Seleção Australiana de Futebol
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| Seleção Australiana de Futebol | ||||
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| Dados da Selecção | ||||
| Nome do País | Austrália | |||
| Apelido/Alcunha | Socceroos | |||
| Associação | Federação Australiana de Futebol |
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| Região | AFC | |||
| Estréia | 17 de Junho de 1922 | |||
| Mais partidas | Tony Vidmar (89) | |||
| Maior artilheiro |
Damian Mori (29) | |||
| Treinador | Graham Arnold | |||
| Copas do Mundo | 2 | |||
| Melhor desempenho |
Oitavas-de-final em 2006 | |||
| Equipamentos | ||||
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A Seleção Australiana de Futebol (ou Socceroos) é o time nacional de futebol da Austrália. É dirigida pela Federação Australiana de Futebol (que até 2005 era chamada de Associação Australiana de Futebol), a organização responsável pelo esporte na Austrália.
Classificou-se para as Copas do Mundo de 1974 e 2006. É treinada pelo neerlandês Guus Hiddink.
Índice |
[editar] História
A primeira seleção australiana foi formada em 1922, durante uma excursão à Nova Zelândia. Durante a digressão, a Austrália sofreu duas derrotas e conseguiu um empate. Austrália, Nova Zelândia, China e África do Sul deveriam organizar jogos teste ou amistosos pelos próximos 25 anos, a fim de popularizar o esporte em seus países. Como a Austrália adotou a política de passagem aérea barata, e por ser isolada geograficamente, a seleção dificilmente jogaria contra adversários de fora da Oceania.
[editar] Oponentes imaginários
A primeira tentativa da Austrália foi na Copa do Mundo de 1966, na Inglaterra. Após uma decisão da FIFA de disponibilizar poucas vagas a países fora do eixo Europa/América do Sul, a Austrália deveria decidir sua participação num playoff contra a da Coréia do Norte. Em 1965 a Coréia do Norte teve um entrave político não reconhecido por muitos países, incluindo o Reino Unido. Adicionalmente, o jogo foi marcado para ser disputada na "neutra" Camboja, que era uma forte aliada da Coréia do Norte. Para completar o equívoco político, ocorreram várias reclamações de várias partes da Austrália para ceder seu lugar na Copa para a Coréia, o que acabou ocorrendo.
Campanhas para as Copas de 1970, 1978, 1982 e 1986 colocaram a Austrália na posição de país politicamente isolado do resto do mundo, prejudicando suas futuras participações. Outros países como Israel (que as nações árabes vizinhas recusaram-se a enfrentar), China (por causa da revolução de Taiwan), Irã (que estava passando por uma revolução), e Nova Zelândia (outro país oceânico) também estavam na mesma situação. Assim sendo, a classificação nas eliminatórias resultaria somente num playoff com um ou dois países mal-classificados da Europa ou da América do Sul.
Protestos da Federação Australiana de Futebol e tentativas de ingressar na AFC foram ambas rejeitadas. Apesar disto, o processo foi simplificado nas eliminatórias da Copa do Mundo de 1990. Estas mudanças acabaram não permanecendo para as eliminatórias da Copa de 1998, onde a probabilidade de um representante da OFC era de "garantidos" 0.5%.
[editar] Eliminatórias para Estados Unidos '94
A trajetória da Austrália para a Copa do Mundo de 1994 nos Estados Unidos, é um exemplo do que a Oceania precisava passar para ter um representante. Para se classificar, a Austrália precisava jogar três estágios de playoff. O primeiro era as eliminatórias da Oceania. A seleção australiana terminou o Grupo 1 invicta em quatro jogos contra Taiti e Ilhas Salomão, marcando 13 gols. No jogo final, enfrentando a Nova Zelândia, terminou o primeiro jogo (na Nova Zelândia, em 30 de maio de 1993) ganhando por 1 a 0. Austrália venceu o segundo jogo por 3 a 0 (agregando, 4 a 0), assim como as eliminatórias. Após isto, precisaria vencer dois jogos contra o Canadá, terceiro colocado da CONCACAF. O primeiro jogo (jogado no Canadá, em 31 de julho de 1993) foi vencido pelos canadenses por 2 a 1. No segundo, (Sydney, 15 de agosto de 1993) a Austrália venceu por 2 a 1, que se prorrogou devido à igualdade do agregamento. O jogo foi para os pênaltis, vencidos pela Austrália por 4 a 1. A Austrália foi qualificada para disputar 2 jogos contra o primeiro colocado do Grupo 1 da América do Sul, a Argentina. O primeiro jogo, (Sydney, 31 de outubro de 1993) terminou empatado em 1 a 1. Em 17 de novembro de 1993, o segundo jogo foi disputado na Argentina, sendo vencido pelos anfitriões por 1 a 0, garantindo-os uma vaga no mundial dos EUA.
[editar] Eliminatórias França '98
Em 1997, após vencer as eliminatórias da OFC, a Austrália precisou jogar dois jogos contra o Irã para se classificar à Copa do Mundo de 1998, na França. Dirigida por Terry Venables, empatou por 1 a 1 no Irã, e esperando por um bom resultado em casa, após estar vencendo por 2x0, em Melbourne, viu o Irã empatar e se classificar pela regra dos gols fora de casa.
[editar] Eliminatórias Coréia do Sul/Japão 2002
Em 2001, os Socceroos novamente venceram as eliminatórias da OFC, após massacrar seleções de ilhas pequenas, incluindo um 22x0 em Tonga e o recorde mundial de 31x0 em Samoa Americana. Mesmo sem Harry Kewell e Mark Viduka, venceu facilmente a Nova Zelândia, única ameaça real na Oceania. Novamente precisou jogar dois jogos da repescagem para ir à Copa do Mundo de 2002, na Coréia do Sul/Japão. Nesta ocasião, o oponente foi a quinta seleção da CONMEBOL, o Uruguai. No primeiro jogo em Melbourne, a Austrália venceu por 1 a 0, gol de pênalti de Kevin Muscat, mas as esperanças do mundial acabaram depois de perder de 3 a 0 em Montevidéu.
[editar] Outras campanhas
As poucas participações do time em Copas não se refletem em outros jogos, como as razoáveis apresentações contra times fortes do "eixo do futebol", com vitórias na Copa das Confederações 2001 (sobre a França e Brasil). Também empatou com a França por 1 a 1 em novembro de 2001 na cidade de Melbourne. Um jogo particular ocorreu contra a tradicional metrópole inglesa, terminando por 3 a 1 para a colônia em plena Londres em 2003.
[editar] Aceitação na AFC
Muitos australianos acreditam que o único meio da Austrália progredir no futebol seria abandonando a OFC e juntando-se a AFC. Seu futebol desenvolveu-se o suficiente para deixar de ser considerado "amador", possibilitando o país a disputar torneios de maior importância, já que seus jogos mais competitivos somente ocorrem em torneios amistosos ou em alguns jogos das eliminatórias da OFC.
Johnny Warren, um respeitado locutor de jogos e capitão honorário dos Socceroos, expressa claramente seu desejo da Austrália juntar-se à AFC. Apesar das várias tentativas mal sucedidas, informações vazadas de Tóquio em março de 2005 sugerem que a FAF reuniu-se várias vezes com a AFC. Em 23 de março, o comitê executivo da AFC decidiu unanimemente que convidará a Austrália para juntar-se à zona asiática.
O presidente da AFC, Mohammed Bin Hammam, resume as razões da decisão:
- Assim como é desenvolvida no futebol, a Austrália têm uma economia respeitável e é isto que queremos para o futebol, assim como o Japão, a Coréia do Sul, a Arábia e a China. Se a Austrália entrar, os benefícios serão enormes, e é isto é bom para todos.
Em 17 de abril, a comitê executivo da OFC endossa a proposta de moção da Austrália. A FIFA aprova a moção em 30 de junho e esta fará efeito a partir de 1º de janeiro de 2006. A Austrália entrará devidamente nas eliminatórias da Copa da Ásia a partir de fevereiro de 2006. Em 1º de dezembro de 2005 a AFC anunciou que a Austrália foi integrada à própria AFC.
[editar] Eliminatórias Alemanha 2006
Em 2004, o time dá os primeiros passos rumo à classificação para a Copa do Mundo de 2006, na Alemanha, liderando a fase classificatória. Próximo da fase final, o time empata em 2 a 2 com as Ilhas Salomão, resultado que elimina a Nova Zelândia da final, dando lugar as Ilhas Salomão.
O treinador Frank Farina sai do cargo por "consenso mútuo" em 29 de junho de 2005, após os Socceroos perderem a chance de ganhar um jogo na Copa das Confederações 2005, frustrando toda a especulação ao redor desta partida. Em 22 de julho, Guus Hiddink é anunciado pela FAF como novo treinador da seleção. Este anúncio traz intensa especulação da mídia australiana sobre outros candidatos e sobre a proposta prematura feita a Hiddink. Agora Hiddink combina seu trabalho como técnico do PSV Eindhoven e com a seleção australiana, permanecendo como comandante australiano até o fim da Copa de 2006.
Depois de treinos iniciais com a seleção nos Países Baixos, sua primeira tarefa como técnico foi um resultado agregado de 9 a 1 contra as Ilhas Salomão, nas finais das eliminatórias da OFC. A tarefa restante era o playoff entre o campeão da OFC e o quinto colocado da CONMEBOL, onde o campeão classifica-se para a Copa.
Em outubro de 2005, a Austrália bate a Seleção Jamaicana de Futebol num amistoso por 5 a 0, jogo ocorrido em Londres. A vitória foi a maior da Austrália contra um time melhor posicionado no Ranking da FIFA.
Agora a Austrália está intimada a jogar contra o Uruguai, repetindo o jogo que ocorrera em 2001 sob a mesma ocasião. Temendo uma repetição do jogo em Montevidéu em 2001, a Austrália anuncia que treinará em Buenos Aires, permanecendo em Montevidéu somente no dia do jogo. Em represália, o Uruguai pede que o jogo seja transferido para um dia antes do marcado, em 11 de novembro. A proposta é rejeitada pela Austrália. Como resultado, o Uruguai anuncia que retrocederá o pontapé inicial em cinco horas, com início marcado para as nove horas da manhã do dia 12 de novembro. Isto significa que a Austrália não poderá viajar de volta a Sydney no mesmo dia, perdendo um dia descanso para a segunda partida. Também significa que o Uruguai terá um dia a mais de preparação para o mesmo segundo jogo.
Porém, o plano vira-se contra os uruguaios. Eles planejavam alugar um avião para um vôo direto a Sydney em 12 de novembro. Quando o Uruguai pergunta se pode retroceder a partida, a Austrália, que neste ínterim já havia achado um charter para voar imediatamente após o jogo, recusa. Isto força os uruguaios a voarem para a Austrália somente na manhã do dia 13. Conseqüentemente, a FIFA ordena que o jogo seja um pouco mais adiantado, para as 6 da manhã.
O Uruguai derrota a Austrália por 1 a 0 em 12 de novembro de 2005, em Montevidéu, com um gol de cabeça de Dario Rodriguez. Em 16 de novembro, na cidade de Sydney, para o segundo jogo da série de qualificação, 83.000 torcedores lotam o Telstra Stadium, sendo que 3,4 milhões de pessoas assistem a transmissão pela televisão. A Austrália ganha o jogo por 1 a 0 no tempo regulamentar, com um gol de Marco Bresciano no primeiro tempo. Os acréscimos terminam empatados e uma prorrogação é jogada. Como nenhuma das seleções marca durante os dois tempos, o jogo vai para os pênaltis. Os Socceroos vencem a disputa por 4 a 2 e classificam-se para a Copa de 2006, sendo sua primeira participação após 32 anos. Mark Schwarzer é o herói do jogo, pegando duas cobranças de pênalti. O resultado provoca uma intensa comemoração por todo o país, e várias pessoas sofrem infartos com a emoção.
A Alemanha é a mesma sede da outra única copa que a Austrália disputou, em 1974. Pode se citar similaridade com o Brasil, que em 74 foi à Copa defendendo o título após derrotar uma seleção européia em 70 (a Seleção Italiana de Futebol). 32 anos depois, ganha outro mundial, batendo a Seleção Alemã de Futebol, em julho de 2002.
Imediatamente após a classificação, a Austrália é classificada como uma seleção "rank B". O "ranking" é definido pela FIFA e pela Coca-Cola, sendo implantado após o Japão ter sido classificado, e define qual a ordem do país no sorteio dos grupos. Como preparação, os Socceroos já marcaram amistosos com a Croácia (sendo anulado depois, pois os países já estão no mesmo grupo da Copa), Grécia e Holanda.
[editar] Copa do Mundo de 2006
Em dezembro de 2005, logo antes do sorteio dos grupos, a Austrália foi alocada no pote 3, assim com as cinco seleções classificadas da África: Gana, Togo, Angola, Costa do Marfim e Tunísia e outras duas seleções rank B: Equador e Paraguai. Isto significa que a Austrália não encontrará estes times na primeira fase.
Em 7 de dezembro de 2005, o técnico da Seleção Norte-americana de Futebol, Bruce Arena, cria controvérsia ao dizer que Austrália e Trinidad & Tobago são os times "mais fracos da competição". Dias depois, Arena divulga à imprensa que foi mal interpretado.
Em 9 de dezembro de 2005, a Austrália é posta no Grupo F da Copa do Mundo, assim como os atuais campeões Brasil, Croácia e Japão. A mídia croata faz alarde do jogo Austrália vs. Croácia, jogo final do grupo para ambos, pelo fato que vários jogadores australianos têm ascendência croata, como Mark Viduka, Zeljko Kalac e Josip Skoko. Enquanto isso, o australiano de nacionalidade (por jus sanguinis) croata, Josip Simunic é um habitual titular do time croata, seguindo os australianos Joey Didulica e Anthony Seric, em fim de carreira.
Em sua participação na Copa na primeira fase, a Austrália venceu o Japão por 3 a 1 na primeira rodada. Na segunda rodada, perdeu para a Seleção Brasileira por 2 a 0. E na ultima rodada, empatou com a Seleção Croata em 2 a 2, ficando em segundo lugar no grupo F e assim, conseguindo sua classificação para as oitavas-de-final, onde enfrentou e perdeu para a Itália a primeira colocada do grupo E, no dia 26 de junho por 1 a 0. Terminou a competição em 16º lugar na classificação geral.
[editar] Time atual
Escalação do time para a Copa do Mundo de 2006:
[editar] Desempenho nas Copas do Mundo
| 1930 no Uruguai | Não disputou |
| 1934 na Itália | Não disputou |
| 1938 na França | Não disputou |
| 1950 no Brasil | Não disputou |
| 1954 na Suíça | Não disputou |
| 1958 na Suécia | Não disputou |
| 1962 no Chile | Não disputou |
| 1966 na Inglaterra | Não se classificou |
| 1970 no México | Não se classificou |
| 1974 na Alemanha | Primeira Fase |
| 1978 na Argentina | Não se classificou |
| 1982 na Espanha | Não se classificou |
| 1986 no México | Não se classificou |
| 1990 na Itália | Não se classificou |
| 1994 nos EUA | Não se classificou |
| 1998 na França | Não se classificou |
| 2002 na Coréia do Sul/Japão | Não se classificou |
| 2006 na Alemanha | Oitavas de Final (16º lugar) |
[editar] Participações na Copa das Confederações
- 1992 e 1995 - Não foi convidado
- 1997 - Vice-campeão
- 1999 - Não se classificou
- 2001 - Terceiro colocado
- 2003 - Não se classificou
- 2005 - Primeira fase
[editar] Desempenho na Copa das Nações da OFC
- 1973 - Não disputou
- 1980 - Campeões
- 1996 - Campeões
- 1998 - Vice-Campeões
- 2000 - Campeões
- 2002 - Vice-Campeões
- 2004 - Campeões
[editar] Recordes
[editar] Jogadores que mais jogaram pela Austrália
- 89 - Tony Vidmar (1991-)
- 87 - Alex Tobin (1988-2000)
- 84 - Paul Wade (1986-1996)
- 64 - Frederick Peter Wilson (1970-1979)
[editar] Artilheiros
- 29 - Damian Mori (45 partidas, 1992-2002)
- 25 - Attila Abonyi (62 partidas, 1967-1977)
- 25 - John Kosmina (60 partidas, 1977-1988)
[editar] Mais gols numa partida
- 13 - Archie Thompson contra Samoa Americana, 2001 - recorde mundial
- 8 - David Zdrilic contra Samoa Americana, 2001
- 7 - Gary Cole contra Fiji, 1981
[editar] Mais gols marcados numa partida
- 31 vs. Samoa Americana, 2001
- 22 vs. Tonga, 2001
- 17 vs. Ilhas Cook, 2000
[editar] Participação na Copa do Mundo de 1974
- Austrália contra Alemanha Ocidental em Hamburgo, 0 a 2
- Austrália contra Alemanha Oriental em Hamburgo, 0 a 3
- Austrália contra Chile em Berlim Oriental, 0 a 0
[editar] Participação na Copa do Mundo de 2006
- Austrália contra Japão em Kaiserslautern, 3 a 1
- Austrália contra Brasil em Munique, 0 a 2
- Austrália contra Croácia em Dortmund, 2 a 2
- Austrália contra Itália em Kaiserslautern, 0 a 1
Austrália foi a segunda colocada do grupo F, atrás do Brasil.
Nas Oitavas de Final, foi eliminada pela Seleção da Itália.
[editar] Ligações externas
- ((en)) - Site oficial da Fedração Australiana de Futebol
- ((en)) - Arquivo dos resultados de 1922 até hoje
- ((en)) - Arquivo da RSSSF dos maiores goleadores e dos jogadores mais ativos
- ((en)) - Arquivo da RSSSF dos técnicos de 1922 a 1998
- ((en)) - Domínio Socceroos
| Seleções de futebol da Ásia (AFC) |
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de 9/jun a 9/jul · Copa do Mundo de 2006 | Alemanha
