debate.

[editar] Um episódio lírico-trágico

O episódio usualmente conhecido como «da Inês de Castro» é dos mais célebres d'Os Lusíadas. Convém que se não perca de vista a sua integração no poema, via alocução do Vasco da Gama ao rei de Melinde. Costuma-se classificá-lo como lírico, distinguindo-o assim sobretudo dos mais comuns episódios bélicos.

Uma rápida análise do episódio permite encontrar aí presentes, com maior ou menor clareza, elementos trágicos como o destino, que conduz a acção para o final trágico; a peripécia; até algo próximo do papel do coro (apóstrofes). A nobreza moral e social das personagens é também salientada, de modo a criar no leitor sentimentos de terror e de piedade perante a desgraça que se abate sobre a protagonista (catástrofe). Quando Inês teme mais a orfandade dos filhos que a própria perda da vida, quando ela suplica a comutação da pena capital por um exílio na Sibéria (Cítia) ou na Líbia, entre «toda a feridade», só para ter ensejo de criar os filhos do seu amor, quando é comparada com «a linda moça Policena, / consolação extrema da mãe velha», quando o leitor escuta toda a estrofe 134 e mesmo a 135, estão-se a dedilhar os acordes da piedade. Já os versos iniciais da estrofe 124, a apóstrofe com que termina a 130 (e antes a da segunda metade da 123) e a estrofe 133 estão ao serviço da sugestão do terror trágico.


O Adamastor

Podem-se considerar três partes no episódio do Adamastor: a primeira, que é uma teofania, vai da estrofe 37 à 40; a segunda, que em termos cronológico-narrativos é uma prolepse, ocupa as estrofes 41 à 48; finalmente, a terceira parte, que é uma écloga marinha, com alguns pontos de contacto aliás com a Écloga III de Camões, termina na estrofe 59.

Sobre a vigorosa teofania que a primeira parte nos relata, vejam-se os seguintes versos: «Arrepiam-se as carnes e os cabelos / a mi e a todos só de ouvi-lo e vê-lo».

Se lhes dermos o devido peso, constatamos que está aqui o puro pavor, a ameaça iminente da aniquilação fisicamente sentida: as carnes engelham-se, os cabelos crispam-se.

O espectáculo é envolvente, grandioso, terrificante. Este semideus maléfico precede-se de uma nuvem negra, que surge rasante sobre as cabeças dos navegantes. Mas mais surpreendente ainda é a orquestração que o mar faz com este elemento aéreo: «Bramindo, o mar de longe brada, / como se desse em vão nalgum rochedo».

Para transmitir todo o vigor do seu espanto vivido, o Gama cita-se a si mesmo: «Ó potestade – disse - sublimada, / que ameaço divino ou que segredo / este clima e este mar nos apresenta, / que mor cousa parece que tormenta?»

A desorientação nasce perante o "estranhíssimo Colosso": "Filho aspérrimo da Terra", o Adamastor parece ainda a um passo do caos original, ligado às entranhas escuras da sua mãe: "disforme estatura, "barba esquálida", "cor terrena", "cheios de terra e crespos os cabelos / a boca negra, os dentes, amarelos".

Camões acentua também o lado maravilhoso da aparição do Adamastor fazendo contrastar todo este espectáculo de disformidade e gigantismo com o cenário precedente, onde são manifestos os encantos de uma noite dos "mares do Sul": «(...) / prosperamente os ventos assoprando, / quando hua noite, estando descuidados / na cortadora proa vigiando, / (...)»

A écloga marinha final obedece a um desenvolvimento que é comum a muitas composições líricas de Camões: o enamoramento, a separação forçada, o lamento pelo sonho frustrado. Nota-se ainda a aproximação à Canção IX.

[editar] A écloga da Ilha dos Amores

a) O locus amoenus: as estrofes que se seguem à 52 do canto IX, e algumas das principais partes se decorrem da estrofe 68 a 95 descrevem-nos o cenário onde há-de decorrer o encontro amoroso dos Nautas com as Ninfas. Trata-se do cenário típico do locus amoenus, com os seus chãos maciamente relvados, águas límpidas e cantantes, arvoredos frondosos e até um lago. O poeta fala ainda da simpática fauna que aí se cria e dos frutos que sem cultivo se produzem. É um cenário paradisíaco, idílico, de écloga.

b) A alegoria: na segunda parte do canto IX, Camões descreve, com um arrojo inesperado para um maneirista, a cena do encontro dos Nautas com as Ninfas que os esperavam, industriadas por Vénus. Camões atribui-lhe um sentido alegórico. Assim, insiste: «Que as Ninfas do Oceano, tão fermosas, / Tethys e a Ilha angélica pintada, / Outra cousa não é que as deleitosas / Honras que a vida fazem sublimada» (estrofe 89).

A terminar o canto, dirigindo-se ao leitor, lembra: «Impossibilidades não façais, / Que quem quis sempre pôde: e numerados / Sereis entre os heróis esclarecidos / E nesta Ilha de Vénus recebidos».

c) Leonardo: Camões, o indefectível cantor do amor, não quis, e se calhar não pôde, evitar que isso se reflectisse n'Os Lusíadas. Se os amores mal sucedidos do Adamastor deixam entrever o caso real do poeta, Leonardo, aqui, representa a consumação do seu sonho.

Repare-se que as queixas deste navegante recordam as do poeta na Lírica. Repare-se também como são coisa delicada e bela.

[editar] A Máquina do Mundo

A Sirena convida o Gama para o espectáculo da Máquina do Mundo com estas palavras: «Faz-te mercê, barão, a sapiência / Suprema de, cos olhos corporais, / veres o que não pode a vã ciência / dos errados e míseros mortais».

A Máquina do Mundo é o espectáculo único, divino, presenciado por "olhos corporais".

Nas palavras de António José Saraiva, "é um dos supremos sucessos de Camões", "as esferas são transparentes, luminosas, vêem-se todas ao mesmo tempo com igual nitidez; movem-se, e o movimento é perceptível, embora a superfície visível seja sempre igual.

Conseguir traduzir isto por meio da "pintura que fala" é atingir um dos cumes da literatura universal."

[editar] Os Lusíadas e a matemática

Sendo Os Lusíadas um texto renascentista, não poderia deixar de seguir a estética grega que dava particular importância ao número de ouro. Assim, a parte mais importante d'Os Lusíadas, a chegada à Índia, foi colocada no ponto que divide a obra na proporção áurea (o início do Canto VII).

[editar] Texto completo de Os Lusíadas

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[editar] Versões estrangeiras de Os Lusíadas

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